CAPÍTULO 66: VOLTANDO PARA CASA

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Depois que saímos dali passamos no hospital, não tinha exatamente quebrado o braço, mas tinha fraturado e teve que engessar. O Alexander nos levou até em casa, antes de entrar agradeci a eles por terem me salvado.

Estava com medo de ver a reação dos meus pais, tinha ficado fora aquele dia da casa do Neythan e depois logo em seguida tinha ido parar naquele lugar. Quando chegamos, as luzes de casa estavam acesas e havia um carro de policia do lado de fora, o que significava que eles estavam acordados esperando pela gente. O Neythan se ofereceu para ficar, mas precisava conversar com os meus pais a sós, ou no caso eles precisavam conversar comigo.

Assim que entramos vi que eles estavam sentados no sofá e minha mãe parecia estar chorando. O policial que estava ali nos olhou e depois eles se levantaram. Notei o olhar de surpresa deles quando nos viram, minha mãe pareceu ter tirado um peso das costas, se é que poderia dizer assim.

— O-Oque? O que esta acontecendo aqui?

— Desculpe. — Falei e a expressão de preocupação mudou para surpresa — Posso explicar.

— Não faz ideia de como deixou seus pais preocupados, mocinha. — Disse o Policial.

— Eu sei sim. — Falei um pouco envergonhada desviando o olhar deles

— Como o Alam pode estar aqui se ele estava morto? — perguntou minha mãe olhando para ele como se estivesse vendo um fantasma.

— Eu não estava morto, foi um engano.

— Mas tinha chegado um policial aqui dizendo que o avião que você estava tinha explodido e você... Você...

— Um policial disse isso? — perguntou o homem que estava ali — Não ficamos sabendo de nada assim. Que eu saiba, não ouve queda, explosão ou sumiço de qualquer avião por essa cidade. Tem certeza que era um policial?

— Eu não tenho mais tanta certeza. — Disse minha mãe correndo para nos abraçar.

— Precisamos fazer algumas perguntas para você. — Disse o policial me encarando

— Pode ser quando amanhecer? Estou morrendo de sono, de fome e preciso tomar um banho.

— Como quebrou o seu braço? — perguntou meu pai.

Todos lançaram um olhar desconfiado.

— Eu... Eu cai, de mau jeito. — Disse eu, não era mentira, mas o policial me encarou de novo com um olhar ainda mais desconfiado.

— Voltaremos aqui para te fazer algumas perguntas. — Disse o Policial saindo

Assim que a porta bateu a nossas costas — minha e do Alam — minha mãe nos olhou, séria e se afastou.

— Pode começar a falar. Aproveita e termina de contar a verdade para o seu pai.

— Terminar?

— É. — disse ela colocando a mão na cintura e olhando para o Alam de novo. — Onde esteve esse tempo todo?

— Eu... Teve um erro. Não aconteceu isso com o avião. Não consegui viajar e fiquei em um hotel. Não sabia o que tinha acontecido por aqui por isso não liguei.

— Poderia ter voltado para cá.

— Não queria atrapalhar, achei que ficaria pouco tempo por lá.

— Você nunca vai nos atrapalhar, Alam. Faz ideia do quanto a Mhylla sentiu sua falta? Eu não acreditei quando ela disse que estava vivo. Eu achei que realmente... Eu...

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