Toque de Sedução

CAPÍTULO 22: ALEXANDER

— Alexander?! — eu disse

Outra vez, não sabia por que, mas me deu vontade de chamá-lo assim. Para ser sincera foi um risco que decidi correr, todos os fatos pareciam apontar para isso, eu precisava ter certeza se era ou não.

— Hummm — disse ele virando até ficar de frente pra mim, ele estava sorrindo.

— É o seu nome, certo?

— Exatamente! Fico contente que tenha se lembrando. Como tinha dito; Inconscientemente você já sabia.

— Aonde você vai? — perguntei

Não queria que ele fosse embora. E não sabia por que estava pensando assim. Há alguns minutos atrás estava querendo que ele fosse embora e agora não.

— Eu preciso ter uma conversa com a pessoa que anda machucando você.

— Você... Vai voltar?

— Breve. — disse ele saindo

Fiquei na porta observando-o sair até que voltei à consciência. O que eu estava fazendo? Eu praticamente quase tinha o convidado a voltar de novo, eu estava ficando louca, isso não era possível, como assim? De um jeito estranho... Eu gostava de ficar perto dele. Deu vontade de acertar a cabeça em algum lugar, eu não devia estar pensando nele, eu devia estar pensando no Veni... No Neythan. Ele sim era bom, eu gostava dele, me sentia bem e segura perto dele, gostava do toque, do sorriso, do... Beijo. Aquele beijo tinha sido inacreditável. Eu não podia gostar do Alexander porque gostava do Veni... Do Neythan, tinha acostumado a chamá-lo assim, era estranho trocar Veni por Neythan. Mas eu gostava de Neythan, era um nome bonito.

Entrei com raiva batendo a porta, o que eu iria fazer se ele voltasse mesmo? O que ELE iria fazer? Ele iria mesmo atrás da pessoa que estava tentando me matar? Será que ele iria machucar essa pessoa? E o Naythan? Ele sabia sobre o Naythan, e se...

Já não agüentava mais tanta confusão, tantas perguntas, isso não podia estar acontecendo comigo. Melissa... Não era possível, de uma forma ou de outra a minha vida estava ligada a dela. Tinha mais coisa naquela história do que eu imaginava.

Subi para o meu quarto trocando de roupa e colocando uma blusa e uma calça, já que eu ainda não iria dormir, pois não estava com sono. Peguei o meu diário e desci para a sala e fiquei vendo TV. Fiquei escrevendo enquanto assistia a um programa que passava. Algumas horas depois quando meus pais ainda não tinham chegado, decidi ir para cozinha procurar alguma coisa para comer.

Preparei um sanduíche e peguei um pouco de suco, quando terminei, voltei para sala e fiquei me perdendo em pensamentos. Eu não conseguia esquecer o Neythan, mas tinha atração pelo Alexander apesar daquele jeito dele, ele parecia ser... Legal.

Meus pais chegaram em seguida, meu pai foi para a cozinha e minha mãe obviamente veio falar comigo.

— Ele já foi embora?

— Por que f3ez aquilo?

— Aquilo o que?

— Mandar ele pra cá. Aposto que nem o conhece direito.

— Ele é...

— Ele não é empresário.

— Ele é sim. — disse ela na defensiva, ela parecia estar ofendida.

— Não devia ter feito aquilo, sabe, existem pessoas que enganam outras e se ele tiver enganando você? E se... ele fosse um pedófilo? Teria a oportunidade perfeita, sabia? Já que eu estava sozinha em casa e você o mandou pra cá.

— Ele não é isso, Mhylla.

Eu acabei me desligando de novo enquanto ela explicava alguma coisa sobre eu estar enganada, eu não estava tão chateada assim, eu... Até gostei de ele ter ido ali, só que de qualquer jeito ainda preferia o Neythan. Ficava até sem jeito em pensar nele.

— Você escutou o que eu disse? — perguntou ela

— Escutei — na verdade tinha escutado só um pouco

— Então promete?

— Tá mãe, eu prometo.

— Mesmo? Não vai dizer nada mais?

— Não, eu prometo. Esta satisfeita?

— Eu estou surpresa. — disse ela encarando-me como se não acreditasse no que estava vendo.

Esperai... O que eu tinha...

— Pode repetir a ultima parte?

— Sobre o jantar na terça-feira com o Alexander, no restaurante! — disse minha mãe

Ótimo! Outra burrada minha, tinha prometido sem saber. Jantar com o Alexander? Ah... Que ódio, eu fazia burrada atrás de burrada.

— Olha, será que tem como voltar atrás? Eu...

— Nem vem. Promessa é divida. — disse ela indo para a cozinha

Com uma mãe dessas quem precisa de inimigos? Cada dia ela ficava mais estranha, só que não era a primeira vez que eu fazia isso, uma vez prometi para ela sem perceber que ajudaria na decoração da antiga casa em que morávamos, não precisava nem dizer que tinha sido um tédio, eu gostava de uma coisa e ela de outra. Sem contar outras vezes que fiz isso. Só que... Dessa vez eu não estava tão chateada com a decisão por que era ele, o Alexander.