108. Papai Noel - TinCan (Love by Chance/A Chance to Love)

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{Um agradecimento especial para @Bl_zeira por pedir por mais TinCan}

O natal estava chegando, e Can não poderia estar mais animado. Seria o primeiro natal que ele e Tin passariam com Suchart, o filho que haviam adotado no começo do ano, e aquela seria a oportunidade perfeita para comemorarem em família.
Suchart era um garotinho de 3 anos, esperto e vaidoso como Tin, mas animado e divertido como Can. Seus pais o amavam demais, e os três já haviam se divertido muito durante seus primeiros meses juntos. O tempo passava, mas a felicidade permanecia, e as ideias e planos de família nunca acabavam.

- Olha só, estamos oficialmente em Dezembro! - Can disse ao marido, empolgado, enquanto trocavam carícias na virada do mês.
- E aí, está pensando em fazer algo pro Natal? - Tin perguntou, abraçando-o.
- Com certeza! Quero que seja algo bem especial para o Suchart, que nem o Halloween. Você lembra do sorriso dele? Ele ficou tão feliz quando saímos juntos para pegar doces! Quero criar mais memórias incríveis para ele, principalmente nessas comemorações.
- Sim, ele amou o Halloween. Foi ainda melhor do que eu imaginava que seria quando ainda planejávamos nos casar e ter um filho. Eu fico muito feliz quando vejo vocês felizes. Você tem todo o meu apoio para te ajudar a criar essas memórias. O que está planejando?
- Bom, podemos decorar a casa, montar uma árvore, ajudar o Suchart a escrever uma carta para o Papai Noel, fazer um jantar na véspera de Natal e um ótimo café da manhã no dia seguinte, além de trocar presentes, é claro - Can listou suas ideias, empolgado.
- O que você quiser, meu amor.
- Você é o máximo - ele sorriu, animado, roubando-lhe um beijo.

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Os dias foram se passando, e tudo estava indo bem. Eles já haviam decorado a casa, comprado uma árvore e a vários enfeites de plástico para que Suchart pudesse ajudar a montá-la sem perigo. Ao participar dessas atividades e ouvir os pais falando do Natal, o pequeno também ficava cada vez mais empolgado, curtindo o clima natalino com expectativa. Can estava orgulhoso e tranquilo com seus planos, até que um dia tudo chegasse perto de ir por água abaixo.
O problema era que Suchart estava na famosa fase das perguntas. Ele perguntava sobre tudo, o tempo todo, e de vez em quando Tin e Can nem sequer sabiam as respostas. A grande ameaça contra a magia infantil do Natal chegou com uma dessas perguntas inocentes, feita pelo garotinho enquanto voltava da escolinha com Can.

- Papai... o Papai Noel existe mesmo? - Suchart perguntou, e Can tomou um susto tão grande que quase teve que parar o carro.
- Claro que existe, filho! Por quê? - Ele respondeu, tentando soar o mais natural possível. Não, não, não, não, por favor continue acreditando. Você não pode parar de acreditar no Papai Noel tão cedo, você é muito novo ainda! Ele pensava, desesperado.
- O Nam disse que ele não existe - o pequeno explicou.
- Aquele pirralho desgra... - Merda, eu não posso xingar na frente do meu filho de 3 anos... - Quer dizer... aquele seu amiguinho não sabe do que está falando, querido. Tem gente que não acredita mesmo, mas isso não quer dizer que ele não exista. Eu mesmo já vi ele pessoalmente!
- Sério?
- Sério! Uma vez eu acordei de madrugada para beber alguma coisa e encontrei ele na sala, colocando os presentes debaixo da árvore - Aquilo nunca havia acontecido, mas ele gostaria muito que tivesse. Can amava o Papai Noel quando pequeno, e talvez por isso também quisesse tanto que seu filho pudesse curtir essa fase também.
- Uau! Como ele era?
- Bom... exatamente como as pessoas descrevem: barrigudo, com uma longa barba branca e roupas vermelhas.
- Você falou com ele?
- Falei! Ele me deu oi e me disse pra voltar pra cama porque garotos comportados não deveriam ficar acordados tão tarde. Não deu pra conversar muito porque ele estava com pressa e ainda tinha muitos presentes pra entregar, mas ainda assim foi incrível.
- Mas papai... como as renas dele voam?
- Por mágica.
- E como ele consegue entregar tantos presentes em uma noite?
- Mágica também. Eu acho que ele deve controlar o tempo de alguma forma.
- E por que a gente não consegue fazer mágica também?
- Porque nós somos pessoas comuns, e o Papai Noel é algum tipo de ser especial. Mas sabe de uma coisa? Você pode perguntar o que quiser para ele na sua carta. Quem sabe ele não manda uma resposta junto com os presentes.
- Tá bom! - O pequeno sorriu, satisfeito, e Can suspirou, aliviado.

Fine Line - One Shots BLWhere stories live. Discover now