59. Operação Cupido - ThatSorn + Nam (Manner of Death)

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{Um agradecimento especial para @Adllandmii2 por pedir por pedir por esse plot e apoiar a operação cupido}

Era apenas um almoço rotineiro comum no restaurante próximo à escola, e como de costume, Nam, That e Sorn estavam aproveitando para botar o papo em dia.

- Aquela prova de biologia tava muito difícil! Não é, Nam? Vai ser milagre se eu passar - Sorn contou.
- Não estava tão difícil... - ela respondeu.
- Isso é porque você anda estudando pra caramba! - seu melhor amigo suspirou - Não sei se eu teria capacidade de estudar tanto e ir bem assim.
- Claro que tem! - That estimulou - Você deveria falar com o P'Tan e ver se tem algum material de apoio! Na verdade, eu posso até pedir por você, se quiser.
- Sério?!
- Claro! O que precisar.
- Obrigado! Você é o melhor namorado do mundo! - Sorn aproveitou que That estava no assento ao lado para abraçá-lo e dar-lhe um beijo na bochecha, fazendo-o corar.
That estava encantado demais com a fofura de Sorn para perceber que não era o único corado.
- Nong'Nam! - uma voz desconhecida para os garotos chamou, atrás deles.
- P'Anong... o-oi! - Nam respondeu, vermelha como um tomate, e seus amigos se viraram, curiosos para ver quem seria.
- Que bom te ver por aqui! - a garota disse, e não demorou muito para que That e Sorn percebessem que era a companheira de estudos de Nam. A garota que ela gostava - Na verdade, eu já estava indo te mandar mensagem para perguntar se você está livre mais tarde, para estudarmos juntas.
- C-claro! Quer dizer... sim - Nam respondeu, e Sorn teve que segurar a risada. Ele nunca tinha visto sua melhor amiga tão nervosa.
- Quer ir pra minha casa às 15:00 então?
- Combinado! - ela sorriu, tentando esconder o nervosismo.
- A propósito... - Anong olhou para os garotos - Vocês devem ser That e Sorn, certo? É um prazer conhecê-los. Nam já me falou muito de vocês.
- Prazer - That a cumprimentou com respeito.
- Prazer. A Nam também nos falou muito de vo... Ai! - Sorn parou de falar ao sentir Nam pisando forte em seu pé por debaixo da mesa, e Anong deu risada, sem fazer mais comentários.
- Então... te vejo lá? - ela perguntou para Nam.
- Sim sim - Nam confirmou - Até mais tarde.
A tensão permaneceu por mais alguns segundos, enquanto Anong se afastava, e Nam apenas suspirou quando sua amiga já havia saído do restaurante.

- Poxa... eu sabia que você tinha uma queda por ela, mas não sabia que era um abismo - Sorn comentou, e That deu risada.
- É... eu não sei nem mais o que fazer - ela admitiu, aproveitando que seu prato já havia sido retirado para deitar a cabeça na mesa, inconsolável - Até agora eu não consegui descobrir se ela gosta de garotas ou não.
- Olha, eu nem ia comentar... - That disse - Mas eu tive um certo... pressentimento. Acho que ela gosta sim.
- É! Eu também! - Sorn concordou - Algo me diz que ela é das nossas.
- Como assim? - Nam questionou.
- É um tipo de intuição maluca que gays têm na hora de identificar outros gays. Eu já li na internet sobre isso - Sorn explicou - As pessoas chamam de "gaydar".
- É sério? Isso existe mesmo? - That riu - Pensei que eu só era um maluco com impressões distorcidas.
- Mas então por que eu não senti intuição nenhuma? Essa coisa não funciona com bissexuais? - Nam perguntou, e dessa vez foi Sorn quem deu risada.
- Não é isso - ele respondeu - É que você gosta dela, Nam. De vez em quando, o medo de rejeição e a insegurança barra essa intuição com dúvidas, entende? Foi o que aconteceu comigo antes de ouvir sobre os sentimentos do That. Eu morria de medo que ele fosse hétero.
That olhou para o namorado e caiu na gargalhada, abraçando-o de lado apenas pelo prazer de sentir seu toque. Imaginar que ele fosse "hétero", com todos os sentimentos e sensações que ele tinha por Sorn, era mesmo uma grande piada.
- Tá... mas então o que eu faço? Se ela gostar mesmo de garotas, ainda não significa que ela goste de mim.
- Uma coisa que eu e Sorn aprendemos na marra, foi que não tem como ter certeza até alguém tomar iniciativa - That disse - Ela já deu algum sinal ou algo assim?
- Eu não sei... ela sempre toma iniciativa para falar comigo, e parece gostar do tempo que passamos juntas. Mas isso ainda pode ser só amizade.
- Bom... você só vai descobrir se falar como se sente - That continuou - Eu entendo o seu medo, já passei por isso. Mas ter me declarado foi a melhor coisa que eu já fiz - ele sorriu, voltando a encarar Sorn com um olhar apaixonado.
- Ai, parem de ser perfeitos juntos, tá me dando gatilho - ela bufou, e os amigos riram - E se ela disser não? Com certeza não vai ter sido a melhor coisa que eu já fiz.
- Se ela não sentir o mesmo ou não abrir o coração pra você, pelo menos você não fica na angústia da dúvida. Pelo menos você vai saber que tentou, e vai poder superar sem arrependimentos - That continuou.
- Sinceramente, Nam: se ela não te der uma chance, quem vai sair perdendo é ela. Tenho certeza que existem muitas outras garotas e garotos que te valorizariam muito - Sorn complementou.
- Tá... vocês tem razão... - ela enfim cedeu - Mas como eu vou fazer isso? Vou ter que ver ela mais tarde! Se eu não der um jeito, tenho certeza que vou travar e ficar parecendo uma idiota.
- Hm... a gente te dá umas dicas.

Fine Line - One Shots BLOnde as histórias ganham vida. Descobre agora