Fine Line - One Shots BL

61. Gênio da Lâmpada - LeoFiat (TharnType 7 Years of Love)

{Um agradecimento especial para @laholiveira por pedir por mais LeoFiat (e perdão pela baita demora)}

Fiat estava entediado. Ele já havia estudado e terminado todos os seus trabalhos, então tinha o dia todo livre. Desde que acordou, ele já tinha assistido três episódios de uma série, saído para correr no quarteirão, tomado um belo banho relaxante, jogado uns 3 videogames diferentes, e agora estava deitado na cama, à toa em suas redes sociais.
Tudo o que Fiat queria de verdade era a atenção de Leo, mas seu namorado estava estudando e lendo livros de faculdade desde cedo. Ele mal pararia pra comer se Fiat não o lembrasse. Mas mesmo quando fazia uma pausa para necessidades essenciais, não demorava para voltar a enfiar a cara nos cadernos.
Fiat já estava cansado de esperar. Ele sabia que os estudos eram importantes, mas era sábado... e eles mal haviam tido tempo para eles durante a semana. Ele queria muito passar um tempo com ele, mas estava sem jeito de pedir ou interromper. Por isso, ele tentou chamar sua atenção de outra forma...

- Cofcof - ele fingiu tossir, apenas para ver Leo olhar para trás por poucos segundos, e depois voltar a se concentrar - Cofcofcof - ele tentou mais uma vez.
- Você está bem? - seu namorado perguntou, virando-se mais uma vez.
- Hm... não sei - Fiat fingiu uma voz de doente.
- Precisa de algum remédio? O que está sentindo? - Leo questionou.
     - Não, não precisa - ele negou, tentando evitar ter que tomar remédio à toa - É só um mal estar.
     - Okay... qualquer coisa é só pedir - seu namorado ofereceu com sinceridade, mas logo voltou à sua leitura.
     - COFCOFCOFCOF - Fiat exagerou um pouco mais, tentando aquela técnica uma última vez. Talvez ele tenha exagerado até demais, porque Leo pareceu se assustar um pouco, e levantou correndo para checar sua temperatura.
     - Você não parece estar com febre. O que está sentindo? - ele perguntou, preocupado.
     - É.... - Fiat travou por um momento, sem ideias sobre o que inventar exatamente.
Leo pareceu perceber algo nessa pequena demora, e suspirou com um leve sorriso.
- Fiat... o que foi? Não somos mais crianças. Não precisa mais fingir ficar doente - ele disse, com a maior naturalidade.
- O quê?! - Fiat até engasgou, o que acabou causando uma leve crise de tosse de verdade.
- Fala sério, eu te conheço - Leo riu, alcançando um copo de água na mesa-de-cabeceira para oferecer ao namorado - Você já fez isso algumas vezes, mas eu sempre conseguia saber mais ou menos o motivo. Por que está fazendo agora? Aconteceu alguma coisa?
- Então... você sempre soube? - Fiat questionou.
- Claro que sim. Você pensa que me engana, é? - Leo sorriu.
- E você não está bravo?
- Não, eu nunca fiquei bravo - ele explicou - Como eu disse, eu sempre consigo entender o motivo. Naquela vez que você faltou na escola por quase uma semana quando éramos pequenos, alegando estar com muita dor de barriga, por exemplo. Eu acabei descobrindo que era porque tinha um grupinho de moleques idiotas de sacaneando, então fui lá e dei um jeito neles.
- Então foi você?! - Fiat questionou, surpreso - Nunca consegui descobrir quem armou pra eles e fez os professores pegarem os idiotas no flagra.
- É, fui eu - Leo riu. - E naquela outra vez, no ensino médio, quando você fingiu uma dor de cabeça porque estava com medo de um professor rígido que pegava muito no seu pé - ele continuou - eu fui até a sala dele no intervalo e contei como você andava se esforçando para ir bem na matéria dele. Ele melhorou com você depois, certo?
- Melhorou... - seu namorado o olhou. - Você fez mesmo tudo isso por mim e nunca me contou?
- Não foi nada demais...
- Foi sim. Obrigado por sempre estar ali pra me ajudar, e desculpa por não ter sido sincero com você. Eu... nunca fui muito bom em pedir ajuda.
- Não precisa se desculpar - Leo afagou seu cabelo - Mas e aí? Qual o problema dessa vez?
- Esquece... - Fiat suspirou, envergonhado - Você vai achar muito estúpido e egoísta.
- Não vou não - ele insistiu. - Pode dizer... por favor.
- É que eu....
- Você...?
- Queria a sua atenção - Fiat disse, rápido.
- O quê?
- É... é que você passou o dia todo estudando, e eu sei que é importante, mas eu sinto sua falta...
- Ô, meu amor... - Leo o abraçou apertado - Desculpa. É que eu pensei em fazer esse trabalho gigante todo hoje para poder ficar o dia todo com você amanhã, mas não pensei que fosse sentir tanto a minha falta. Eu posso acordar antes e acabar amanhã cedo. Vou passar o resto do dia com você.
- Mesmo?
- Claro! E olha... da próxima vez que quiser minha atenção, você pode apenas pedir. Sou seu namorado, não sou?
- É... mas eu não me acostumei com isso ainda - Fiat riu - Nunca pude apenas falar o que eu quero.
- Bom, agora você pode - Leo sorriu, dando-lhe um beijo na testa - Vou fazer o que você quiser, sempre que eu puder.
     - Tipo um gênio da lâmpada? - Fiat brincou.
     - É! Tipo um gênio da lâmpada. Ao seu dispor para realizar todos os seus desejos.
- Então... eu quero um beijo - Fiat testou, tendo seu pedido atendido na hora - Hm... quero outro - ele disse, e seu namorado deu-lhe um beijo mais longo.
- E agora?
- Agora quero carinho pelo resto da tarde.
- É pra já - Leo riu, abraçando-o apertado e deitando-o na cama para enchê-lo de beijos.