Fine Line - One Shots BL

77. Aniversário em família - PhukongMil & SarawatTine (2gether/ Still 2gether)

     {Um agradecimento especial para @JhassyC por pedir por PhukongMil e SarawatTine}

     O aniversário de Phukong estava chegando, e seu plano era passá-lo relaxando na praia. Sua mãe estaria viajando, e estava pedindo mil desculpas por não poder comparecer, mas não haveria problema. Na verdade, ele queria aproveitar mais com seu namorado, então chamou apenas seu irmão e Tine para a viagem. Pelo menos os dois também iriam querer aproveitar seu tempo como casal, e assim poderiam comemorar todos juntos, ao mesmo tempo que poderiam ter privacidade.

     - Tem certeza que vai chamar o Mil? - Sarawat perguntou, quando ouviu a proposta.
     - É claro que eu vou chamar ele! Ele é meu namorado! - Phukong o repreendeu, e seu irmão de risada.
     - Tá bom, tá bom... eu sei, estava só brincando. Mas a mamãe não vai estar lá? Ela não sabe sobre o Mil, sabe?
     - Ela vai estar viajando a trabalho. E não... ela ainda não sabe - ele respondeu, um pouco inseguro. - Já foi um baque pra ela quando você contou sobre o Tine, então resolvi esperar um pouco.
     - Hm... mas você sabe que no final ela acabou aceitando, certo? Não precisa ter medo.
     - É fácil pra você falar... - Phukong suspirou - Você sempre foi mais independente e confiante. Você foi lá sabendo que nada te impediria de ficar com o Tine, mesmo que a mamãe não aceitasse, e ela sabia disso. Mas comigo...
     - Ela sempre foi mais superprotetora com você, eu entendo - Wat levou a mão ao seu ombro, confortando-o. - Mas eu estou aqui para te apoiar. Tenho certeza que a cabeça dela já está mais aberta agora, e o "baque" vai ser menor. Não é como se ela não fosse ter netos. Pelo que eu te conheço, você vai querer adotar pelo menos dois.
     - Wat! Eu acabei de entrar na faculdade!
     - Brincadeira de novo - Sarawat riu, revirando os olhos - Pare de me levar tão a sério e relaxe. Vamos focar no seu aniversário. Eu e Tine estaremos lá, com certeza.
     - Okay... obrigado - Phukong suspirou - Te mando os detalhes mais tarde.

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     Poucos dias antes da viagem, Sarawat foi até a cafeteria onde Mil trabalhava para comprar alguns doces e levar para Tine, já que ele havia citado estar com vontade de comer sobremesas na noite anterior, mas não havia nada muito bom em casa.
     Ele estava contente apenas em imaginar o sorriso de Tine quando recebesse os doces, mas sua felicidade se esvaiu em segundos, no momento em que viu o namorado de seu irmão trocando sorrisos com uma garota no balcão.
     Sarawat roubou um cardápio de uma das mesas vazias e escondeu seu rosto atrás dele, deixando apenas os olhos de fora. O último resquício de razão que lhe restava naquele momento o fez querer observar um pouco mais. Poderia ser um mal entendido, certo?
     Seu limite chegou quando viu os dois pegando seus celulares, ainda próximos e sorridentes. Eles estavam trocando números?! 
     - Escuta aqui seu maldito mentiroso dos infernos! - Sarawat já chegou agarrando a camisa de Mil, querendo meter-lhe um soco logo ali. A garota pareceu assustada, e Mil estava no mínimo surpreso. - Como você ousa fazer isso com o meu irmão? Eu juro que...
     - Ei, ei ei, espera! Não é isso que você está pensando, eu não fiz nada! - Mil interrompeu, tentando se justificar.
     - Ah é? Então por que você...
     - Amor? Desculpa o atraso. O que está acontecendo? - Uma garota um pouco mais baixa que a presente chegou, puxando-a para mais perto, como se estivesse com medo. Elas se olharam nos olhos, e Wat engoliu em seco, confuso.
     - Wat, essa é a P' Ubon, presidente do clube de culinária, e essa é a Nong' Ratree, namorada dela - Mil explicou, depois de respirar fundo. - Eu as convidei para mostrar alguns doces que temos aqui na cafeteria e discutir sobre um bolo especial que quero fazer para o aniversário do Phukong.
     - Ah... prazer - Sarawat cumprimentou, completamente sem graça. Por um momento, ele agradeceu aos céus por não ter batido em Mil tão cedo. Ele teria sido expulso do café à toa.
     - Então, o que você acha da ideia que eu dei, Nong' Mil? - Ubon continuou a conversa, depois de cumprimentar Wat.
     - Acho ótima. Mais tarde eu te mando mensagem e combinamos os detalhes - ele respondeu. - Tem certeza que ele não vai desconfiar de nada?
     - Pode deixar isso comigo - Ratree se pronunciou. - Ele já vai estar ocupado, mas vou garantir que ele se mantenha distraído.
     - Okay, muito obrigado - Mil agradeceu, se despedindo das meninas, e Wat deu um longo suspiro quando as viu partindo. - Cara, no que você estava pensando?
     - D-desculpa, eu... pensei que estivesse traindo meu irmão - Sarawat disse, morrendo de vergonha. Ele tinha seus motivos para sempre andar com um pé atrás em relação a Mil, mas ele precisava admitir que o cara andava sendo um bom namorado para Phukong.
     - Olha, você pode não confiar em mim, mas eu garanto que jamais faria algo assim com ele - ele disse, parecendo bem sério. - Você quer alguma coisa? Meu intervalo acabou de acabar.
     - Vou querer uma porção desses doces, e outras daqueles da ponta - Sarawat apontou.
     - São para o Tine?
     - São. Por quê? - Ele questionou, desconfiado.
     - Porque ele veio aqui outro dia com os amigos dele, e pareceu gostar bastante desses aqui também - Mil respondeu, apontando para os doces do meio. - Relaxa cara, eu já te disse que não sinto mais nada por ele. Realmente amo o Phukong, okay?
     - Okay... desculpa. Pode pegar desses que você sugeriu também.
     - O que disse? - Mil sorriu, surpreso.
     - Que vou querer os que você sugeriu...
     - Não, antes disso. Você nunca me pediu desculpas antes.
     - Ah... é. Acho que te devo isso pela confusão de mais cedo.
     - Tudo bem. Na verdade, eu queria te pedir desculpas também. Já peguei muito no seu pé, mas você é irmão do meu namorado. Não quero mais ter uma relação difícil com você - ele explicou, entregando-lhe o saco com os doces.
     - Okay... acho que você tem razão - Wat concordou, enquanto pagava pelo pedido. - Se precisar de alguma ajuda com a surpresa para o Phukong... pode contar comigo.
     - Obrigado. Pode deixar.
     Os dois se despediram, sentindo que haviam tirado um peso das costas. Talvez fosse mesmo melhor deixar todo o passado para trás, se fossem mesmo fazer parte da mesma família.