Capítulo LXIV

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Ele olhou para mim por breves segundos e depois revirou os olhos. Estava quase a falar quando o Logan entra na tenda.

-Como estão os meus pombinhos?-Ele perguntou com um sorriso enorme na cara.

-Queres dizer falsos pombinhos.-Corrigi.

-Aquilo que aconteceu ontem à noite não parecia nada falso.-Ele lembrou e eu fiquei um pouco envergonhada.

-Nós somos bons atores.-O Ash respondeu por mim.

-Não sabia que conseguias fingir uma erecção. Boa, mano.-O primo do meu ex-inimigo disse e colocou a mão no ombro dele dando uma palmadinha.

-Eu não estava exitado.-O meu meio irmão insistiu com as suas bochechas vermelhas.

-Não foi isso que me pareceu pelos gemidos que vinham da tenda antes da Maya ir para lá.-O Logan disse.

-Tu vieste espiar-me? Eu tenho a certeza que mal gemi.-O rapaz das covinhas afirmou.

-Na verdade eu nem tinha ouvido gemidos nenhuns.-O primo dele admitiu rindo -Mas acabaste de admitir que te tocaste.

-Eu sou um rapaz tenho as minhas necessidades.-O Ashton ripostou.

-E quem é que te fez ter a necessidade de fazer isso?-O outro rapaz questionou.-A Maya, eu sei.

Olhei para o meu meio irmão e ele estava mais vermelho do que um tomate.

É rara a vez em que o vejo corado.

-A Maya estava mesmo em cima de mim, era impossível não ficar assim.-Ele desculpou-se.-Quer dizer, ela literalmente sentiu-me.

-Acho que já entendi o suficiente desta conversa.-Eu disse.-Não vamos envergonhar mais o meu meio irmão, visto que aquilo não significou nada para nenhum de nós.

O meu ex-inimigo olhou para mim e a sua expressão parecia-me um pouco triste mas eu ignorei e trouxe à conversa o assunto que o animava mais naquele momento.

-Vamos ver os Green Day!!!

***

-Maya!!!

-Amy!!!-Gritei assim que a vi à entrada da casa da família do Ashton.

Corri até ela e abracei-a. Já tinha saudades destes abraços.

Uma vez eu li num livro do John Green que o pior da distância é que não sabes se as pessoas vão sentir a tua falta ou esquecer-se de ti. Eu não me esqueço das pessoas mas costumo viver bem sem a sua presença. Ao final de algum tempo sem ver alguém começo a recordar as coisas que fazíamos e fico com saudades mas não é nada demais. Só que no momento em que revejo essa pessoa é como se a sua falta me estivesse a matar, lentamente, por dentro. Quando vi a Amy ali à minha espera tive de ir correr abraçá-la.

-Tive tantas saudades tuas, anormal.-Ela comentou enquato nos abraçavamos.

-E eu tuas, baleia.-Admiti sem me libertar do seu aperto.-Agora explica-me porque é que tiraste a virgindade ao Jake.-Eu pedi muito direta e ela libertou o abraço, olhando-me nos olhos.

-O-O quê?-Ela gagejou.

-O rapaz admitiu tudo e eu quero pormenores.-Expliquei eu.

-Eu não lhe tirei a virgindade.-Ela garantiu mas eu vi nos seus olhos que ela estava a mentir.

-Vai tentar enganar outra.-Eu disse.

-Está bem, eu depois conto os pormenores.-Ela cedeu.

-Obrigada.-Agradeci e voltei a abraçá-la.

Roomies || 5SOS [Editing]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora