Aprendendo a Gostar de Você {...

By jardimsecreto

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O último ano do ensino médio foi premeditado como sendo uma verdadeira catástrofe e, eventualmente, com sorte... More

Sinopse e Informações Gerais
Janeiro I
Janeiro II
Janeiro III
Fevereiro I
Fevereiro II
Fevereiro III
Fevereiro IV
Fevereiro V
Fevereiro VI
Fevereiro VII
Fevereiro VIII
Março I
Março II
Março III
Março IV
Março V
Abril I
Abril II
Abril III
Abril IV
Abril V
Maio I
Maio II
Maio III
Maio IV
Junho I
Junho II
Junho III
Junho IV
Junho V
Julho I
Julho II
Julho III
Julho IV
Julho V
Julho VI
Julho VII
Julho VIII
Julho IX
Julho X
Agosto I
Agosto II
Agosto III
Agosto IV
Agosto V
Agosto VI
Agosto VII
Agosto VIII
Setembro I
Setembro II
Setembro III
Setembro IV
Setembro V
Setembro VI
Setembro VII
Outubro I
Outubro II
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Outubro IV
Outubro V
Outubro VI
Novembro I
Novembro II
Novembro III
Novembro IV
Novembro V
Novembro VI
Novembro VII
Novembro VIII
Dezembro I
Dezembro II
Dezembro III
Dezembro IV
Dezembro V
Dezembro VI
Dezembro VII
Dezembro VIII
Dezembro IX
Dezembro X
Agradecimentos
Playlist AGV
Dream Cast - Série "Aprendendo"

Outubro III

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By jardimsecreto


CAPÍTULO EXCLUSIVO PARA O WATTPAD

Vocês votaram e escolheram o tema da festa, e este capítulo é exclusivo pra vocês :)

Espero que gostem!


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Passo a semana seguinte basicamente trancado no meu quarto. Digo que estou revisando as coisas da escola, que os vestibulares estão aí, e é claro que nem minha mãe, muito menos meu pai, se importam em me deixar à vontade pra fazer isso. É a justificativa perfeita, claro. O que eu faço, porém, é ler (e reler) todos os poucos livros de literatura que tenho, incluindo o que me deram no aniversário do ano passado, meu favorito, pesquisar coisas sobre a faculdade, conversar com o Renan e o Sander pelo Messenger, e, por incrível que pareça, ouvir música. Estou sempre recebendo recomendações e é meu momento de descobrir um lado da vida que eu não tive muito acesso e que as pessoas normalmente admiram. É, estou gostando da jornada.

No meio da semana, porém, tiro um dia pra ir pra casa da minha avó. Sinto falta da calmaria, de não sentir na pele que estou sendo cobrado e vigiado o tempo todo. Pela distância, ninguém simplesmente aparece por lá, então é um lugar que me sinto seguro também. A companhia da minha avó é bem-vinda, mesmo que não concordemos em muitos assuntos. Deixo de conversar só pra ficar assistindo TV com ela, em silêncio. Ou provar um bolo de uma receita nova que a cuidadora, a Marta ("Me chama de Martinha, menino!") faz. O quintal me traz uma nostalgia das reuniões de família desde que chegamos na cidade, porque vovó nunca morou em outro lugar, e percebo que passo horas sentado na varanda traseira só observando as plantas crescendo erraticamente.

Volto pra lá no dia seguinte, e no outro, até que vovó brigue que estou passando tempo demais lá e que eu deveria estar "aproveitando minhas coisas de moleque". Rio e só digo que prefiro aquilo a qualquer coisa que teria em casa. Não sei se ela entende além da conta, mas me lança um olhar demorado e suspira.

— Paulo devia ter feito tanta coisa pra você e largado mão de ser cabeça-dura...

Com essas palavras e o olhar lânguido, percebo que minha avó não só me enxerga por fora, mas talvez consiga ver o que ninguém mais quer ou consegue. Sinto aquele nozinho na garganta, mas ele não sobe porque me controlo. Porque me despeço e vou embora logo depois, também.

E é assim que a sexta-feira chega, e com ela vem o sábado. Meus tios, que estavam viajando, resolvem passar o dia na nossa casa, fazendo churrasco e bebendo cervejas que sobraram das caixas que compraram para a viagem à praia. Todos parecem ter chegado e ido direto pra lá; estão de chinelo e regata, minhas tias estão bronzeadas e com óculos escuro, mesmo o sol não estando tão quente assim. É claro que todos os meus primos vem juntos, e isso inclui o Carlos, que se senta na sala e fica com o nariz grudado no celular o tempo todo.

A tardinha, depois que minha mãe já teve uns cinco ataques de nervosismo por ter deixado a carne passar demais, o arroz cozer demais, ou a batata fritar de menos, Carlos aparece no meio do pessoal e diz que precisa ir pra casa se arrumar.

— Hoje tem festa dos gêmeos, lembra, pai? — ele cruza os braços e se escora no batente da porta da cozinha. Tio Wagner pede que espere que termine a próxima cerveja, ou então que pegue um taxi ou coisa do tipo. Carlos bufa em resposta.

— E seu primo também não vai? Vai, Daniel? — ele me inquire com o olhar e eu balanço a cabeça em afirmativa. — Então porque você não pega algo aqui mesmo e vocês dois vão mais tarde juntos? Que trabalheira.

— Mas de jeito nenhum! Como se tivesse alguma coisa do Daniel que servisse em mim! E mesmo se servisse, o senso de breguice não me deixa nem chegar perto! — Carlos eleva a voz — E é festa à fantasia! Ele não precisa de uma, eu sim!

O pai também se irrita.

— Então paga um táxi e pronto. Eu também mereço a diversão aqui — e balança a latinha de cerveja, na qual meu tio Gilson faz um brinde com a sua e meu pai concorda.

Ouço a porta da frente batendo alguns minutos depois e fico aliviado de não ter que lidar com a presença do Carlos na minha casa. Pelo menos não mais por aquele dia, apesar de saber que estaremos no mesmo recinto em algumas horas... Tento não concentrar meu pensamento nisso e logo as horas passam, entre ajudar minha mãe, responder as mensagens do Renan no celular, e arrumar a fantasia a festa.

Carlos está certo em uma coisa: eu poderia ir de cara limpa que estaria usando uma fantasia muito original. A do charlatão Daniel Henrique.

Mas, antes de viajar, Renan me preparou uma surpresa e colocou uma sacola com uma fantasia que ele disse ter alugado pra mim, para a festa, sabendo que eu provavelmente desistiria de comparecer por não ter uma roupa adequada.

Ele me conhece bem demais.

Renan Souza: coloca a fantasia pra eu ver, me mostra!

(sábado, 19:06)

Ele manda um emoji rindo até chorar e eu sei que está parcialmente brincando. Fico até feliz que ele não esteja na cidade pra me ver hoje, mas também me sinto meio que na obrigação de deixa-lo saber como fiquei na roupa que ele pagou pra eu usar. Então me visto e tiro uma foto em frente ao espelho do guarda-roupa da minha mãe — o único que me pega de corpo inteiro.

Renan responde com uma série de corações vermelhos e fogos de artifício.

Eu só posso entender que ele gostou, mas também confesso que deveria ser ele a vestir essa fantasia. É muito sua cara, é uma coisa que grita RENAN pra todo mundo!

De repente, é exatamente por isso que estufo o peito e vou de cabeça erguida pra festa. Eu estou com ele e ele está comigo no fim das contas.

***

No convite está escrito "entrada após as 20h", então saio de casa às 20 em ponto. Demoro mais ou menos quarenta minutos de carro pra chegar lá — meu pai me deu dinheiro para pagar um motorista desses de aplicativos, porque aparentemente alguém lhe disse que essa festa dos gêmeos é importante pro meu futuro, pros meus contatos, e ele nem liga para a fantasia!

Aceito o dinheiro, mesmo sendo mais do que o necessário. Sinto que mereço esse agrado.

A entrada da boate é enorme: um arco em mármore preto, luzes douradas e flores no chão.

Uma decoração especial foi claramente montada para o dia, porque há cortinas em laranja neon e roxo cheio de glitter. As projeções que as luzes fazem nas paredes têm formato de morcegos e bruxinhas. Há dois seguranças, um de cada lado. Não vejo lugar algum para comprar entradas, então me dirijo aos dois. Eles consultam um tablet para ver se meu nome está na lista e, depois de checarem minha identidade e colocarem uma pulseira eletrônica no meu pulso direito (já que no esquerdo ainda carrego a pulseira do Sander), dizendo que eu posso comprar bebidas com ela no bar, me liberam para entrar.

As paredes são todas de mármore negro lustroso, consigo até me ver no reflexo no meio da iluminação dourada. Há um tapete cheio de pinturas de aranhas e insetos diversos. O gelo seco deixa uma névoa no chão; parece que estou entrando num cemitério de ricos, na pior das comparações!

A música não está muito alta quando chego ao final do corredor e subo um lance pequeno de escadas. No topo, uma cortina escura de veludo roxo pesado está repartida ao meio, sendo presa por enfeites da cor do ouro em cada lado da entrada da pista. Rendas em laranja e recortes de insetos, morcegos e chapéus de bruxas estão por toda parte.

Parece um teatro, um castelo, qualquer coisa que não uma boate!

A decoração me surpreende porque é realmente muito bonita, sofisticada, nada tem a ver com o boteco da festa do ano anterior, ou das outras boates que conheço. Confesso que nunca fui à uma festa à fantasia de verdade, mas essa parece ao mesmo tempo muito elegante e criativa.

As pessoas estão mais arrumadas, claro, mas também fica meio óbvio que nem todo mundo esperava esse nível de sofisticação do lugar: várias estão de jeans e camiseta rasgada sujas de sangue falso mesmo, enquanto as meninas usam vestidinhos entubados e chapeuzinhos de bruxinha ou tiaras de fadinha simplórios. Fantasias batidas.

Não reconheço ninguém sentado nas mesas do primeiro piso — há três, pelo que noto —, então sigo para a segunda escada, que dá acesso à pista de dança de verdade. Um DJ está num canto, um cara brinca com jogos de luzes no outro, e algumas pessoas se amontoam em cantinhos. Ninguém está dançando e a música nem parece animada. O gelo seco cobre todo o piso aqui e acho que parece até perigoso não saber onde se está pisando.

Vasculho o local para localizar o banheiro, o bar, a saída — os três lugares que talvez me serão úteis — e sinto alguém pegando no meu cotovelo. Giro nos calcanhares e dou de cara com um rosto maquiado para parecer o de uma boneca: a Camila. Ela não está de vestido como as outras meninas, mas sim usando uma espécie de terninho. Gravata borboleta vermelha, os cabelos presos para trás. Os contornos do rosto estão demarcados por linhas pretas, como as bonecas ventríloquas.

Ela está bonita e assustadora, como deve ser.

— Meu Deus, ainda bem que você chegou! — ela me dá um abraço desajeitado. — Adorei a fantasia! Me lembra alguém, mas não sei dizer quem.... Enfim, não aguento mais rodar nesse lugar chique sozinha. Me sinto um lixo nessa roupa. — eu solto uma risada e pergunto onde está o namorado dela. Camila revira bem os olhos. — Atrasado, como sempre. Diego só não deve ter se atrasado na hora de sair da barriga da mãe, porque depois disso é tudo três horas depois do combinado. E ela inda mudou a porcaria da fantasia umas três vezes desde a tarde de hoje.

Ela soa irritada, mas rapidamente muda para animada ao me mostrar que os gêmeos estão no terceiro andar, aparentemente "reservado aos seus convidados".

— Fui dar um tempo no pessoal, porque não tem basicamente ninguém que eu converse direito. E a música deixa minha cabeça doendo...

O som não está tão alto ali embaixo, mas o terceiro piso tem uma porta grossa de madeira no alto da escada que aparentemente o bloqueia, porque quando o segurança checa nossas pulseiras eletrônicas e a abre, o barulho é ensurdecedor. As luzes estão girando e o chão parece brilhar... não, ele está brilhando de verdade! Não sei o que tem no mármore ali, mas a gente pisa e ele meio que acende. Também parece que há glitter no meio do gelo seco no ar — não sei explicar onde estamos, mas parece uma dimensão paralela.

Do teto caem balões presos por papel em formato de morcegos. Há teias falsas em todos os lugares, as pilastras estão banhadas de sangue falso e os lados da porta têm esculturas gigantes de caldeirões que borbulham e brilham em vermelho na base. É bonito, mas é muita informação!

No meio dos flashes, vejo nossos colegas dançando agitadamente no centro. Reconheço um ou outro de longe; Felipe, Caíque, algumas meninas da sala B. Enquanto caminho com a Camila para longe do centro, vejo a Natália num cantinho, sentada num banco alto perto do bar na outra extremidade. Ela está com uma roupa rosa clarinha, asinhas coloridas nas costas e um chifre no meio da testa empanturrada de maquiagem — não sei o real objetivo da sua fantasia, mas soa como uma mistura esquisita de unicórnio e fada.

Ao lado dela está uma moça bem parecida, mas mais alta e com mais maquiagem, se é que isso é possível. Ela usa um chifre enrolado para baixo no cabelo, cinza e cheio de contas brilhantes que caem sobre suas orelhas pontudinhas. Carlos está na frente dela e eles parecem conversar, mas as feições da Nayara não são tão animadas assim.

Meu primo está vestido de lobisomem e é uma fantasia que lhe cai tão bem que eu ameaço soltar uma risada, mas só reviro os olhos mesmo.

Paro porque a Camila para na minha frente enquanto um garçom passa. Ele está de maquiagem — olhos pretos, lábios vermelhos — e oferece a bandeja com champanhe. Nós dois damos de ombro e pegamos uma taça cada. O gosto é horrível, mas bebo mesmo assim. Vejo que, de onde ele saiu, há um pequeno conjunto de mesinhas separadas por uma fina cortina de renda laranja que em nada impede a música de chegar até os ocupantes. É a família dos gêmeos, eu posso ver. Tem gente mais velha ali e eu reconheço a mãe do Luiz de imediato pela aparência jovem e descolada, não só porque ele próprio está sentado com ela. Os dois estão fantasiados; ela parece uma versão macabra da Minnie, e ele... Eu não consigo decifrar sua roupa de imediato. Mesmo que tenhamos ficado um tempo parados ali, só consigo focar minha atenção num detalhe: Luiz está sozinho. Não há nem Maria Eduarda, nem William por perto... Está tarde, então presumo que talvez eles... não venham?

— Oi, gente. — uma voz alta no pé do meu ouvido me faz pular. Camila ri e a dona da voz também. Mariana está usando um vestido mais folgado, mas tem um colar enorme, cheio de alho e outras bugigangas esquisitas no pescoço, e maquiagem de gatinho nos olhos, coisa que eu nunca tinha visto. Também está bonita do seu modo, mas não digo isso a nenhuma delas. Mariana faz uma brincadeira com o alho do seu colar na minha direção e nós três rimos.

É uma combinação esquisita, mas ficamos os três meio que conversando na beirada da pista de dança. Sei que tenho que ir dar os parabéns ao Rafael e ao Gabriel, mas não vejo oportunidade para tal (e eu nem trouxe presente). Aliás, ambos estão usando um vestido azul com uma fita rosa na cintura, têm perucas de maria-chiquinha e ficam encurvados para tirar foto. São as gêmeas d'O Iluminado e o fato deles terem escolhido fantasias "femininas" me faz sentir uma raiva enorme — da mesma maneira que ocorrei no Dia D do Troca-Troca. Parece tão errado... É claro que não comento, deixo passar, como sempre. É aniversário deles, não vou fazer um escândalo.

Eles não param de se mexer, de dançar, e o Gabriel está tão grudado à Isadora (uma múmia bem mal-feitinha, aliás) que acho que vão se fundir — deve ser um dos motivos do mau humor visível da Natália, inclusive. O pessoal está fazendo uma algazarra legal, mas não tenho vontade de me juntar a eles, então ficamos os três, pelo tempo que conseguimos, de fora.

Até que o Diego finalmente resolve aparecer com seu traje de penitenciário (com direito à bola de ferro grudada no pé e tudo), trazendo o Pablo e o Marcus à tiracolo. Este usa uma roupa preta com estampa do esqueleto humano. O Pablo está vestido de Raul Seixas zumbi (eu acho) e vem com a Karina (de abóbora. Sério), que também vem acompanhada da Juliana (Barbie zumbi?), que por sua vez rapidamente se emparelha com a Mariana, dando os braços e trocando fofocas.

Pronto, sou a ovelha negra de novo. Não pertenço, não tenho motivos pra atrapalhar a harmonia deles, então me afasto. Acho que eles nem me notam.

Bebo o resto do meu champanhe, como um salgadinho e vou para os fundos do palanque que o DJ usa, vendo que há uma abertura ali. É uma área para fumantes, que na verdade é uma varanda ampla e convidativa. Não tenho interesse na barulheira de dentro, então imediatamente me sinto à vontade do lado de fora. Não há nenhum fumante, só eu e o vento do sábado à noite. A visão que tenho é bonita; luzes de prédios e árvores e praças. Um panorama da região sul da cidade que me lembra a vista do apartamento do Otávio. Ou seja, faz tempo que não tenho algo tão bonito assim pra apreciar...

Pego o celular, tiro uma foto e estou prestes a enviar para o Renan quando ouço a porta de vidro se abrindo e fechando, e um resmungo às minhas costas. Me viro e fico paralisado quando meus olhos encontram os do Luiz Eduardo.

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Estamos só começando, tá? Quem adivinha a fantasia do Daniel??

Novidade pra quem me acompanha e ainda não viu! Me tornei oficialmente embaixadora do Wattpad e também do perfil Ficção Adolescente de Língua Portuguesa da plataforma <3

O símbolozinho tá no meu perfil já e fiquei muito feliz de poder fazer parte da equipe que leva novas histórias pra tanta gente aqui! Espero contribuir positivamente, e espero que vocês continuem comigo nessa jornada porque o wattpad me faz ficar mais perto dos leitores e é disso que gosto <3

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