Roomies || 5SOS [Editing]

By Penguin_18

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Há certas coisas na vida que não podemos controlar. Há certas coisas que vamos perder independentemente do qu... More

✖✖ Roomies ✖✖
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Capítulo X
Capítulo XI
Capítulo XII
Capítulo XIII
Capítulo XIV
Capítulo XV
Capítulo XVI
Capítulo XVII
Capítulo XVIII
Capítulo XIX
Capítulo XX
Capítulo XXI
Capítulo XXII
Capítulo XXIII
Capítulo XXIV
Capítulo XXV
Capítulo XXVI
Capítulo XXVII
Capítulo XXVIII
Capítulo XXIX
Capítulo XXX
Capítulo XXXI
Capítulo XXXII
Capítulo XXXIII
Capítulo XXXIV
Capítulo XXXV
Capítulo XXXVI
Capítulo XXXVII
Capítulo XXXVIII
Capítulo XXXIX
Capítulo XL
Capítulo XLI
Capítulo XLII
Capítulo XLIII
Capítulo XLIV
Capítulo XLV
Capítulo XLVI
Capítulo XLVII
Capítulo XLVIII
Capítulo XLIX
Capítulo L
Capítulo LI
Capítulo LII
Capítulo LIII
Capítulo LIV
Capítulo LV
Capítulo LVI
Capítulo LVII
Capítulo LVIII
Capítulo LIX
Capítulo LX
Capítulo LXI
Capítulo LXII
Capítulo LXIII
Capítulo LXIV
Capítulo LXV
Capítulo LXVI
Capítulo LXVII
Capítulo LXVIII
Capítulo LXIX
Capítulo LXX
Capítulo LXXI
Capítulo LXXII
Capítulo LXXIII
Capítulo LXXIV
Capítulo LXXV
Capítulo LXXVI
Capítulo LXXVII
Capítulo LXXVIII
Capítulo LXXIX
Capítulo LXXX
Capítulo LXXXI
Capítulo LXXXII
Capítulo LXXXIII
Capítulo LXXXIV
Capítulo LXXXV
Capítulo LXXXVI
Capítulo LXXXVII
Capítulo LXXXVIII
Capítulo LXXXIX
Capítulo XC
Capítulo XCI
Capítulo XCII
✖✖ Playlist ✖✖
Capítulo XCIII
Capítulo XCIV
Capítulo XCV
Capítulo XCVI
Capítulo XCVII
Capítulo XCVIII
Capítulo XCIX
Capítulo C

SUPRISE BÍTCHES - I MEAN MERRY CHRISTMAS (BONUS CHAPTER)

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By Penguin_18

A leitura deste capítulo não influência lá grande coisa a história mas é natal e ninguém leva a mal (eu sei que isto é do canaval mas ignorem). Quero que saibam que, para mim, o fim da história é no capítulo 100, isto é apenas um acréscimo completamente desnecessário que serve apenas para matar saudades e celebrar o que é realmente importante: Mayshton. Ainda não sei se mais tarde vou eliminar este capítulo ou não (muito provavelmente sim) mas aqui está ele. Decidi fazer isto como um presente para as minhas Roomiers que são simplesmente incríveis ❤ não é nada de especial mas admito que durante estes meses tive saudades dos super-heróis das bolas xD

Desculpem desde já a quem pensou que era uma segunda temporada. Por muito que eu gostasse de a fazer, não acho que fosse boa ideia, até porque não sei de que maneira a faria sem a tornar mais uma mera fanfic.

Não sei se o capítulo está lá muito bom porque eu já não escrevo isto desde o dia 17 de julho...são alguns meses mas bem, veremos.

Ainda não revi o capítulo por isso poderá ter erros ortográficos causados pelo meu estúpido e com-a-mania-que-sabe-escrever-tudo corretor automático!

De qualquer maneira, boa leitura!

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E tropecei, deixando cair o meu chocolate quente que acabara de trazer da Starbucks. Olhei para o chão à minha frente na rua, ignorando os olhares desarovadores das pessoas a meu redor, pensando apenas que nunca na minha vida, jamais, nem em sonhos iria beber aquele chocolate quente duplo com marshmallows. Ok, talvez em sonhos eu pudesse beber mas vocês entenderam o que eu quis dizer.

R.I.P - Naya. O Stanley intreviu, usando o nome que o empregado tinha escrito na parte lateral do copo de papel.

Seria assim tão difícil perceber que o meu nome era Maya e não Naya? Nem sequer faz sentido.

-Não adianta chorares sobre o leite derramado, boneca.-Ouvi aquela voz familiar a dizer e rapidamente olhei para cima, revirando os olhos ao que ele me chamou, levantando-me e encontrando aqueles doces olhos cor de avelã.-Ou deverei dizer sobre o chocolate quente com marshmallows derramado?

-Duplo chocolate quente com marshmallows derramado.-Corrigi e ele pôs a sua mão no meu ombro.

-Lamento a tua perda.-Ele disse numa voz dramática.-Mas fizeste uma grande porcaria aqui no chão, Maya, francamente.-Ele advertiu sorrindo, enquanto eu olhava para o chão.

-Saímos daqui e fingimos que eu não fiz nada?-Sugeri e ele assentiu.

-Sempre tão correta, estou orgulhoso.-Fingiu limpar uma lágrima no canto do olho enquanto eu me ria e ambos começámos a andar pelas ruas de Nova Iorque.

-Não queres voltar à Starbucks e pedir outro?-Ele questionou.

-Está muito longe.-Eu apenas disse, esticando a mão e tentando alcançar a loja atrás de nós.

-É esse o espírito, mulher!-Exclamou, e depois olhou para os seus sapatos.

Olhei para ele e sorri, avaliando a sua expressão de alegria enquanto me recordava de tudo o que acontecera no ano letivo anterior.

-Estou feliz por estares aqui.-Admiti e ele desviou o seu olhar do chão cheio de neve para os meus olhos castanhos.

Ele sorriu calorosamente e, apesar de tudo o que acontecera naqueles meses em que não nos víramos, o meu coração derreteu um pouco.

-Eu também estaria muito feliz se tivesse alguém como eu aqui.-Ele falou e, de seguida, riu-se.

-Era tão previsível que não ias dizer uma coisa simpática.-Reparei.

-Tu não queres ir por esse caminho da imprevisibilidade, White.-Ele disse num tom agressivo de ameaça.

-Senão o quê?-Questionei, virando-me para ele e parando de andar, no meio daquela rua que estava toda enfeitada com adereços natalícios.-Vais castigar-me, daddy?

Ele revirou os olhos e fez uma expressão triste enquanto eu me ria com a sua reação.

-Peço-te, para de fazer pouco de mim.-Ele quase implorou.

-Sabes o que é que também me pediste há uns meses atrás? Que te chamasse daddy, e agora?-Questionei e ele assumiu uma postura mais confiante.

-Agora ou te calas com isso, ou a segunda ronda não demora muito a vir.-Ele sugeriu, sorrindo enviesadamente.

-Como queiras, daddy.-Apenas respondi, lançando-lhe um pequeno sorriso, os seus olhos iluminaram com a minha resposta mas ele não largou o seu sorriso de convencido.

Sorriso que desfaleceu segundos depois enquanto o sentia a aproximar-se lentamente de mim.

-Pena que vou ter de ir embora, outra vez.-Ele falou tristonho, pressionando os lábios numa linha reta e parando de se aproximar.

-Bem, ainda temos o dia de hoje.-Lembrei e ele olhou para os meus olhos.

-Não é lá muito tempo.-Reparou ele, erguendo as sobrancelhas.

-Já tivemos menos e isso não nos impediu.-Sorri para aquele rapaz com as covinhas mais profundas do que o oceano Pacífico.-Por isso é bom que cries um bom plano para o dia de hoje, roomie.

E foi assim que o seu sorriso voltou a iluminar aquele dia de natal.

-Por acaso até tenho. E não adianta perguntar se alinhas ou não porque é isso que vamos fazer.-Ele anunciou.

-Ainda não sei o que é mas sinto uma grande vontade de não o fazer.-Brinquei e ele riu.

-Mas vais querer fazer. É uma missão para os super-heróis das bolas! Então, o natal e para ajudar pessoas e assim, por isso vamos ajudar pessoas e assim.-Ele explicou.

-Aww, vamos finalmente ajudar-te e pôr-te num manicómio.-Gozei e ele olhou-me com cara de poucos amigos, enquanto um sorriso aparecia na minha cara.

-Isso não teve piada.-Ele disse sério e eu tentei controlar o riso.

-Pois não, pois não.-Concordei, esforçado-me para não rir.

Esforço que não levou a lado nenhum, pois passados uns segundos a olhar para o Ashton que também estava a tentar conter o riso, acabámos por nós rir os dois. Ergui a mão para ele me dar mais cinco mas ele negou com a cabeça.

-Acabaste de gozar comigo e achas que eu te vou felicitar por isso?-Ele questionou com um sorriso enorme.

-Bem, estás a rir-te e estás.-Reparei e ele revirou os olhos.

-Trata-te, Maya.-Pediu, brincando.

-Tu queres é que eu vá tratar-me para o manicómio para não ficares sozinho.-Eu deduzi.

-Achas? Antes sozinho do que mal acompanhado.-Ele disse, fazendo-se superior.

-Então admites que vais para o manicómio.-Concluí com um sorriso vitorioso.-Maya, 37. Ashton, 32.

-Já tinha saudades disso.-Ele sorriu um pouco tristonho.

-De estar a perder?-Questionei, fingindo-me confusa.-És mesmo estranho.

-Sou mas tu gostas.-Ele reparou, pondo um braço à volta do meu ombro e começando a andar.

-Eu não neguei isso, Irwin.-Reparei e ele sorriu, olhando para mim de lado e rindo um pouco.

E os meus olhos pousaram no copo de chocolate quente que ele tinha na mão, fazendo-me desejar que não tivesse tropeçado.

-Tu queres que eu vá buscar outro, não queres?-Questionou, percebendo o meu olhar.

-É assim tão óbvio?-Perguntei e ele encolheu os ombros.

-É chocolate quente, não te censuro.-Respondeu e ambos sorrimos.

***

-Uau, tu fizeste uma lista.-Disse um pouco surpreendida, vendo os pontos que estavam lá escritos.

-E vamos fazer isso tudo hoje.-Declarou com um sorriso, conduzindo pelo imenso tráfico de Nova Iorque.

-Como é que tencionas ir a tantos telhados?-Questionei, levantando os meus olhos da lista, para encontrar os seus pousados em mim por breves momentos.

-Eu conheço gente, Ross.-Ele explicou e eu voltei a dobrar a lista.-Agora vamos fazer um bolo!

A sua gargalhada enorme preencheu o espaço enquanto ele estacionava em frente ao meu prédio.

Saímos ambos do veículo e fomos em direção à entrada do edifício, subindo pelo elevador até ao andar do meu apartamento.

Abri a porta da entrada e fiz sinal para o Ashton entrar na minha moradia antes de mim.

-Sempre gostei do facto de tu seres o cavalheiro nesta relação.-Ele comentou enquanto passava por mim, fazendo-me rir antes de ir atrás dele e fechar a porta de seguida.-O Andrew é o melhor!-Ele exclamou, espreitando para dentro da cozinha.

O rapaz das covinhas entrou lá e eu fiz o mesmo, deparando-me com um balcão de cozinha com utensílios e ingredientes prontos a usar e o meu pai, sentado numa das cadeiras.

-É muito bom quando te das bem com o teu sogro, não é, Irwin?-Perguntou o meu pai, fazendo-me engasgar na minha própria saliva.

-Sempre é mais agradável.-O Ashton sorriu como se aquilo não o afetasse.

-É bom saber que me vou casar com o Ashton sem que ele me tenha pedido para namorar ou casar.-Comentei irónica.

-É bom mesmo, não é?-O meu roomie questionou, olhando para mim com um sorriso adorável e eu apenas lhe dei um leve murro no braço.-Não te preocupes, se fosse a ti também ficaria extremamente feliz por casar alguém como eu.

-Ai o amor próprio.-Comentei, sorrindo enviesadamente.

-O que é que podes fazer, Maya?-O meu pai perguntou, chamando a minha atenção.-O rapaz gosta de ti.

Olhei para o Ashton na esperança de o encontrar a olhar para mim com um brilho incrível no olhar. Mas o único brilho que vi no olhar dele foi o brilho que ele lançava para o pacote de chocolate milka com caramelo e avelãs pousado em cima do balcão.

-Esquece o nosso casamento, Maya, eu vou-me casar com aquilo.-Ele afirmou, sem desviar o olhar do chocolate.

-Já ouviste falar em poligamia?-Questionei e ele olhou para mim.

-Queres tanto casar-te comigo que nem te importas que eu me case com o chocolate e contigo ao mesmo tempo?-Perguntou com um sorriso sincero.

-Não!-Exclamei, fazendo o seu sorriso desaparecer.-Estou é disposta a partilhar o meu futuro marido, Mr. Milka White, contigo.

-Então acabaria por ficar Mr. Milka White Irwin.-Ele reparou.-Acho que afinal algo acabaria por ficar com ambos os nossos nomes.

-Sim e eu chamar-me-ia Maya Milka e tu Ashton Milka.-Reparei e ele soltou uma gargalhada.

-Sinceramente não sei como me sentir quanto a isso.-Ele admitiu.

-Vocês estão a fazer planos de casamento entre vocês os dois e um chocolate.-O meu pai reparou, pondo as mãos no balcão da cozinha.-Eu ficaria preocupado.

-A vida é muito curta para nos preocuparmos, Andy.-O Ash comentou, fazendo-me olhar surpresa para ele, tal como o meu pai.

-Tu chamaste-lhe Andy.-Eu reparei e ele olhou-me.

-Qual é o problema?-Perguntou.

-A minha mãe costumava chamar-lhe Andy.-Eu Informei com um pequeno sorriso um pouco triste.

-Acho que encontramos a tua próxima mãe. Podes esquecer os planos para o teu casamento, quem se vai casar com o Ashton sou eu.-O meu pai afirmou, fazendo-me olhar para ele incrédula.

-Estás a roubar-me o marido? Daqui a pouco roubas-me o Mr. Milka com caramelo e amêndoas!-Reclamei.

-Agora que vejo isto de uma perspetiva diferente, é mesmo preocupante.-O meu roomie comentou.

-Bem meninos, eu vou à cidade encontrar-me com um amigo.-O meu pai informou, aproximando-se da saída da cozinha.-Até já e se forem fazer alguma cois obscena, não o façam em cima do bolo.

Dito isto ele saiu do apartamento enquanto eu me sentia a corar.

-Eu adoro o teu pai.-O meu ex-inimigo comentou.-Finalmente aceitou que podemos fazer sexo.

-Não vai acontecer.-Garanti, passando por ele e indo buscar os utensílios necessários para fazer um bolo de chocolate.

-Oh não, Ross, estás a voltar à fase de negação do que é certo. Sabes que o melhor é aceitar.-Ele informou.

Subitamente, e num golpe de génio que parecia saído de um filme de espiões, eu peguei no pacote de farinha, abri-o e atirei um bocado à cara do meu roomie.

-Tu não acabaste de fazer isso.-Ele disse, limpando a farinha dos seus olhos.

-Oh não, estás a negar o que é certo!-Ironizei, pousando o pacote e fazendo-o aproximar-se de mim.

Senti pelo olhar que ele me lançava que ele me ia beijar, por isso o meu corpo ficou mais tenso e dei um passo atrás.

-Ash, tu não podes...-Ia repreendê-lo pelo que ele iria fazer, mas ao contrário do que eu estava à espera, ele começou a fazer-me cócegas.-Tinha de ser!-Reclamei, controcendo-me.

-Maya, 37. Ashton, 33.-Ele anunciou e passados uns segundos parou de me fazer cócegas.

-Ainda te estou a ganhar, palerma.-Reparei como se troçasse dele.

-Não por muito tempo, estúpida.-Ele respondeu no mesmo tom.

E a divisão ficou em silêncio. Apenas olhei para os seus olhos que continuavam os mesmos e ele olhou para mim, enquanto um pequeno sorriso aparecia nas nossas caras. Do nada, ele abraçou-me fortemente, levantando os meus pés do chão. Abracei-o de volta.

-És um lamechas, Fletcher.-Comentei no meio do abraço.

-És uma desmancha prazeres, White.-Comentou e eu consegui ouvir o seu sorriso.

***

-Juro-te que não percebo duas coisas.-Comecei enquanto ele conduzia pelas ruas da minha cidade.-Primeira, porque é que fizemos o bolo agora se só vamos distribuí-lo à noite? E segunda, porquê um bolo?

-Há uma maldição na minha família, Maya White.-Ele começou, fazendo-me franzir o sobrolho.-Sempre que fazemos bolos à noite eles ficam mal. E segundo, se eu fosse um sem abrigo, eu preferia que as pessoas me distribuíssem bolo e não sopa.

-Acho que se fosse um sem abrigo qualquer um serviria.-Reparei, olhando para ele.

-Se pudemos dar um bolo de chocolate em vez de uma sopa de nabos, porque não dar?-Questionou ele já a ficar irritado.

-Uh, sassy.-Comentei com um sorriso e ele sorriu também.

-Quando se trata de causas humanitárias tem de ser.-Desculpou-se e, de seguida, estacionou o carro em frente a uma livraria.

A mesma parecia já ser um bocado antiga e tinha um letreiro feito de metal que dizia "Brooks' Books".

Sem dizer mais nada, o meu roomie saiu veículo e veio do meu lado, abrindo-me a porta.

-Estás a ficar o cavalheiro desta relação, assim não pode ser.-Repreendi, rindo e saindo também do carro.

Ele deu uma leve gargalhada e ambos caminhámos para aquele estabelecimento.

-Senhor Brooks!-O meu melhor amigo cumprimentou mal pôs um pé na livraria, chamando a atenção de um senhor já idoso que se encontrava atrás do balcão.

Do senhor idoso e das pessoas que se encontravam na loja, diga-se de passagem.

-Astron Man!-O senhor exclamou, sorrindo abertamente e fazendo-me rir à gargalhada.

-Não devia ter-me chamado isso com ela aqui.-O meu roomie disse embaraçado, fazendo sinal para mim, enquanto nos aproximavamos do balcão.

-Estás a tentar impressioná-la?-O senhor questionou.

-Não, já desisti disso.-O rapaz ao meu lado respondeu.-A Maya é pouco impressionável.

-O que o Astron Man está a tentar dizer, é que ele é demasiado imprevisível para me tentar impressionar.-Esclareci e recebi um sorriso simpático do senhor.

-Vê? Agora ela vai gozar comigo.-O Ashton reclamou enquanto o senhor se virava de costas para pegar num livro que estava numa prateleira da estante atrás dele.

-Não vou nada, daddy.-Sussurrei, olhando para as minhas mãos, de modo a que apenas o meu roomie ouvisse.

Levantei os olhos e vi-o com uma expressão reprovadora a olhar para mim e a tentar esconder o sorriso.

-Maya, não é?-O senhor Brooks perguntou, virando-se para nós e chamando a nossa atenção. Assenti enquanto ele se apoiava no balcão com os dois braços.-O Ashton era muito pequeno qiando veio cá pela primeira vez. Era ainda um bebé. A mãe dele adorava livros e ele costumava aparecer nestas andanças pelo menos uma vez por semana. Ele adorava livros de super-heróis e um dia disse-me que queria ser um. Então inventámos um nome: Astron Man.

-Mas agora o Astron Man cresceu.-O rapaz com covinhas disse embaraçado.

-É verdade.-Concordei.-Agora evoluiu para Super-herói Da Bola Amarela.

O senhor franziu o sobrolho mas acabou por se rir.

-Isto é embaraçoso.-O meu amigo comentou baixinho.

-O Ashton Fletcher Irwin embaraçado?!-Questionei, fingindo-me incrédula e ele lançou-me um olhar mortífero.-Eu acho esta história adorável.

E a sua expressão mudou para uma mais suave.

-As mulheres adoram histórias de infância.-O senhor Brooks falou enquanto piscava o olho ao super-herói que tinha crescido.-É assim que as impressionamos.

Olhei para o Ashton e ele sorriu para mim.

-Verdade.-Concordei, sorrindo também.

-Mas bem, meninos, o que vos traz por cá?-O senhor questionou.

-Precisamos que nos empreste papel que sobrou e algumas canetas.-O Ash explicou.

-Há coisas que nunca mudam, não é pequenote?-O senhor questionou e ele sorriu.-Eu vou buscar isso lá dentro e já volto.

Dito isto entrou numa porta de madeira, que estava à sua direta, saindo da nossa beira.

-Que mais segredos escondes, Yellow?-Perguntei brincando com ele.-Afinal os super-heróis das bolas não foram a tua primeira família.

-Nem foram a segunda.-Ele informou sério.-Eu também sou um transformer

E foi assim que demos início a um dos pontos do plano do Ashton para aquele dia, que consistiam em distribuir papeis com mensagens. Não como aquelas mensagens que uma vez distribuímos em Indianápolis a falar de unicórnios ou aliens mas umas com mais significado.


Apesar de unicórnios e aliens terem muito significado. O Stanley acrescentou.

Em cada mensagem escreveriamos algo positivo. Quer fosse um elogio ou um conselho como naqueles bolinhos da sorte. De seguida, punhamos no correio das pessoas por cujas casas passávamos a pé.

Depois de escrevermos as mensagens numa das salas privadas da livraria, saímos e distribuímos aqueles papeis por todo o quarteirão.

-Isto vai mudar a vida das pessoas, Maya.-Ele informou enquanto deixava um dos últimos papéis numa das casas.

-Achas mesmo?-Perguntei sem estar muito convencida.

-Claro! Por exemplo, imagina que és um rapaz que deixou escapar a rapariga de quem gostava e, de repente, um papel que diz 'amanhã poderá ser tarde, aproveita o agora'. Então ele larga o papel vai ter com ela e casam-se.-Ele explicou.

-Os teus níveis de clichezice estão a aumentar ao segundo, é mais preocupante que o casamento com o chocolate.-Reparei, fazendo uma expressão horrorizada e deixando mais um papel no correio.

-Isso é porque não me deixaste acabar.-Ele esclareceu e depois prosseguiu.-Então eles casam e depois a mulher fica extremamente doente e o único que a podia salvar, fazendo um transplante de coração, era supostamente o marido. Mas descobrem que o marido afinal é um robô! A vida da mulher estava em risco e ela acaba por fazer o transplante do coração e fica meia robô. Claro que a perda do marido foi uma chatice mas o pior era que ela ficava sempre retida naquelas máquinas dos aeroportos por causa do seu coração de metal. Adiante, um dia as tropas da NASA decidem invadir o planeta dos unicórnios e a única pessoa que pode salvar os unicórnios é essa senhora, porque ela tem sangue humano e coração de robô o que a faz única. Isto não aconteceria se o senhor não tivesse recebido o bilhete na casa dele.

Apenas fiquei a olhar para aquele rapaz enquanto ele sorria vitorioso para mim.

-Porque é que a NASA iria querer atacar o planeta dos unicórnios?-Perguntei a primeira de muitas perguntas que tinha acerca daquela pequena e estranha história.

-Foi só um exemplo, Maya, tem calma.-Ele ergueu os braços em sinal de rendição e eu distribuí o último papel.

-Sabes aquilo de te por num manicómio, não é assim faço mau pensado.-Reparei rindo e ele sorriu para mim.

-Só quero dar alegria as pessoas no natal, é por isso que faço isto.-Ele esclareceu.-Às vezes não temos a noção das vidas que podemos tocar com os nossos pequenos atos.

-És um máximo.-Sorri e ele sorriu de volta.

-Tu e as tuas lamechices, mulher.-Ele brincou.

-Falou.-Comentei, enquanto caminhávamos de volta para a livraria que ficava apenas a uns míseros dez metros dali.

Entrámos no edifício e fomos até ao balcão.

-Senhor Brooks, temos um pedido.-Declarei e um sorriso amistoso apareceu na sua cara.

-Diga, menina.-Ele pediu, apoiando os braços mo balcão.

-Temos aqui este dinheiro.-O meu melhor amigo declarou pousando um envelope onde nós tínhamos posto 200 dólares no balcão.-Tiramos das nossas poupanças e queremos que distribua em notas de 10 dólares.

-Ponha cada nota nalguns livros aqui da livraria e se alguém o comprar, o seu natal poderá ser melhor, quando virem que numa das páginas do livro estão dez dólares.-Eu completei, sorrindo.

O senhor abriu o envelope e depois olhou para nós um bocado chocado.

-Sim, nós sabemos que podíamos guardar o dinheiro e comprar algo para nós.-O Ash comentou.

-Até mesmo um bilhete para o concerto do Ed Sheeran.-Comentei.

-Mas é isto que os super-heróis das bolas fazem, distribuem alegria.-O meu roomie completou.

-Além disso, o Ed não deve vir aqui nos próximos meses, ainda posso poupar.-Acrescentei sorrindo, fazendo o senhor Brooks rir um pouco.

-Está bem, meninos.-Ele sorriu.-Eu faço isso.

-Muito obrigada.-Agradeci.

-Ah e também tenho uma prenda de natal para si.-O meu melhor amigo anunciou, retirando um relógio de bolso do seu bolso do casaco e pousando-o em cima do balcão.-Encontrei-o numa feira de antiguidades e achei que seria um bom acréscimo à sua coleção.

Um sorriso de pura felicidade desabrochou na cara do dono da livraria.

-Muito obrigado, Astron.-Ele agradeceu comovido.

-De nada.-O rapaz disse.-Agora os super-heróis das bolas têm de ir. Tenha um resto de bom natal, senhor Brooks.

-Bom natal!-Desejei enquanto eu e o meu roomie nos aproximavamos da saída daquele estabelecimento.

-Bom natal, meninos!

***

-Memórias.-Ele comentou enquanto olhava para o saco de plástico cheio de latas de spray.-Até temos azul, Maya! Podemos pintar-te o nariz!

-Atreve-te, Irwin.-Meio que ameacei enquanto abriamos a porta que dava para o telhado daquele prédio.-Vamos lá salvar pessoas.

Ele sorriu para mim e eu para ele enquanto nos aproximavamos da extremidade do prédio que um pequeno muro.

Respirei fundo quando chegámos lá para tentar conter as lágrimas.

-Faz-te lembrar aquele dia, não faz?-Ele perguntou mas eu não olhei para os seus olhos.

-Ela estava num andar mais alto, mas sim.-Respondi e senti um braço a pousar à volta dos meus ombros.

Ele depositou um beijo na minha nuca, fazendo-me olhar para ele. Os seus olhos olhos cor de avelã sorriam para mim e não pude evitar, por muito que quisesse, sentir o meu coração a bater mais rápido.

Olha para ela toda cliché! O Tribianni anunciou, fazendo-me revirar os olhos internamente.

Tu só sabes insultar, rapaz. Reclamei.

Eu só digo verdades!

-Vamos salvar vidas, Blue.-Ele declarou.

-Super-heróis das bolas!-Exclamei.

-E o nosso famoso slogan: a água deu-nos, ela bateu-nos-Acrescentou, fazendo-me sorrir.

-Lembraste disso?-Perguntei surpreendida.

-Como poderia esquecer o dia em que o meu padrasto me apanhou a dizer que eu fazia a minha meia irmã molhada? Foi um momento histórico!-Ele recordou, enquanto pousava o saco e retirava as latas de spray de lá, passando-me uma delas.

-Foi tão constrangedor.-Eu reparei, aproximando-me um pouco mais do muro e ajoelhando-me para poder escrever.-E eu até te chamei daddy.

-Tu chamas-me daddy a toda a hora.-Ele reparou.-Começo a achar que tu também tens um fetiche com daddy.

-Fetiche só se for por te irritar.-Reparei e ele assentiu.

-Realmente és muito irritante.-Concordou e eu olhei-o com cara de poucos amigos.

-Não devias ter dito isso.-Ameacei e ele olhou para os meus olhos.

-Senão o quê?-Ele perguntou com uma voz afemininada.-Vais castigar-me daddy.

E desatei-me a rir com aquela frase.

-Isso só funciona comigo, Fletcher.-Reparei enquanto agitava a lata de spray.

E entre risos os dois escrevemos uma frase naquela parede.

'Não saltes, este é o teu sinal'

-Eu perguntaria-me se isto salvará mesmo vidas, se estivéssemos no ano passado.-Ele admitiu, pondo as latas de volta no saco.

-Como assim?-Questionei.

-Eu era meio suicidial, sabes disso.-Ele reparou, olhando tristemente para mim.

-Tu pensaste em suicidar-te?-Perguntei incrédula.-Eu sabia que te cortavas mas...

-Bem, não posso dizer que nunca me passou pela cabeça fazer isso.-Ele esclareceu.-Mas os dias passaram, tu descobriste que eu me cortava, as coisas melhoraram. E se eu na altura estivesse pior e tivesse vindo a um telhado de um prédio para saltar, eu iria querer que esta frase estivesse aqui. Ainda há tanto para a acontecer, mais do que podemos imaginar e seria um desperdício saltar.-Ele olhou para mim com um ligeiro sorriso.-E quem quer que seja que venha aqui para fazer isso e mudar de ideias por causa desta frase, vai agradecer a quem escreveu isto, eventualmente. Fico feliz por ajudar...e fico ainda mais feliz por ter alguém que o faça comigo.-E, de seguida, disse da maneira descontraída possível.-Eu estou agradecido por te ter.

Eu abracei-o e ele abraçou-me de volta.

-Vês, Ashy, eu disse que tu eras o lamechas daqui.-Reparei e ele largou do abraço.

-Antes lamechas do que previsível como tu.-Ele ripostou, sorrindo vitorioso. Abri a boca para falar mas ele interrompeu-me antes que eu pudesse dizer uma palavra que fosse.-Ashton, 34. Maya, 37.

-É triste que me tenhas de me interromper para marcar um ponto.-Eu reparei, pondo uma mão no seu ombro.-Mas é natal, se te faz feliz pronto.

Ele lançou-me um olhar mortífero mas não tardou até fazer desabrochar um sorriso.

***

-Eu nem acredito que não vamos comer este bolo.-O Ashton anunciou, olhando para o recipiente com as fatias de bolo, pousado no meu colo.-Parece delicioso.

As luzes da noite iluminaram a cidade enquanto nós íamos de boleia numa carrinha, com uma equipa de distribuição de comida, pelas inúmeras ruas daquela metrópole. As luzes vermelhas e douradas eram predominantes naquela palete de cores em que se encontrava Nova Iorque.

-Acaba por compensar ver a alegria nas caras das pessoas.-Uma rapariga loira e de olhos azuis que estava sentada ao lado do Ashton reparou, sorrindo para ele.-Distribuo comida pelos sem abrigo todos os anos e fico sempre mais feliz quando o faço. Acho esta altura do ano tão bonita.

-Não tão bonita quanto tu.-O Ashton respondeu-lhe e se o Tribianni fosse uma pessoa o seu queixo teria caído.

Ele disse o que a quem?! O meu subconsciente perguntou.

-Obrigada.-A rapariga respondeu, envergonhada e eu desviei a minha atenção para a rua, lá fora.

Maya, estás com ciu... Com vontade de te bater Tribianni se termidas essa frase.

-Chegámos.-O condutor anunciou, desligando o motor da carrinha.

Eu e o meu melhor amigo éramos os últimos a sair do veículo, pois estavamos nos últimos lugares. Ele olhou para mim quando só nos encontrávamos os dois lá dentro e piscou-me o olho.

-Ela é mesmo bonita, não é?-Questionou para me irritar, enquanto eu pegava no recipiente que tinha o bolo.

-É muito mesmo.-Concordei, decidindo não o deixar levar a melhor de mim, enquanto saíamos do automóvel.-E eu acho que dispenso comer este bolo, de todo, vou comer é aquele pão que estava ao lado do condutor.

Ele olhou para mim com cara de poucos amigos e eu sorri vitoriosa.

-Isto não era suposto ser assim, Ross.-Ele falou enquanto caminhávamos uns passos atrás do resto do grupo.

-Assim como?-Perguntei, fazendo-me desentendida.

-Não era suposto fazeres-me ciúmes, era suposto ser ao contrário.-Ele esclareceu.

-Ciúmes? Ciúmes com o quê?-Fingi que não estava a perceber e depois reagi como se finalmente entendesse.-Ah, tu achas que eu tive ciúmes por tu teres dito aquilo à miúda. Espera aí...tens ciúmes de eu ter dito que aquele rapaz é um pão?

-Não! Eu não disse isso!-Ele respondeu prontamente.

-Disseste pois.-Eu reparei e depois olhei para ele, sabendo que ele sabia o que eu ia dizer.-Maya, 38. Ashton, 34.

Ele olhou para o chão derrotado e eu sorri antes de por o meu braço à volta da sua cintura, ele pôs o seu braço à volta do meu ombro.

Olhei para cima e vi-o a olhar para mim, com um brilho imenso nos seus olhos. Ele depositou um pequeno beijo na minha testa, fazendo-me sentir em casa.

-Feliz natal, White.-Ele murmurou contra a minha pele, e eu ouvi o seu sorriso.

-Feliz natal, roomie.

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Feliz natal! (eu sei que ainda é véspera/meia note da véspera em Portugal -Menos algumas horas no brasil- Mas para mim já é natal e o natal é quando o homem ou a Mari quiserem cuz YOLO!)

Eu sei que não foi nada de especial mas era só como uma lembrancinha desta história.

Comentem o que acharam!

Façam algo positivo neste natal tal como o Ashton e a Maya. Por muito pequeno que seja pode ter um grande impacto noutras vidas.

#RoomiesAreLife ❤

#ImARoomierer ❤❤❤❤❤

I still love you more them pizza and nutella all together in a sweet and delicious meal!

(Roni misses you too)

Só por curiosidade kkk quem é que leu esta história pela segunda vez?

Se quiserem podemos usar este espaço para recordarmos os melhores momentos da Roomies ou assim kk vamos conviver sobre o assunto maravilhoso que é Mayshton!

*espaço dedicado à recordação do assunto maravilhoso que é Mayshton onde a Mari vai tentar ser rápida a responder aos comentários para parecer mesmo um convívio e tals eheheh e poderemos partilhar momentos com outras leitoras*

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E agora tudo se eaquecera de Mayshton e eu ficava aqui como aqueles pauzinhos enrolados numa bola no deserto a andar de um lado para o outro.

*whispers* sad life

Anyway, espero do fundo do meu coração que vos corra tudo bem neste dia e que tenham um ótimo ano novo.

Ah e dia 20 de Janeiro a Roomies faz um ano!! Obrigada a todos os leitores por terem feito este ano maravilhoso! Cada comentário, cada voto, cada adição à lista de leitura, cada visualização, cada mensagem direta! Não sabem o quão significa saber não só que a fic foi interessante de ler e que gostaram da escrita, como também que ela vos ajudou e vos motivou a continuarem e a melhorarem a vida de outras pessoas. Foi para isso que eu escrevi a história e saber que consegui passar a mensagem é simplesmente incrível! Quero que saibam que estou sempre aqui para tudo e podem sempre voltar a esta história sempre que quiserem. Nunca me esquecerei deste ano. Obrigada por tudo, roomiers!


Love you a lot but I miss you even more ❤


Mari Christmas eheheh (*ou deverei dizer hohoho? Foi uma má piada, Mari. Tribianni, é natal, sê simpático!)

Hugs from this wierdo here xD

Bjs xx

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