Love Again ♥ JIKOOK ABO

♥ 02 || Mystery behind the truth ♥

Boa Leitura! ❤

“Alguns de nós são pálidos, outros brilhantes e outros são coloridos. Mas de vez em quando encontramos alguém que é irradiante, e quando encontramos não a nada que se compare.”

Jimin P.O.V's

     Crescer em um mundo onde as pessoas lhe tratam com indiferença por um simples status, é algo realmente complicado, mas consigo tirar de letra. Apesar de ser um ômega, meu pai sempre me ensinou a não abaixar a cabeça, enfrentar aquilo que vier, e ser sincero é uma das principais características que puxei do mais velho. Apesar de ser um alfa, nunca o vi ser agressivo com algo desnecessário, geralmente suas discussões têm haver com negócios, ou quando alguém simplesmente me ameaça, como meu primeiro e único namorado, Taemin, hoje visto como um inimigo mortal por minha família. Desde que ele passou dos limites, e me atacou em meu período de heat, me roubando aquilo que guardava para depois do casamento.

     Sim, meu primeiro heat aconteceu com quinze anos, mas me automedicava com os supressores, para me manter puro até o casamento. Mesmo que fossem contra, já que me sentia mal por semanas após as doses, meus pais entendiam que aquilo era escolha minha, mas bastou um simples descuido, para uma das pessoas que mais confiei, me deixar quase inconsciente sobre uma cama. Quase um ano trancado em meu próprio mundo, com medo até mesmo de sair na rua sozinho, aí Taehyung apareceu. O conheci no colégio, se tornou meu melhor amigo, meu porto seguro, e o mais incrível, foi não sentir nojo ao saber de minha historia, pelo contrário, o mais novo sempre me defendia.

     Aprendi a me controlar melhor, com algumas terapias, comecei a perder o medo, e voltei a ser o ômega de língua afiada, a única coisa que os médicos pediram, era para não me deixarem mais fazer o uso das drogas supressoras. Desde então em meu períodos de heat, passo uma semana trancado em um quarto, sofrendo as dores sozinho, com a ajuda de brinquedos que minha mãe me obrigou a comprar. Não é a mesma coisa de ter um alfa lhe tocando, e o fato de eu ser um lúpus, deixa tudo ainda mais intenso. São sente dias onde nem mesmo tenho contato com meu próprio pai, que se hospeda na casa de meus avós, para controlar seus próprios instintos, com medo de me ferir, fazendo algo que não deveria.

     -Jimin-ah! Está na hora de acordar, querido! -Senti uma mão deslizar por minha bochecha, reconheceria aquele toque suave e qualquer lugar. -Sabe que teremos um dia cheio hoje.

     -Omma! Eu não quero ir com vocês. -Tentei ser manhoso, me enrolando em meio ao edredom.

     -Sabe que isso é importante para seu pai. -A mais velha com continuava com seu tom calmo habitual. -Vamos! Vou deixá-lo no colégio, depois tenho que ir até a loja de bebidas.

     -Appa ainda continua com aquela ideia absurda de presentear os sócios com Whisky? Ele sabe que nem todos têm as mesmas manias horríveis dele. -Me sentei, coçando os olhos, e voltando a encarar meu uniforme sobre a cadeira.

     -Não. Vou buscar uma garrafa de vinho para levarmos a este jantar, sabe como ele gosta de se exibir quando o assunto é álcool. Homens! -Ela revirou os olhos, coisa que jamais faria com ele por perto.

     -Homens não, Omma! Alfas estúpidos. -Murmurei, seguindo até o banheiro. -Já desço para o café.

     Tomei um banho morno, a única coisa que me despertava totalmente pela manhã. Coloquei o uniforme, que consistia em uma calça, uma blusa de botões, uma gravata na cor cinza, e o blazer. Óbvio que existia elementos que arremetiam ao colégio, uma instituição extremamente cara e seletiva, aceita apenas ômegas por questão de segurança, mas uma das medidas da superproteção de meu pai. Quando cheguei a mesa de café, uma das empregadas terminava de ajeitar tudo, enquanto minha mãe tomava um de seus chás, que mantinha a boa forma mesmo estando próxima aos quarenta. Min Jennie ainda é considerada uma modelo de carreira promissora, por mais que estivesse há quase dez anos fora dos holofotes.