♥ 01 || Chains of the Past ♥

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     -Como queira, apenas pense em seu sobrinho. Sua vida parou, mas a dele não. -O mais velho virou as costas. -Taehyung o vê como segundo pai, não o decepcione. -Ainda com a mão na maçaneta, ele me encarou por sobre os ombros. -Ainda vai jantar conosco, ou vai continuar se entupido de Whisky? Você não tempo vinte anos, Jungkook. A vida passou, deveria deixar seu passado fazer o mesmo.

     -Obrigado pelo conselho, mas se puder me deixar sozinho. -Ele entendeu, e seguiu abriu a porta. -Peça para deixarem meu lugar a mesa, vou jantar com vocês.

     Assim que a porta se fechou, deixe a única lágrima escapar, era sempre assim, tocar em seu nome se tornou o ponto mais vulnerável. Peguei a única fotografia que ainda me restava, nossa viagem a Paris, Hyunjae sorria, seus olhos apertados como uma linha, eram ainda mais fofos, e nessa pequena imagem, eu lhe abraçava pela cintura, deixando um beijo em sua bochecha, logo após o pedido de casamento. Novamente a porta foi aberta, mas desta vez meu sobrinho quem entrou, totalmente elétrico. Antes que Taehyung se aproximasse, me levantei, deixando a foto sobre o teclado do computador.

     -Kookie Hyung, abuji mencionou sobre minha festa? -O mais novo demonstrava tanta inocência. -Poderá conhecer Hoseok e o Jiminnie.

     -Hoseok é seu namorado, e esse tal Jiminnie, quem é? -Atrapalhei os cabelos do ômega, o conduzindo para fora do escritório.

     -Meu melhor amigo, o conheci no colegial, mas ainda não tive tempo de apresentar a você, por isso minha festa é uma ótima oportunidade. -Ele parecia animado. -Por favorzinho, Hyung!

     -Sabe que conversar no diminutivo não vai funcionar. -Ele parou em minha frente fazendo bico. -Okay, eu vou. Mas porque quero conhecer esse seu namorado. Ver quais as intenções deste prepotente com meu afilhado.

     -Você precisa arrumar alguém tio. Está se tornando um velho rabugento. Minha professora seria uma ótima companheira. -Quando começa a falar, Taehyung não costuma ter pausa. -Ela é bonita, tem sua idade, e ainda não foi mar...

     -Seu tio está melhor sozinho, querido! Não o perturbe com isso. -Agradeço eternamente meu cunhado por tê-lo parado.

     -Boa noite, Seokjin Hyung! -Cumprimentei melhor meu cunhado. -Como anda a vida?

     -Agitada, dando conta de um adolescente, se ainda não percebeu. -Meu cunhado em uma fase difícil, é isso.

     -Como poderia perceber, não tenho filhos. Só me preocupo com meus cavalos. -Me sentei a mesa. -Amanhã você irá me acompanhar no treino de hipismo não é, Tae?

     -Não, senhor! Não quero meu filho sobre uma daquelas coisas, nem pensar. Meu bebê não nasceu para isso. -Jin disse abraçando o mais novo. -Seu sobrinho é um ômega, sabe que somos mais frágeis. Convide seu irmão para esses jogos idiotas.

     -O garoto deve aprender a sentir dor, Hyung! Ou continuará frágil. -Respondi indiferente, enquanto saboreava o vinho que escolheram.

     -Quando arrumar o próprio filho, imponha suas regras sobre ele. -Me controlei para não erguer a voz, seria uma atitude no mínimo infantil. -Seu irmão tem razão, você não acompanho o curso do relógio, parou no tempo.

     O jantar seguiu em um clima pouco agradável, talvez meu cunhado tenha razão, eu não deva pegar tão pesado com Taehyung, achar que todos os ômegas são capazes de fazer tudo que meu eterno amor fazia. Após a refeição em família, me recolhi, no último quarto da ala leste da enorme mansão. O único com decoração repletas de cores escuras, e que jamais permitiria que abrissem as janelas. Só consigo sair de casa e dias nublados, quando o sol está radiante, nem mesmo ouso a por os pés na varanda. Por esse motivo, meu sobrinho muitas das vezes me comparou a um aprendiz de Drácula, e mesmo que eu amasse seu senso de humor, devo concordar que sou tão frio quanto ao personagem fictício.

Love Again ♥ JIKOOK ABO Where stories live. Discover now