Spin-Off: Meu Número Um

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Esse capitulo não há relação alguma com o andamento da história.

Obrigado novamente pelos 1k de votos, espero que aproveitem.

Tristan abriu seus olhos calmamente. Os raios de sol já começavam a surgir de sua janela, se sentando enquanto coçava seus olhos, conseguia sentir o quão frio e vazio aquela cama era.

—... estranho. — resmungou para si mesmo enquanto levantava, começando a se espreguiçar. — Eu... eu preciso me acostumar com isso...

Finalmente se arrumou, tirando seu pijama, pôs uma roupa qualquer que achou em seu quarto para poder fazer a limpeza da casa, lavando seu rosto para finalmente começar seu trabalho, pelo menos, o que deveria fazer naquele momento.

Desde o início das diversas mudanças que aconteceram nos últimos anos, o adulto de 26 anos não havia arrumado nada de sua casa, apenas as pequenas limpezas que fazia duas vezes por mês mais ou menos, mas não poderia enrolar mais, tinha que arrumar toda a bagunça que estava nas caixas em cima do armário.

Antes de começar a abrir cada uma e ver se tinha alguma coisa útil ou apenas tralha, o Monteiro desceu cada uma delas calmamente com a ajuda de sua escada.

— E... essa é a última. — sorriu para si mesmo, puxando a última caixa, porém, com mais força do que as anteriores.

Por conta da força a mais, a caixa que o moreno havia puxado tinha caído no chão, se abrindo, e fazendo tudo que tinha nela cair para fora.

— Que merda! — brigou consigo mesmo, descendo da escada. — Pelo menos, parece que nada quebrou... — seu tom de voz diminuiu, vendo uma das coisas que havia caído. —... o que é isso?

Era um caderno que havia atraído a sua atenção, e nele, quando abriu, conseguiu ver vários rabiscos, e assim que olhou para dentro da caixa, conseguiu ver alguns outros parecidos... Eram seus antigos cadernos de anotações, uma das coisas mais importantes conforme cresceu.

— Nossa... faz muito tempo que não abro um desses antigos... — disse para si mesmo, se sentando no chão do quarto, apoiando suas costas na lateral da cama. — Talvez... não tenha problema uma pausa, né?

Abrindo o caderno que estava em suas mãos, não pôde segurar um pequeno sorriso nostálgico, a maioria das anotações que fazia era sobre uma pessoa, a mesma pessoa que trocava bilhetes e que guardava grande parte de suas memórias...

Com cabelos castanhos, que sempre foram maiores do que os seus, com algumas cicatrizes, que ganhou com grande parte das brincadeiras que faziam juntos, e seus lábios que sempre formavam um pequeno sorriso, que depois de aprender palavrões nunca os deixou... Aquele, era Gustavo Carvalho.

— Eu nem sabia que essas coisas estavam aqui... — sussurrou, passando a ponta de seus dedos em uma de suas anotações.

Por mais que fosse bem novo, Tristan ainda se lembrava muito bem de como foi que o conheceu.

"Trecho 1.1 – O Primeiro Amigo

"Hoje eu conheci um garoto chamado Gustavo, eu espero que sejamos amigos no futuro"

Quando tinha cinco anos que conheceu ele, seu avô estava se arrumando para poder ir trabalhar, e Tristan olhava seu caderno de matemática.

— Vô... — puxou a calça do homem com cuidado, e vendo que tinha conseguido a sua atenção, continuou a falar. — O senhor pode me ajudar com matemática?

— Tristan, eu tenho que ir trabalhar agora... — respondeu, parecendo estar chateado por não poder ajudar seu neto naquele momento. — Que tal você ligar para a Tia Francisca e perguntar se ela pode te ajudar quando você ir lá?

Se Tudo Fosse DiferenteWhere stories live. Discover now