Aberrado Elétrico

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E ela começava a vir para cima deles...

— Se preparem, caralho! — disse enquanto soltava o pulso do mais velho, segurando seu revólver com suas duas mãos.

Não era hora para se preocupar com o símbolo atrás de si... Ele só precisava voltar vivo e com sanidade para Desconjuração, então teria as respostas que teria ter.

No segundo que havia soltado Joui para recarregar sua arma, o Jouki correu em direção da criatura, mas, ela estava pronta para atacá-lo também.

— Jojo, se abaixa! — gritou, apontando a arma para o monstro, atirando logo depois.

Seu tiro havia a acertado, mesmo que parecesse que não havia causado tanto dano, mas, aproveitando de seu tiro, o japonês deu um chute no meio das pernas da criatura, provavelmente pelo susto do tiro de repente perto de si, mas foi possível ver uma carga elétrica vindo por sua perna, ele havia tomado um choque.

— Kuso! — falou em japonês. — Ei, esse bicho dá choque!

— Jojo, vem pra cá, só podemos atacar a distância essa coisa! — pediu outra vez, vendo Elizabeth correr com outra arma em suas mãos. — Ah, foda-se!

Correndo até ficar perto da criatura também, conseguiu ver Joui dando uma estrelinha para trás, ficando próximo da Webber, mas, a criatura não havia ficado quieta.

Ela abria a boca que tinha no centro de sua barriga, podendo ver um estilo de líquido vindo de dentro da boca.

E, junto com isso, como se um banco de dados tivesse acabado de receber uma informação importante, Gustavo arregala levemente seus olhos, se aproximando o quanto pudesse do Jouki, e o empurrando para baixo.

— Gustavo-kun, não é h... — interrompido.

— Se abaixa, caralho! — gritou, vendo o rosto do mais velho focado em si, parecendo um pouco assustado.

Logo depois, uma bola de gosma estranha passa por cima dos dois, que havia alguns raios por ela, atingindo o chão um pouco próximo deles, fazendo ser possível que o Portella voltasse a respirar normalmente.

— Depois a gente conversa. — disse, sem olhar no rosto do japonês enquanto se levantava.

— Vou tentar fazer uma coisa! — a voz de Cristopher soou um pouco longe, junto com passos pesados se afastando.

Sabia que havia sido um pouco grosseiro com seu amigo, mas não tinha muito o que pudesse fazer, eles não tinham o escutado para se manter longe, e, de repente... algo havia dito a ele que a criatura atacaria daquela forma e acertaria Joui se não fizesse nada.

Também não tinha certeza como havia conseguido agir, se parasse para pensar como se fosse um personagem do RPG, teria que esperar até sua rodada para poder agir, mas ele não obedecia exatamente a ordem das destrezas... Era como se ele realmente tivesse invadido aquele mundo.

Conseguiu acordar de seus pensamentos quando ouviu um tiro vindo de trás de si, provavelmente de Cesar, acertando o que deveria ser um dos órgãos daquela coisa.

— Boa, Cesar-kun!

Quando menos percebeu, viu a criatura quase de frente para si, abrindo sua boca enorme para coloca-lo lá dentro.

— Gustavo! — Cesar gritou.

Por sorte, ou pelo treinamento que teve fugindo das explosões de Erin, havia conseguido se esquivar para o lado, podendo apontar a arma para a criatura e atirar logo depois.

Porém, quando se virou para os que estavam atrás de si, conseguiu ver Joui, segurando nos ombros de Cesar, parecendo estar em choque, começando a falar uma coisa que o surpreendeu.

Se Tudo Fosse DiferenteWhere stories live. Discover now