O Verdadeiro Sol

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— Ae, Solzinho!

— Qual é, era nessa hora que você tinha que agir como um maconheiro e ser fraco!

— Vamos logo, temos que entrar nisso antes que mais gente olhe pro barulho.

— Primeiro as damas. — o Monteiro falou, com um pequeno sorriso, olhando para a Parker.

— Covarde.

— Cavalheiro. — respondeu, tentando corrigir a amiga.

A ruiva apenas agarra o braço do amigo, o empurrando para dentro da mansão na sua frente, o vendo começar a encarar os lados, talvez assustado.

— Primeiro as damas!

Apenas suspirando fraco, todos decidiram entrar na mansão.

E seria ali, que passaria a maior parte de sua missão, e onde teria que lutar para ter a certeza que seus amigos ficariam vivos e bem.

— Vamos logo, isso deve ter feito um barulho enorme. — falou, entrando na mansão o mais rápido que pôde.

Assim que parou para poder analisar melhor o que estava na sua frente, pôde ver o enorme corredor daquela mansão, tendo uma porta fechada a sua direita, enquanto mais para frente a sua esquerda, havia uma entrada, que sabia que o levaria para a sala de estar, e no final daquele longo corredor, ele conseguia ver um estilo de bifurcação.

— Pessoal, vamos começar pela sala de estar. — Joui se pronunciou, iluminando um pouco aquele corredor com sua lanterna.

— Entendido...

Respirando fundo, puxou o revólver que estava com as balas amaldiçoadas com conhecimento, ele tinha apenas seis balas como aquelas, se caso isso não fosse o suficiente para lidar com o Viajante, ele teria que usar sua espada.

Seguiu o Jouki, andando para onde seria a sala de estar. Sua visão começava a se acostumar com a escuridão, mas ainda era algo que estava o incomodando de certa forma, na grande e espaçosa sala, conseguia ver dois longos sofás, que estavam amarelados e empoeirados, uma estante e uma vidraçaria, que tinha algumas garrafas de vinho, e mais ao canto da sala, continha uma estante e uma televisão, com a tela quebrada.

A sua máscara o ajudava nesse momento, tendo apenas um fraco cheiro de mofo que chegava em seu nariz, e junto com o cheiro do mofo, tinha o cheiro de cigarro.

Vendo Kaiser andando na direção da estante sozinho, foi junto com ele, se ajoelhando para poder mexer ali, vendo que Tristan o seguiu até aquela área.

Abrindo as gavetas que continham na estante, conseguiu perceber de onde estava vindo o cheiro de cigarro: haviam vários maços de cigarros modernos jogados, junto com várias pontas de cigarros, e outras pontas de cigarro que não era de tabaco, mas ele sabia muito bem do que era.

— Eu conheço isso daí. — Tristan comenta animado, batendo seu cotovelo no braço do Carvalho mais novo. — 'Cê conhece bem isso, né, Gusta?

—... como é?

— Eles são maconheiros que nem você, olha que coisa legal!

Apenas se virou para o restante do grupo, podendo ver o Jouki o olhando de forma desacreditada, quase o dando vontade de rir por ser óbvio o que ele estava pensando ali.

— Eu nunca fumei maconha, Tris, quantas vezes vou ter que falar isso?

— Quem 'tá fumando nessa casa, Gusta?

— Eu vou saber?! — perguntou, em um tom alto de sussurro, apenas bufando logo depois. — Tem cigarros modernos aqui...

— 'Tá sabendo muito pra quem diz não ser maconheiro.

Se Tudo Fosse DiferenteWhere stories live. Discover now