Carpazinha

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Rindo fraco enquanto arrumava o apartamento, o Carvalho se sentia leve, como se tivesse feito um bom trabalho em treinar Gustavo, mas tinha medo do que podia acontecer, era um medo diferente de quando vai em missões com ele junto com a Equipe Brasa.

—... isso é preocupação de pai? — questionou para si mesmo, acabando por rir outra vez. — Estou realmente me tornando pai de um garoto que nem é meu filho...

Então, quando menos perceberam... Chegou o dia de Gustavo Portella ir receber a missão, e ir para Carpazinha.

Era 11 de abril, perto das 10 da manhã, e Gustavo estava ansioso.

Já sabia qual era o motivo da reunião marcada na Torre Alfa, estava ansioso demais, isso era obvio para todos que estavam ao seu redor que o conheciam, por exemplo, os membros da Equipe Brasa, mas, para pessoas de fora, estava com a face séria.

Não havia se encontrado com Tristan e Erin no dia, apenas pediu para que Fernando o levasse até o local marcado, usando algumas das roupas novas, outras dos mais velhos.

— Não vai pegar suas coisas? Você disse que iria para uma viagem...

— Agora é só reunião, depois eu pego.

Sem muita demora, foi direto para a Torre Alfa, entrando rapidamente depois de se despedir do Carvalho.

Assim que entrou, não notou nenhuma das pessoas que conviveria ao longo da missão, ou havia chegado muito cedo, ou havia se atrasado bastante. Já sabendo que era a primeira, decidiu andar calmamente até a recepção, indo em direção da mulher que já havia encontrado antes.

— Com licença...

— Pois não, senhor?

— Eu tenho uma reunião com o Senhor Veríssimo, outra vez... — completou, acabando por rir junto com a moça na sua frente, entregando já seus documentos.

— Entendido, senhor. — respondeu, não demorando muito para entregar a ele um pequeno cartão

Outra vez, sem esperar alguma resposta, Gustavo começou a andar até o Elevador 3, sentindo suas mãos suarem um pouco.

— Com licença — uma voz masculina soou. —, Oi?

E um dos motivos de estar tão ansioso estava logo em seu campo de visão, assim que se virou para a mesa que estava antes, ali estava Joui Jouki.

Se não estava enganado, Joui devia ser no máximo cinco anos mais velho do que ele, sendo um pouco maior também. Ele tinha seu cabelo curto e liso, com olhos castanhos escuros, nariz afinado e rosto fino. Seu porte físico era claramente atlético, tendo uma postura correta, o que era obvio pela camisa comprida vermelha de gola alta que usa.

Não era a hora de surtar, mas ele estava de frente com Joui Jouki, no futuro, O Mascarado, aquele que havia arrancado o braço de Gal, que havia matado dezenas de escriptas na Mansão Leone... Ele estava na frente de um futuro guerreiro.

— Qual o nome da pessoa que reservou a sala, por favor? — a recepcionista perguntou ao ginasta.

— Vish, eu não sei se posso te dar essa informação, moça. É meio secreto...

— Ele está comigo! — entrou na conversa, voltando com passos rápidos até a mesa, sorrindo sem jeito para a mulher. — Ele também vai para a reunião com o Senhor Veríssimo, no oitavo andar...

— Você também sabe? — o mais velho perguntou empolgado, parecendo uma criança feliz. — Ai, ok!

Sabia que não precisava adiantar aquele encontro, afinal, iriam se ver oito andares acima, encontrando Thiago e Elizabeth também, mas... Quem poderia julgá-lo?! Era Joui Jouki na sua frente!

Se Tudo Fosse DiferenteOnde as histórias ganham vida. Descobre agora