A Verdade

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— Se precisar, só chame.

Aquilo ia ser dolorido, mas... era algo que ele tinha que fazer.

Tinha que pensar como se nunca pudesse ser libertado desse acordo, e se isso acontecesse, ele precisava de uma pessoa para conseguir salvar todos que ele não conseguiria.

Em um amanhã, onde ele não sabia se existiria... Gustavo escreveu para um Arthur do futuro, que desejava ter a chance de poder conhecer.

— Como... isso é possível?

Nesse momento, algumas horas depois da visita dos membros da Equipe E, Gustavo estava sendo "avaliado" por uma enfermeira, ela estava vendo o estado de seus machucados.

Aparentemente, ele havia se queimado um pouco menos do que Cristopher, mas haviam sido queimaduras de segundo e terceiro grau por uma parte de seu corpo, principalmente a parte das costas, na sua direita.

E, mesmo que fosse óbvio, o símbolo em suas costas não havia se modificado nem um milímetro, como se a queimadura não conseguisse atingir essa parte de seu corpo... já sabia que não conseguiria tirar aquilo de si com fogo.

— O que foi?

— Você... está melhor do que o esperado.

— Obrigado? — não sabia o que responder, ela queria que ele estivesse mais acabado?

— Isso é praticamente impossível, senhor... Já foi quase um milagre que o senhor conseguiu sair vivo, mesmo depois das queimaduras, mas... elas estão se recuperando muito rápido.

...Isso era realmente estranho.

Não tinha certeza do que poderia ser, já que não se lembrava nem ao menos de um ritual que fazia isso com os membros da Ordem ou com os Ocultistas, algum ritual que curasse seu corpo a todo momento sem precisar ficar o conjurando, mas isso devia ser alguma coisa do garoto que encontrou em seu sonho.

Mas não era a hora de pensar nisso, ele não podia se esquecer de sua real missão.

— Então eu... estou liberado?

— Imagino que sim? Peço para que volte aqui de tempos em tempo, para conseguirmos garantir que não há nada de errado com seu corpo.

— Claro, tudo bem.

Seu corpo havia, outra vez, inúmeras faixas, dessa vez para tentar cuidar melhor das queimaduras que haviam em seu corpo, ele teria que ter muito cuidado para não se machucar ainda mais...

Mas suspirou aliviado quando viu os machucados que havia feito no Sanatório já melhores tratados, agradecia Elizabeth por ter cuidado de si, mas ter alguém fazendo pontos sem ficar xingando ele era realmente o aliviava completamente.

— Sim, podem vir me buscar... eu quero ir no bar junto com vocês. — pediu, com o telefone em seu ouvido.

Estamos já indo aí, meu querido. — a voz de Thiago soou, logo depois, a ligação terminou.

Por saber o que aconteceria, não estava achando ruim o fato de que seu corpo estava se regenerando mais rápido, ele não podia ficar longe de todos, levando em conta que os Gaudérios poderiam morrer se ele não fizesse nada, ele só... tinha que tentar ter cuidado com o que fosse fazer dessa vez.

Não demorou muito para o carro chegar, sorrindo quando viu todos os membros da Equipe bem.

— Tem certeza que você já foi liberado? — Elizabeth questionou.

— Tenho sim, falaram que eu só preciso voltar aqui daqui um tempo para ter certeza que está tudo certo. — respondeu enquanto entrava no carro.

— Se você preferir, falamos pro Veríssimo que você tem que voltar para São Paulo também...

Se Tudo Fosse DiferenteWhere stories live. Discover now