Um Temível Encontro

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Não sabia se podia estar tranquilo na presença dele, Senhor Veríssimo era um dos agentes mais velho da Ordem, indo em casos desde perto dos 20 anos, e se tornando o líder da Ordem atualmente... Se alguém sabia de coisas paranormais, seria ele, e, futuramente, Agatha.

Quando aquele caso terminasse... ele saberia sobre o que foi que o fez entrar naquele mundo?

— Eu... — Senhor Veríssimo continuou a falar, olhando para todos na sala. — Eu reconheço o olhar nos rostos de vocês. É o olhar que eu já tive muitas vezes quando eu olhava no espelho. Não é fácil, e eu sei que... é problemático pra vocês, eu sei que a experiência que vocês passaram, não é possível descrever com palavras. Quando eu tinha... 25 anos, eu entrei na Ordem, e eu era tão inocente e aventureiro quanto vocês. O meu primeiro caso foi numa penitenciária abandonada que tinha se tornado base de esoterroristas. A princípio, eu achava que era só um lugar de rituais e que nada muito pesado tava acontecendo. Quando eu e a minha equipe entrou... Nós vimos um homem idoso ser devorado por seis zumbis de sangue ao mesmo tempo.

Gustavo apenas suspirou baixo, a cada segundo que se passava, que ouvia aquelas falas tão familiares para si, parecia que mais confuso ficava.

Por que ele havia entrado no mundo de Ordem Paranormal? Sabia que tinha desejado que todos os personagens que tinha um carinho não tivessem tido um final tão ruim, mas, ao mesmo tempo, o que ele, alguém do mundo de fora, que nem ao menos encostou em algum tipo de arma, faria contra a Degolificada?

E se caso ele salvasse aqueles personagens, o que faria depois? O ritmo da história poderia mudar totalmente por conta disso, afinal, a história sobre o Anfitrião mudaria se Thiago estivesse lá, os acontecimentos da mansão assombrada também mudariam totalmente por ter Daniel lá... valeria a pena salvar essas vidas, tendo em risco mudar a história que já conhecia?

Senhor Veríssimo, por mais que fosse provavelmente um dos que mais conhecia sobre coisas paranormais, ele não saberia sobre algum ritual que poderia ter feito ele ir até esse mundo, já que ele pareceu também surpreso sobre sua afirmativa de ter sido morto no vídeo... o Portella dependia de Agatha para entender o que tinha acontecido consigo.

Mas ela o ajudaria? O dono original de seu corpo era um dos garotos que fazia bullying com ela, e diferente de Matheus, ela não tinha nenhum estilo de carinho por ele... era possível dela matá-lo assim que se encontrassem.

— Por que ele está algemado? — o mais velho da sala perguntou, apontando para Alex.

— Porque eles não confiam nele... — o mais novo respondeu. — Estou surpreso de não terem feito a mesma coisa comigo... Eu falei para os seus agentes e falo para o senhor, eu só tenho o interesse de falar o que eu sei, não estou querendo atrapalhar vocês ou levar vocês pra morte, e tenho certeza que o professor é a mesma coisa. — continuou falando, enquanto abria a gaiola e tirava Alexsander dali.

— O garoto parece saber bastante coisa — Daniel disse, bebendo em seu cantil. — De acordo com o que a Liz disse, parecia já saber qual poderia ser o nosso plano.

— Apenas segui o caminho obvio. Além do mais... eu imagino que vocês ainda não tenham entrado no bunker da escola — falou enquanto olhava o barbudo. —, afinal, vocês ainda estão aqui...

— Está julgando o nosso trabalho?

— Longe disso, teorizo baseado em minhas próprias teorias... Vocês entraram na escola enquanto eu estava desmaiado, mas não saíram de lá com nenhum livro ou algo parecido, na verdade, encontraram a criatura, e levando em conta onde o bombeiro foi morto, ela já estava solta... Eu sei com quem deve estar o livro para abrir aquele negócio.

Se Tudo Fosse DiferenteOnde as histórias ganham vida. Descobre agora