Girassol

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— Então, cuide bem de mim, Mia.

— Outra vez? — perguntou bem humorada, rindo junto com o outro. — Eu que tenho que pedir para que você cuide de mim, você logo vai ficar famoso por aqui, por ser um agente que voltou dos mortos.

— Preferiria que ninguém soubesse sobre isso, mas obrigado.

— Tenho que ir, pense sobre o que eu disse em relação a Agatha, 'tá?

— Vou pensar...

Com isso, a ruiva e o cachorro se afastaram, o deixando sozinho.

... o que ele devia fazer?

—... Agatha Volkomenn... como eu consigo seu perdão?

Como ele devia conquistar a amizade da garota que ele fez tão mal?

Ainda não sabia o que fazer, ele só... não tinha ideia de como prosseguir.

— O que eu faço...? O que eu faço, o que eu faço, o que eu faço?! — perguntou pra si mesmo repetidamente, batendo algumas vezes em sua cabeça, antes de se acalmar. —... preciso pensar em algum plano, ou vou ficar maluco.

Ele se levantou da maca da enfermaria, começando a sair de lá, claramente mais deprimido.

Sua bochecha já não ardia mais, o curativo que Mia tinha feito tinha realmente ajudado, tranquilizando aquela dor, mas ainda sentia uma dor... emocional.

Assim que saiu da enfermaria, se sentiu ser empurrado para o chão, caindo com tudo de costas, tendo uma pessoa em cima de si.

— H-Hã? O quê?

— Você 'tá vivo! — Luciano... não, Fernando falou. — É você, não é?! É você, Tatá?

— Eu... Fer?

— O Tristan falou que você voltou! Eu... Eu pensei que ele tinha bebido de novo, eu... eu não consegui acreditar!

— Eu voltei... Eu voltei, Fer. — disse, finalmente retribuindo o abraço.

A vontade de rir foi até que grande, sendo a segunda ver que o jogaram no chão pela força do abraço, ainda não entendia exatamente o motivo das pessoas estarem tão felizes de vê-lo, mas... se sentia bem por ser tão amado.

— Você me preocupou tanto... Eu me culpei tanto pelo o que aconteceu com você, e... você 'tá aqui! — ele falava, olhando com um sorriso pro mais novo.

— Eu lutei muito pra poder voltar pra cá, mas no final... foi bem difícil, eu fiz muita coisa!

— Você trabalhou tão duro... estou tão feliz que você 'tá vivo! — o Carvalho disse, voltando a apertar o outro em seus braços.

Se ele continuasse morto, ele nunca teria visto aquele homem... tão feliz por vê-lo.

— O Fer sempre acaba falando um pouco demais... — Tristan disse enquanto se aproximava, junto com Erin.

— Quer dizer que você bebeu por sentir minha falta? Não esperava que gostava tanto de mim. — brincou, vendo o mais velho virar para o lado.

— Precisava de uma companhia maluca, que fosse menos explosiva. — falou, encarando a garota ao seu lado.

Fernando se levantava lentamente, secando as lágrimas que não paravam de escorrer por suas bochechas.

— O que foi isso na bochecha, Tatá? Mal voltou e já se machucou.

— Ah, foi um... caloroso reencontro com uma amiga.

— Foi a macumbeira que fez isso? — o Monteiro perguntou, apontando com o dedão na direção da sala de rituais. — Podemos resolver isso a moda Equipe Brasa pra você, se quiser

Se Tudo Fosse DiferenteWhere stories live. Discover now