Orfanato

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Esse capitulo poderá dar gatilhos, ou fazer você, leitor, se sentir de alguma forma ruim, com isso, eu posso dizer: Se você achar que não vai se sentir confortável em ler cenas de tortura, psicológicas ou físicas, não leia. Esse Capitulo não será necessário para o seu entendimento no continuar dessa história.

Antes que pudesse terminar de falar, o mais velho se sentiu ser abraçado, sendo apertado nos braços do outro.

Gustavo havia começado a chorar, molhando seu ombro, o que fez o Carvalho se preocupar.

— T-Tatá! Eu... desculpa se você não queria, você não precisa assinar se...

— Eu quero... e-eu quero, pai... — respondeu durante seu choro.

Conforme assinava os papeis, Gustavo pensava que não importava o que tivesse que fazer, mesmo que tivesse que mudar a história de Calamidade inteira.

Gustavo Portella... não, Gustavo Carvalho... não deixaria seus pais terem o mesmo destino que os esperava no final de Desconjuração.

— Vamos ver... preciso fazer o bilhete, e a gravação...

Gustavo já estava no apartamento da Imobiliária Fachada, há tempo suficiente para poder ver os caminhões passando por lá, a história logo começaria.

Rasgando uma folha, começou a escrever, tendo a vontade de rir, sabendo que aquilo só seriam pistas para encontra-lo no futuro.

— Um bilhetinho para o Arthur... — falou consigo mesmo, procurando alguma coisa que poderia fazer com que gravasse algum áudio.

O tempo que ele passou ali foi apenas para deixar as mesmas pistas que Elizabeth uma vez tinha feito, a maioria do trabalho estava pronto, suspirando derrotado quando encontrou um gravador.

— Bora falar aqui, né...? — se jogando em sua cama, começou a falar, assim que ligou o gravador.

Ele não tinha muito tempo ali, logo, se o que ele pensava estava correto, aqueles que serviam a Gal iriam para dentro daquele lugar para leva-lo para o Orfanato, e com isso, aconteceria as coisas que ele já esperava.

Mas diferente do que esperava, não estava sentindo medo, ele não tinha medo de Gal, dos ocultistas, muito menos de Kian, isso porque ele sabia como acabar com todos eles.

—... desculpa, pai. — sussurrou, vendo seu celular no outro canto do apartamento.

Aquele seria seu último dia no apartamento, ele logo iria para o Orfanato, e seu plano iria se iniciar.

Como ele tinha voltado a vida, Elizabeth não se manteve fora da Ordem, isso facilitaria muito para eles sobre encontra-lo, e as coisas ficavam ainda melhores quando ele não tinha alguém que queria salvar entre aqueles que foram sequestrados pelos ocultistas.

—... onde será que 'tá o Guto?

Sua cabeça se virou para a porta conforme ouviu o barulho de pessoas se aproximando do apartamento, o que o fez sorrir, as coisas iriam começar mais cedo do que esperava.

Estava sentado, sem medo algum do que iria acontecer consigo, afinal... já sabia como que aquela coisa terminaria, estava tudo bem.

—... fortalecimento paranormal. — sussurrou, olhando para o símbolo em seu braço.

Mas isso não queria dizer que ele se entregaria facilmente para aqueles caras.

Rapidamente, um barulho da porta sendo arrombada pôde ser escutada, o que o fez ter vontade de rir, se levantando do sofá que estava sentado.

Se Tudo Fosse DiferenteWhere stories live. Discover now