Desconfiança

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— Vamos lá na sala de onde esse homem-choque saiu.

— Vamos lá né...

Apenas agora tinha chegado no que seria a metade da aventura no sanatório, mesmo com tanta coisa que já tinha passado... Ainda se machucaria muito naquele lugar.

— Tem certeza que você está bem, Gustavo-kun? — Joui questionou, vendo o machucado do mais novo no pescoço. — Você... está meio machucado.

— Eu fui treinado por uma galera que eu tinha que saber que tipo de machucado eu aguento, pode ficar tranquilo, eu não me jogaria na frente de algo que não conseguiria aguentar. — falou, tentando tranquilizar o outro.

Os três mais novos estavam do lado de fora da sala, enquanto Elizabeth e Cristopher pareciam olhar ao redor da sala.

Haviam insistido para que não entrasse com eles, talvez por medo de que ele se machucasse ainda mais, o que só conseguiu fazer Gustavo rir, até em outra equipe estava sendo cuidado como uma criança.

— Eu vou ir procurar um negócio... — disse enquanto se afastava dos dois, mas, foi segurado pelo seu pulso.

— Você não vai ir lutar contra aquelas coisas, Gustavo. — dessa vez, foi Cesar que se pronunciou, com um rosto um tanto sério.

— Eu juro que não vou, só quero ver se acho alguma coisa do painel na outra sala. — falava enquanto sorria fraco, tendo seu pulso solto com delicadeza logo depois. — Vou ir falar com o Thiago também.

— Certo... — respondeu, de forma mais desconfiada.

Suspirando aliviado por conseguir sair do olhar preocupado dos outros, o Portella andou até para perto de uma sala que ainda não haviam entrado, encontrando as várias pedras que tampavam a entrada.

— Thiago! Você tá aí? — perguntou alto.

— Eu ouvi explosões, vocês estão bem?!

— Estamos sim, ninguém tá machucado. — mentiu, rindo baixo logo depois assim que viu seu braço enfaixado. — Só vim falar que, dependendo, é melhor você voltar pra Carpazinha, nós vamos demorar aqui, você pode tentar procurar sobre o que aqueles caras foram procurar na biblioteca, ou se eles andaram pela cidade.

— Tudo bem, eu posso ir, eu volto mais tarde para buscar você e os outros, certo?

— Ok, eu aviso eles. — respondeu, e alguns minutos depois, ouviu o carro dando partida.

Andando para a sala que estava ao seu lado, abriu a porta tranquilo, já sabendo que ali não teria alguma criatura.

Se fosse comparar a todos os outros, aquela sala estava mais conversada do que as outras, talvez a única sala que não havia algum sinal de luta. Parecia ser um tipo de escritório, tendo uma mesa, com vários papéis jogados por aí, estava bem sujo e empoeirado, como se ninguém tivesse entrado ali fazia muito tempo.

— Escritório do Doutor Verruckt...

Não haviam tantos documentos que estavam inteiros, a maioria estava rasgado ou destruído de alguma forma. A maioria era só sobre anotações e estudos sobre a anatomia humana, especificamente do cérebro, envolvendo se terapia de eletrochoque funcionaria no cérebro humano.

— Ele acreditava mesmo em tolices...

Sabia que Verruckt acreditava fielmente que encontraria uma cura, mesmo que estivesse errado no final das contas.

Mas algo o acordou desses pensamentos, por um momento, sentiu alguma coisa se aproximando de si lentamente, como se ele fosse sua presa... Havia alguma criatura por perto e não lembrava?

Se Tudo Fosse DiferenteWhere stories live. Discover now