Pensamentos Confusos

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— Desde que você esteja comigo... em qualquer uma de nossas futuras vidas, ou em outros universos, seja o que for... já é o suficiente pra mim.

—... você nem espera a minha resposta, e já coloca uma aliança no meu dedo?

— Não acho que você seria capaz de me negar, estava cobrando tanto um anel, que eu tive que me virar pra conseguir.

—... idiota.

— Só seu, pelo resto de nossas existências.

Para alguns, aquela promessa poderia ser até amedrontadora.

Mas para Gustavo, naquele momento... ele só poderia se sentir tranquilo, porque, apesar de nenhum dos dois terem certeza se aquilo seria realmente possível...

... eles esperavam que sim.

E, como Gustavo já esperava, com o fim de Calamidade, as coisas ficaram bastante pacíficas, na verdade, até demais.

Era óbvio que ele não estava acostumado com isso, mesmo no tempo que esteve fora da Ordem, antes de iniciar a saga de Calamidade e a busca pelas relíquias, não havia sido dessa forma.

Atualmente... não havia tantas coisas para ocupar a mente...

— Tem certeza que vai fazer isso? — Fernando perguntou, vendo o filho sentado na frente dele.

— Eu não 'tô afim de ir pro mar de cabelo tingido, não sei nada sobre aquele lugar, e se não tiver algo que me ajude a tratar isso vai ser pior, então, é melhor cortar logo.

Já haviam se passado poucos meses desde a comemoração da queda de Kian, e somado já com o tempo de antes disso, já havia por volta de quatro dedos da cor original de seu cabelo nas raízes.

Era o cabelo mais curto que teria desde sempre, mas considerando quanto tempo demoraria até ela, deveria crescer o suficiente para não ser confundido com um prisioneiro em fuga até lá.

Sem questionar o mais novo outra vez, o Carvalho mais velho começou a cortar as mechas ruivas do garoto na sua frente, que parecia realmente não se importar em ter que cortar por um motivo maior.

— Você ao menos sabe alguma coisa sobre o que vai ser essa missão? Você só me falou que vai ser uma investigação em uma ilha...

— Eu não tenho certeza também, o Alex e o Daniel estão tentando buscar mais informações antes de falar algo pra mim, na verdade, o Daniel estava procurando como levar a Ordem até lá sem chamar muita atenção, mas decidiu não me falar pra "evitar que eu estrague o plano dele"... ele só 'tá querendo me ver improvisar com a bomba que ele vai joga no meu colo.

— Mas... isso não é ruim, Tatá?

— Não é como se eu não estivesse acostumado com isso, mas já sabendo que o Alex 'tá com ele, ao menos alguma coisa ele vai me dar de base...

Enquanto falava, o Carvalho mais novo já estava estudando sobre sua próxima missão, em seu celular, ele buscava informações sobre um nome: Constantino Moretti.

Mesmo que gostasse de arte e coisas relacionadas, nunca havia buscado sobre algum tipo de pintor em específico, ele apenas gostava de apreciar algumas coisas.

—... quase não tem nada sobre a história desse cara. — resmungou, incomodado por não conseguir encontrar muitas informações. — Vou ter que depender da equipe de pesquisa da Ordem pra conseguir achar alguma coisa dele...?

— Um pintor? — o mais velho questionou, olhando a tela do celular.

— Fui tentar pesquisar sozinho algumas informações sobre a ilha na internet, e além do fato de que não parece ter alguma conexão com o "nosso mundo" — começou a explicar, fazendo as aspas com os dedos. —, tanto paranormal quanto a parte da tecnologia... esse Constantino foi pra lá morar com a esposa, aparentemente, lá pela década de 50, quase 60... o engraçado é que esse cara fazia pinturas temporárias...

Se Tudo Fosse DiferenteWhere stories live. Discover now