Alianças e Vinganças

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—... você sabe como esse mundo vai acabar?

— Por que a pergunta?

— Você é o paranormal, praticamente, e eu sei que o paranormal é meio assim, sabe das coisas além do que os humanos sabem...

—... você gostaria de saber se eu dissesse que sim?

— Não, é melhor não. Vou sair daqui com meus rituais de volta, não é?

— E uma exposição maior do que antes também... desejo boa sorte com isso, Senhor Herói.

—... eu já falei, você é mais legal do que deveria.

Então... Gustavo sumiu daquele espaço.

Raoni havia ficado só mais uma vez, andando até a estátua de Hiroki...

— Nós seremos salvos, Hiroki... em breve, seremos salvos... você vai poder descansar... mesmo que não se lembre de mim, eu... eu vou fazer de tudo pra te salvar.

Quando abriu os olhos... Gustavo não se lembrava exatamente de tudo o que aconteceu dentro daquele lugar.

Mas se sentia diferente, pensamentos diferentes em sua cabeça, pensamentos que haviam sido apagados antes... aquele medo de ser só uma arma... parecia tão pequeno, quase inexistente.

—... droga, como vou chegar no velho? — questionou, olhando ao redor.

Sabia que o paranormal estava diferente, o que antes seria ser só alguns segundos, agora parecia ter sido ainda mais tempo, afinal, estava sozinho na sala.

Quanto tempo Raoni havia o prendido ali? Na verdade... era Iori o nome daquela coisa, não é?

Negando de leve com a cabeça, sabia que iria passar depois algumas horas apenas pra tatuar tudo o que perdeu, dependendo falaria para os Abutres que chegaria um pouco mais tarde no coliseu por conta disso.

Apenas andou, olhando ao redor para ver se encontrava alguém que pudesse dizer onde estavam os agentes, indo na direção da cozinha, encontrando uma equipe que ele nunca havia visto antes.

Passar um tempo fora da Ordem causava algumas coisas...

— Heh... foi mal atrapalhar, mas... algum de vocês viram o Arthur? Um cara sem braço... ou o Verissimo dependendo...?

— Ah, eles subiram para uma reunião, faz alguns minutos. — um dos homens respondeu, mostrando um sotaque relativamente forte, provavelmente Francês.

— Obrigado... — começou a dar alguns passos pra trás, até conseguir sair da cozinha.

Até ouviu de longe o cara falar alguma coisa sobre o Arthur atrair ocultistas bonitos, mas levando em conta toda a situação, o Carvalho não estava com muita cabeça pra lidar com algo desse nível.

E principalmente, esperava que Tristan não tivesse escutado nada sobre esse fato, ou iria ficar ouvindo sobre por um longo tempo, ou antes que algum dos Gaudérios resolvesse manchar ainda mais sua reputação com alguma coisa desse estilo.

— Olha só, quem 'tá ai! Nosso baixista apareceu!

Antes que pudesse pensar em reagir, logo sentiu um braço passando por seu ombro e o puxando para perto... ele estava no meio dos Dragões Metálicos.

— A gente 'tava pensando em ir dar um role, chamamos até o Arthur, tu 'tá convidado também, 'cê sabe. — Marcos falou, dando um fraco soco no ombro do outro.

Arthur...

Estava com vontade de se estapear ao lembrar da discussão que teve com ele, no final das contas... ele estava meio errado em tudo, por não ter tentado conversar com ele antes de ir agir por impulso... se bem que, levando em conta o quão afiado haviam ficado suas presas, não deveria estar surpreso por agir na emoção.

Se Tudo Fosse DiferenteOnde as histórias ganham vida. Descobre agora