Promessas Futuras

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— Você 'tá diferente do que eu me lembro, não sei do que você 'tá tentando se desculpar... mas não é sua culpa, não sei o que aconteceu, mas... fica de boa.

Clarissa Leão estava... o confortando?

Quando é que iria esperar por alguma coisa assim? Originalmente, tinha tanta raiva dela, e mesmo assim... ela estava ali, preocupada com ele...

Pouco a pouco, sua respiração voltava ao normal, com a garota passando sua mão pelas costas dele, tentando fazê-lo se acalmar.

As coisas... teriam que seguir o rumo original? Não importava o que fizesse... eles ainda iriam sofrer por não conseguir salvar eles?

Com Clarissa ali, na sua frente, na época onde ela ainda era uma agente fiel a Ordem, a única coisa que conseguia pensar... era que queria manter aquele conforto para sempre.

Gustavo não queria que ninguém sofresse, mas... é impossível mudar coisas que estão destinadas a acontecer.

— Eu devia ter tido mais cuidado comigo... — resmungou, coçando sua nuca.

Atualmente, Gustavo estava... sendo bastante protegido.

Há algumas horas, toda a Força D havia saído da base da Ordem, mas não haviam permitido que ele fosse junto.

Talvez pelo fato dele ter desmaiado duas vezes, Sato ter tomado controle de seu corpo, ele ter matado o Espreitador apenas com soco, e ter deixado um colega cego... apenas talvez.

Não poderia julgar muito eles, principalmente seu pai, estavam preocupados com o amigo, e filho.

— Isso é um pouco tarde. — Cibele falou, com ela avaliando como estavam as cicatrizes dos machucados. — O maior problema imagino que seja apenas estresse, uma missão muito longa pode causar isso.

— Essa missão não durou tanto assim...

— Mas o estresse que você passou foi suficiente por cinco dessas. — explicou, dando um tapa na testa do garoto. — O Arthur e os outros estão certos, você precisa descansar aqui, e você só vai sair por cima do meu cadáver pra ir para aquela mansão.

Era um tanto irônico ouvir isso, levando em conta que havia sido ele que havia salvado a vida dela, mas acabou rindo um pouco daquilo, vendo que a enfermeira estava apenas preocupada com ele.

— Ao menos posso andar pela base?

— Vou pedir para algum dos integrantes ficar de olho em você, Gustavo...

— O máximo que vou fazer é tirar um tempo pra mim e... ver um velho amigo. — disse sorrindo fraco, coçando a nuca sem jeito, mas já andando em direção da saída da enfermaria.

— Se você diz...

Rindo da situação, pôde finalmente sair da enfermaria, não entendia exatamente o motivo de Cibele, com a Marcela e o Renan, se preocuparam tanto em até enfaixa-lo, mesmo que Dante tivesse o curado.

Era um dia de folga, depois de muito tempo cuidando de missões que não acabavam nunca, meses de preocupações... talvez apenas um dia não fosse o suficiente.

— Não esperava que teria alguém por aqui... — resmungou, olhando ao redor da base.

Assim que percebeu que Clarissa estava ali, junto com o restante da equipe, o garoto evitou olhar para aquela direção, principalmente por se lembrar da última vez que falou com a loira.

Não sabia exatamente como falar com ela depois, ele teve raiva dela por muito tempo, por conta das coisas que ele sabia que ela faria, mas... o futuro estava mudando.

Se Tudo Fosse DiferenteWhere stories live. Discover now