Resgate

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Na sua frente, estava Joui, Arthur, Dante, Beatrice e Kaiser... estavam os agentes da Ordem que ele esperou por tanto tempo.

— Gustavo-kun! É você? Me diz que é você!

— Gustavo...

Joui estava logo na frente das grades, tendo largado tudo para correr em sua direção, como se quisesse ter a certeza que ele estava vivo.

Gustavo apenas caiu de joelhos no chão, ele... ele estava feliz.

No final, ele estava certo, a Ordem havia vindo o busca-lo, a Ordem se preocupava consigo, e havia ido salvá-lo.

Ele... finalmente pôde sorrir tranquilo naquele lugar.

— Vocês... podem diminuir a luz? — pediu, sentindo a luz da lanterna ardendo seus olhos. — Faz um tempo que não vejo luz assim...

— Gustavo-ku... Gustavo, o que eles fizeram contigo? — Joui perguntou, olhando para o tronco do outro.

Aquela era a primeira vez que viam o estado que havia ficado, aquelas inúmeras tatuagens desde rituais, até das histórias de terror, o que o fez suspirar fraco.

— Muita merda, mas, podem ficar tranquilos... eu acho que dei motivo para fazerem isso. — comentou. — E você pode me chamar de Gustavo-kun, Jojo... sou eu. Mas é melhor vocês irem, a coisa pode ficar feia pra vocês...

— Não, não é por isso... eu não vou ir embora sem você, eu já te perdi uma vez... eu não vou perder você de novo. Quem fez isso com você?

Se sentiu surpreso por ouvir aquele tom irritado, não esperava que Joui ficasse com tanta raiva dos Ocultistas pelo estado que estava, entendia quando lembrava que deveria ser Elizabeth ali, mas... Não esperava essa reação, mas não podia dizer que havia ficado triste com aquilo.

— Jojo, calma, resolver essas coisas puto não vai adiantar... eu sei que não adianta eu pedir para vocês irem embora e me deixarem aqui, então... nós temos que ir logo embora daqui. — pediu.

Mesmo que soubesse o quão rápido deveriam ser para sair dali, antes que Gal e os outros viessem, ele... não pôde deixar de se sentir tranquilo por poder ver eles ali.

— O Kaiser e o Tuca... estão aí? — questionou, tentando tampar a luz que estava em seu rosto.

— Estão, eles estão aqui.

—... acho que preocupei vocês de novo.

Se levasse em conta o estado das outras pessoas, não poderia se esquecer o quão bem ele estava se fosse comparar, diferente delas, ele já estava acostumado com o paranormal, havia transcendido, falava com "entidades" o tempo inteiro, havia um símbolo em suas costas que... bem, tinha a possibilidade dele só ter o trazido de volta a vida enquanto tirava memórias, mas não tinha essa certeza absoluta.

— Aqueles caras podem aparecer a qualquer momento. — se pronunciou, tentando tomar de volta a sua pose. — Há mais pessoas aqui, mas... não sei se a melhor ideia é levar eles com a gente.

— Hã? Como?

— Vocês terminaram de investigar esse lugar? — perguntou, não obtendo nenhuma resposta. —... imaginei, não sabemos o que vamos encontrar, tem mais chance deles morrerem tentando nos acompanhar do que morrerem nas celas, vocês tem alguma chave pra abrir essa coisa?

— Eu tenho uma chave aqui, talvez seja essa.

Se virou para a voz, apenas podendo sorrir com quem acabou encontrando, ali estava Dante, como ele imaginava que encontraria.

Se Tudo Fosse DiferenteWhere stories live. Discover now