Agatha Volkomenn

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— Ele me conhece...?

— Parece que sim, até sabe o seu sobrenome.

Era mais fácil enganar um civil, alguém que antes era apenas um NPC que esteve vivo por um episódio, mas enganar a primeira equipe da Ordem que foi apresentada a todos...

Aquilo era realmente um grande desafio.

— Estão me chamando, com licença. — disse Gonzales, se afastando para o seu carro, com o rádio da polícia em suas mãos.

— De onde você me conhece, meu querido? — Thiago perguntou, pegando um cigarro e o acendendo.

Na sua frente, estava Thiago Fritz, um dos seus personagens favoritos de todo o RPG.

E como imaginava, ele era: um pouco mais alto que si, com cabelos curtos e castanhos, com um estilo de franja jogada para o lado, junto com a barba rala e olhos castanhos. Usando uma camisa social vermelha e uma gravata preta, com as mangas puxadas e o colete preto, podendo notar seu porte físico atlético.

— Eu... — começou a falar.

— Pode tirar isso de mim agora? — Alex perguntou, direcionado ao Fritz.

— Thiago, não... — Daniel soou um pouco de longe, se aproximando. — Thiago, não faz nada com o Alex agora, deixa ele preso

A cada segundo que passava sem responder aquilo, mais gente aparecia, se já era ruim tentar enganar o melhor com lábia da equipe, e que poderia ver facilmente que estava mentindo, imagina o resto?

Tinha que pensar em uma desculpa logo, mas o que poderia fazer sentido?

— Eu conhecia seu pai. — respondeu, olhando para o mais velho.

— Meu pai?

— Sim, Arnaldo Fritz... — olhou para baixo, tentando pensar melhor naquela desculpa. — Seu pai me salvou de um... zumbi de sangue, quando eu era mais novo.

Mesmo que não tivesse certeza de quanto tempo era que Arnaldo Fritz estava "morto", só tinha conseguido pensar naquela desculpa, já que ela poderia ajudar tanto sobre saber o nome dele, quanto sobre qualquer outra coisa que pudesse envolver o paranormal.

— Um zumbi de sangue? — foi a vez da Webber se aproximar, olhando Gustavo com desconfiança. — Você... como sabe isso?

— Eu conheço o paranormal, depois desse dia que o Arnaldo me salvou, eu tentei procurar por mim casos parecidos... acabei descobrindo o nome assim. — engoliu seco.

— E quando você vai responder sobre o fato que nesse vídeo alguém muito igual a você morreu?

Antes ria das pessoas que comentavam sobre Elizabeth Webber ser amedrontadora na primeira temporada, mas sendo colocado contra a parede com as perguntas dela era... assustador.

Ela tinha os cabelos negros, e os olhos castanho-escuros grandes e pesados, com uma pinta debaixo do canto esquerdo da boca. Vestindo seu jaleco branco, com seu crachá exposto no bolso da frente, por cima de uma camisa verde-azulada.

— Eu... eu ainda não sei, estou tão confuso quanto vocês... eu tive que mentir pro policial, ele não acreditaria em mim se eu dissesse. — falou, abaixando a cabeça. —... eu vi meu amigo matando uma garota, e... nós tentamos correr, mas... eu fui pego por aquela criatura.

— Não tem ideia de como sobreviveu? Meu querido, por acaso não foi você que causou tudo isso, não é?

— Elizabeth, deixe ele, ele não tem nada a ver com essa história. — Alex entrou na frente de Gustavo, o defendendo. — Você me conhece, não é?

Se Tudo Fosse DiferenteWhere stories live. Discover now