Equipe E

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— Eu... fico feliz de você ter sido o meu amigo, Gustavo, depois de eu ter que matar o Ajudante e o Coletor, eu pensei que teria que ficar sozinho de novo, mas... Você não me deixou sozinho.

— Você também não me deixou sozinho, você, na verdade, é um dos primeiros que aceita as minhas ideias malucas sem ficar falando um monte, acho que é por você querer salvar a todos, tanto quanto eu...

— Você precisa ainda salvar eles, Gustavo.

O Portella tira o cartão da porta, o colocando outra vez, mostrando o símbolo na porta.

—... eu vou.

Demorou apenas alguns segundos para o Porteiro abrir a porta, tendo a Equipe atrás de si.

Ele estava correndo contra o tempo, e logo... chegaria ao final daquele plano idiota.

— Porteiro... é melhor irmos. — Gustavo disse, adentrando na sala.

De fundo, conseguia ver Elizabeth conversando com Thiago, já sabia o que era, então, não se importou, apenas respirou fundo e começou a descer as escadas.

A sala no final das escadas parecia ser quase abandonada, tendo uma enorme mesa em seu centro, e uma lâmpada comum a iluminando, que as vezes acabava piscando um pouco.

A direita, parecia haver uma mesa cheia de fragmentos de cristais, junto com vários papeis e fitas cassetes, e do outro lado da sala, havia vários armários de metal, com gavetas abertas e papeis jogados para todo lado, e uma folha presa na parede.

Mas, o que chamava a atenção de todo mundo, era o lodo que escorria do outro lado da sala, logo na sua frente, por uma rachadura na parede, e ao lado dela, uma escada, que levava para uma escotilha quadrada.

— Tem muita coisa pra vermos aqui...

Tatá, 'tá tudo bem...?

—... estou bem sim, Emi. — sussurrou sorrindo fraco para a garotinha ao seu lado, vendo o resto da equipe começar a vir.

O mais novo andou em direção do lodo, se ajoelhando na frente do lodo.

Tudo terminaria naquele mesmo dia, eles encontrariam Kenan, isso se caso não havia mudado tanto o futuro, mas... parecia que não havia adiantado muito as mudanças que ele tinha feito.

— Gustavo... — o Porteiro o chamou, olhando para a maquete na mesa. — Você... sabia disso?

— Tinha uma ideia... — se levantou, olhando para a maquete.

— O labirinto, então... será que o final chega nessa caverna? — Arthur perguntou.

— Ah... s-sim... no centro do labirinto tem uma caverna, foi lá que eu nasci... era lá que eu ficava.

— Você nasceu no meio do labirinto? Dentro do labirinto? — Joui questionou.

— Sim, todos os mananciais, ou a maioria deles... os filhos do Ferreiro ficam lá, ao menos, foi isso que ela me disse.

— Se você entrar no labirinto, você consegue chegar no final dele?

— Não, é a única coisa que eu não sei, se eu conseguisse, eu teria tentado parar isso eu mesmo, mas é justamente isso que eu não sei... Eu sempre tentei entender a minha vida inteira, só o Ferreiro sabe chegar ao centro do labirinto... Eu já tentei seguir ele algumas vezes escondido, mas ele sempre se move rápido demais, é como se o labirinto mudasse propositalmente para não me deixar entrar.

Olhando para frente, conseguiu ver Thiago olhando os armários... Ele morreria se não fizesse nada, e não demoraria muito para isso.

— É... Gente? — a voz de Cesar soou.

Se Tudo Fosse DiferenteOnde as histórias ganham vida. Descobre agora