A Degolificada

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Não demorou muito de todos entrarem na escola, com Elizabeth e Thiago na frente, sendo seguidos por Gustavo e Alex, e por último Daniel, todos preparados para atirar em qualquer coisa que aparecesse.

A escola estava com a névoa um pouco mais espessa do que se lembrava, estando mais gelada também. A sorte é que não teriam que lidar com Gonzales como um Zumbi de Sangue, mas, sobre as outras meninas...

Estava tudo em ruínas, e o movimento de todos, agora mais pesado por conta das armas e da armadura, ecoavam pelos corredores da escola. Encontrando livros no caminho, cinzas, pedaços de madeira, finalmente... conseguindo chegar na biblioteca.

— É aqui... — sussurrou, vendo como se fosse uma barreira de névoa na frente.

Enquanto discutiam sobre fazer ou não uma trilha com gasolina, o Portella pega o livro preto, se aproximando de onde já imaginava que deveria colocar, podendo até mesmo ver o vapor saindo por sua boca de tão gelado que estava antes.

— Vamos logo... estou congelando aqui. — reclamou, vendo todos se aproximarem.

— Antes de entrar — Fritz começou a falar. —, eu só quero falar a gente provavelmente vai ver cadáveres. Vamos ver crianças mortas, vamos ver muitas coisas que provavelmente vão ser impactantes para nós.

Ao mesmo tempo que um cheiro horrível veio quando abriu a porta, mais névoa apareceu... nunca pensou que ficaria tão assustado com névoa, e logo em seu campo de visão: uma escada para descer.

— Ai... eu tenho uma lanterna, mas eu tenho um fuzil também...

— Coloca a lanterna no fuzil... eu vou descer. — o mais novo se pronunciou, começando a descer.

Mesmo que não tivesse tanta habilidade com uma arma, seria melhor se algo acontecesse com ele do que com os outros, afinal, não era ele que teria que lutar contra o Deus da Morte no futuro...

Não prestou atenção quem estava atrás de si, mas imaginava ser a Liz, por conta da luz da lanterna, vendo o longo corredor indo para frente, e alguns outros corredores que se conectavam.

— Aqui nessa planta do subsolo que a gente pegou, lá no escritório do pai do Gabriel, mostra que, pelo visto, têm 5 compartimentos aqui no subsolo e tem duas portas no da direita e no da esquerda, e uma grande porta no fim do corredor.

— Ok.

— Se a gente tem que queimar todos os restos mortais, a gente tem que ver todas as salas

Lá estava ele, no bunker, podendo ser morto pela Degolificada a qualquer momento... O que faria? Não sabia o que poderia acontecer se salvasse Daniel e Alexsander... E se caso ele impedisse dos outros personagens existirem?

Em seu mundo, se caso Daniel se mantivesse vivo... Joui não existiria, se Alexsander continuasse vivo... Cristopher não existiria. Isso seria igual, agora que ele estava dentro do mundo do RPG? Ou não teria nada a ver, e só estava paranoico?

— Talvez seja melhor vasculhar as salas primeiro, porque se a gente for... pro fundo, a gente pode ficar encurralado por seja lá o que pode sair dos lados, entendeu?

— O Daniel tem um bom ponto

— Calma, é que... Tá, vamos.

— Lembrando de uma coisa — se virou para os mais velhos, engolindo seco. —, o que vocês lutaram foi uma manifestação do horror que realmente tem aqui embaixo. Não acho uma boa ideia subestimar o que eu disse, então, pode ser que a gente encontre um bicho que nem aquele

— A gente não está aqui pra lutar, mas sim pra atrasar ele o máximo possível pra gente conseguir queimar os restos mortais.

Enquanto Alexsander falava alguma coisa com Thiago, Gustavo olhava ao seu redor, podendo ver os corredores, olhando para a curva a direita enquanto se aproximava dela, mas, ao invés de ir até o final do corredor da curva, indo direto para o armário de metal que tinha ali.

Se Tudo Fosse DiferenteOù les histoires vivent. Découvrez maintenant