Memento Mori

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Olhava incrédulo a cena, se lembrando de todas as vezes que Brúlio ou algum outro agente da Ordem havia contado alguma história, falando sobre como existia um assassino naquele lugar, que havia sido acalmado por causa de sua família, mas toda vez que estava em uma luta, aquele lado voltava.

Alguns tinham falado sobre aquilo ser mentira, que eram brincadeiras bobas, mas...

Na sua frente, só havia uma explicação... Agente Khalid existia, e agora, inconsciente, com a maioria dos agentes perto dele, preocupados...

Todos os boatos eram verdade, e Khalid esteve ali, na sua frente, e poderia matar qualquer um que fosse aparecer na frente dele.

— Porra, maconheiro, isso é hora...? — Tristan falava, olhando o outro ainda inconsciente.

Todos já estavam dentro da van, dirigindo em direção da base da Ordem, e o desespero de alguns... era que Gustavo ainda estava apagado.

Luciano havia levantado a parte de cima das roupas de seu filho, mostrando as feridas que estavam por ali, junto com hematomas de outros combates.

— Você consegue acordar ele? — o Carvalho perguntou sério, vendo Dante pegando algumas cinzas.

— Não tenho certeza se isso vai fazê-lo acordar, mas consigo tirar esses ferimentos dele.

Então, pressionando as cinzas nos machucados, pôde ver espirais começarem a se formar, acelerando o processo de cicatrização daquela ferida até voltar ao que era originalmente, mas... isso ainda não havia acordado ele.

Ele parecia bem, não havia nenhum machucado onde ele conseguia ver... talvez algum nas costas?

— Me ajuda a sentá-lo, talvez tenha algum ferimento...

— Dante, é melhor não. — Erin falou, olhando ao redor. — Ele... ele tem uma tatuagem que se arrepende de ter feito, e não acho que ele gostaria que todos ficassem vendo ele pelado.

— Isso é a vida dele, eu posso curá-lo se há alguma coisa errada.

— Deixa que eu vejo, então, eu sou quase a irmã dele.

Por que aquilo de repente?

Decidiu não protestar, se afastando para que a garota, pudesse ver as costas do mais velho, que antes que pudesse se esticar para ver o que seria a tal tatuagem, logo ela saiu e o deitaram outra vez.

— Não tem nada, ele... só está desacordado, aparentemente.

— Podemos levar ele pra Cibele ou pra Marcela, elas vivem cuidando dele mesmo, podem saber o que 'tá de errado. — Arthur falou, fazendo carinho na Jennifer.

— É, talvez seja o melhor.

O loiro decidiu não se intrometer, mas... haviam dúvidas em sua mente do que era que estava acontecendo.

Não achava que Gustavo Carvalho era alguém ruim, mas... por que ninguém questionava sobre parecer que ele estava escondendo alguma coisa de todos?

Quando o conheceu, ainda quando estava preso, ele havia dito seu nome, antes de receber Dante, e parecia já saber sobre sua relação com Beatrice também. Por que ele saberia de coisas da época do orfanato?

As dúvidas só aumentavam quando imaginava sobre ele já saber de tudo, como a missão quando foi resgatá-lo do Orfanato, onde aparentemente ele continuou a missão de uma outra agente, lá ele estava apressando a todos, indo para as exatas salas onde haviam criaturas, sabendo como lidar com elas, e agora na mansão... parecia ser ainda mais óbvio que ele sabia mais do que demonstrava.

Se Tudo Fosse DiferenteWhere stories live. Discover now