Senhor Veríssimo

2.4K 220 192
                                    

Ela conhecia o dono original do corpo, e tinha uma grande chance, levando em conta que não gostava dele, de falar alguma coisa que pudesse acabar com sua vida, levando em conta como os três agentes da ordem e o civil na sua frente estavam, não duvidava levar um tiro também.

Agatha Volkomenn... o que faria quanto a essa garota?

Quando menos percebeu, havia chegado aonde Elizabeth morava, ainda era impressionante como tudo naquele mundo era exatamente como tinha sido dito, apenas entrando sem se importar muito com aquilo, muito menos com a conversa que estavam tendo.

— Daniel, cê quer ficar e dormir no sofá? — a mulher perguntou, ainda no estacionamento. — Porque eu não acho uma boa ideia você ir embora daqui agora não...

— Ah, eu não quero ir embora, eu preciso ficar com alguém, eu não consigo... Se eu ficar sozinho à noite no meu apartamento eu temo por... Eu não sei o que eu posso fazer, eu posso recair, eu não quero.

— Ok, e... Qual seu nome mesmo? — se virou para o mais novo, que se assustou com a atenção repentina.

— Gustavo... Gustavo Portella.

— Certo, Elizabeth Webber e Daniel Hartmann. — se apresentou rapidamente, apontando para si mesma e depois pro cara que sentava ao seu lado. — Só tenho um sofá, então vocês vão ter que ver sobre quem que vai dormir nele, mas os dois aproveitem e fiquem de olho na gradinha que a gente vai colocar o Alex...

— Ok. — o de barba respondeu.

Tinha que se lembrar das coisas que iriam acontecer, tinha que ter algum plano, ou se não... Não teria como se preparar para o que iria acontecer no dia seguinte.

Quando acordou de seus pensamentos de novo, percebeu que já estava dentro do apartamento da Webber, e Daniel já devia estar tomando banho, já que conseguia ouvir o barulho de chuveiro, e Alexsander... ele estava na gaiola.

— Cê precisa dormir, não tem que ver TV. — a cientista falou. — A gente ta exausto, Alex. Garoto, você e o Daniel já se decidiram quem vai dormir no sofá?

— Pode ir ele, eu meio que fiquei desmaiando... estou sem sono.

— Certo, eu devo ter Power Ranger aqui em algum lugar. — se pronunciou, olhando ao seu redor, alguns minutos depois colocando Power Ranger na TV.

— O que tem de errado com esse guri? — Hartmann perguntou, assim que saiu do banho.

— Ele não vai dormir se não ver um pouco de TV, e aí eu tinha Power Ranger no pendrive ali, não me pergunte o motivo, por favor. Só deixa o menino assistir um pouco.

— Tinha Power Ranger no pendrive, quem é que tem pendrive hoje em dia?

— Com licença?

— Eu vou ir tomar um banho, Daniel, você pode dormir no sofá.

— Certo.

Se afastando antes que pudesse ser enfiado naquela discussão, Gustavo respirou fundo até o banheiro de visitas.

Ainda era estranho se olhar no espelho, não sabia se iria conseguir se acostumar, talvez fosse apenas melhor evitar se olhar no espelho.

Enquanto se banhava, começava a tentar listar as coisas que se lembrava da primeira temporada, do ponto que estava até o final: No outro dia, Veríssimo iria aparecer, junto com Thiago, iria conversar com os agentes, e ai todos iriam para a Escola para conseguir a ficha de Matheus, indo até a casa dele, e ai que ele falaria sobre Agatha...

— Espera, quando eles me encontraram, eu tinha falado dessas informações antes mesmo deles conseguirem... — sussurrou, com medo de alguém do lado de fora do banheiro escutar. — Eles tinham dito que já sabiam... será que mentiram para ver se eu estava maluco...?

Se Tudo Fosse DiferenteWhere stories live. Discover now