Reencontro

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Ele não era novo demais para colocar tanta responsabilidade em suas costas? Não havia entendido muito bem o que ele estava querendo dizer com tudo aquilo, muito menos o propósito de tudo.

Mas... algo dentro de si, falava que deveria acreditar naquele garoto, que até pouco tempo atrás, havia aparecido no hospital com queimaduras de segundo e terceiro grau.

— Fique bem, Gustavo... — ela falou, terminando de arrumar suas coisas, e começar a andar na direção para fora de Santo Berço.

Algo dentro de si, falava que ouviria ainda muito sobre aquele garoto... o garoto que havia depositado sua confiança.

Gustavo corria pelos cantos de Santo Berço, tentando evitar qualquer encontro com qualquer luzidio.

Ainda era de noite, ele tinha uma chance de correr, ir para a caverna, e estar lá, junto com o Porteiro, para quando o Minerador chegasse junto com a Equipe E.

— Emi, vam... Emi?! — perguntou, olhando para trás.

Assim que se virou para a direção do labirinto, conseguiu ver Emi, de pé, logo na frente da entrada do labirinto.

Olhando ao seu redor, correu para se aproximar dela, e, mesmo quando chegou ao seu lado, os olhos da garota ainda estavam para o labirinto.

— Emi, o que foi?

Tatá... eu sentia algo estranho, desde antes, vindo daqui...

— Do labirinto? É porque vai ser lá que vai surgir o portador da relíquia de morte, por isso que você deve estar assim...

Não, eu... não acho que seja isso, Tatá.

—... quer entrar lá?

Estaria mentindo se falasse que eles não tinham pressa para irem na caverna logo, mas... Emi era um "Sacrificio", feito para um elemento paranormal.

Se ela estava dizendo que tinha alguma coisa estranha dentro daquele labirinto, e não era o Deus da Morte ou o Parasita de Dimensões... O que poderia ser?

A gente pode entrar?

— Claro que podemos, só vamos ser rápidos, e ter cuidado lá dentro, 'tá? — perguntou, se abaixando de leve. — Vamos, antes que alguém nos veja aqui.

Ok! — respondeu animada.

Com isso, a Takahashi pegou a mão do maior, e começou a guia-lo para dentro do labirinto.

Estar ali dentro, era... realmente muito estranho. Ele andava por minutos, ou horas? Não tinha como ele saber, apenas estava aceitando ser guiado por Emi, que parecia andar confiante para onde era a tal "sensação estranha".

Está com medo, Tatá?

— Por que isso de repente?

É que... bem, você... como eu posso dizer isso? Você... não mostra o que o coração 'tá falando...

— Não mostro?

É-é... eu queria voltar pro tio Tony, pro tio Andrew, e pra Aiyra, mas... eu queria voltar corajosa que nem você.

Um ser que tinha mais de 2 mil anos o achava corajoso?

Apenas conseguiu rir fraco, dessa vez, acelerou um pouco seu passo para conseguir andar ao lado da garota, ao invés de estar mais para trás, segurando com mais cuidado a mão dela.

— Bem, você pode até achar isso, mas... Eu, na verdade, sou bem medroso.

Quê? Isso só pode ser mentira, é feio mentir, Tatá.

Se Tudo Fosse DiferenteDove le storie prendono vita. Scoprilo ora