Se Tudo Fosse Diferente

Um Plano Arriscado

Por qualquer uma das razões, ele poderia tentar ir conversar com a Volkomenn, e tentar pensar em alguma coisa para que finalmente pudesse ter uma conversa saudável com ela.

Bem... era isso que ele esperava, até chegar o outro dia.

— Gu! Cheguei com o nosso almoço! — Mia falou, aparecendo na enfermaria, com algumas sacolas. — E hoje teremos outra companhia!

— Hã?

Olhando para porta, viu Agatha Volkomenn, com os braços cruzados, e a face um pouco menos séria do que costumava ver.

Ele não sabia ainda o que falar, e ela estava ali...

Aquele seria um longo almoço.

— Então... como está indo à sala de rituais, Agatha? — Mia perguntou.

— Bem.

Como imaginava, o silêncio daquele almoço estava começando a incomodar a ruiva.

Enquanto Agatha mantinha o rosto sério, apenas comendo seu almoço em silêncio, Gustavo parecia ter muitas coisas presas em sua garganta, não sabendo como começar a falar tudo que estava pensando.

Mia já não sabia muito bem como quebrar aquele silêncio, muito menos se deveria estar ali, afinal... a confusão não era dela, e sim dos dois.

Mas... ela realmente queria que os dois se dessem bem, ela conhecia o ponto de vista dos dois daquela história, e sabia o quanto cada um sofreu com as coisas que aconteceram, seria demais desejar com que eles se dessem bem?

— Como está a sua recuperação, Gustavo?

— Bem, eu provavelmente vou ficar com essa cicatriz enorme na barriga, mas... já me recuperei de coisa pior, devo conseguir sair daqui ainda hoje de tarde.

— Isso é realmente bom! Não é, Agatha?

— Claro...

O Portella apenas abaixou seu olhar, suspirando derrotado, em sua mente turbulenta, apenas conseguia pensar no que ele faria naquele momento.

— Mia, você pode me fazer um favor? — perguntou sorrindo, olhando a garota.

— Claro, o que foi?

— Você consegue entrar em contato com a Elizabeth pra mim?

— Eu... ela saiu da Ordem, depois da sua morte... foi impressionante a Ivete conseguir trazer ela pra cá, quando você voltou, não acho que ela viria só porque eu pedi.

— Fala pra ela que o idiota tem algo muito importante pra falar com ela, tenho certeza que assim ela vai vir. — respondeu, a vendo levantar, assim que terminou de comer.

— Ok! Eu já venho, vamos, Lupi?

Então, a garota saiu, esperando que o melhor acontecesse dentro da enfermaria.

A Volkomenn olhava seriamente para o mais velho, esperando alguma daquelas desculpas idiotas, ou o motivo dele ter esfaqueado seu próprio estômago, querendo entender o que estava acontecendo.

— Ainda posso te chamar de Volkomenn?

— Faça o que quiser, não me importo.

— Tudo bem, então... Volkomenn, Elizabeth Webber morrerá dentro de cinco meses.

Com os olhos arregalados, ela olhou diretamente para o rosto de Gustavo, que se mantinha comendo calmamente, como se não tivesse dito nada de importante.

—... c-como?

— Elizabeth Webber irá morrer pela espada de Joui Jouki, mas, quem irá matá-la, é o braço direito de Kian, Gal-Sal...