Brincadeiras de Energia

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— Gustavo-kun! — um grito desesperado soou.

Sua visão se escurecia cada vez mais, imaginava que não morreria ali, ele não podia morrer por conta de uma espada... Sato não deixaria que ele morresse de uma forma tão boba...

— Eu vou matar vocês! Eu vou matar, cada um de vocês! — Joui continuava gritando, conseguia perceber o tom de voz choroso que saia de garganta.

Jojo... ele achava que iria morrer?

Ah... havia feito ele sentir ódio, no final, não conseguiu evitar isso.

Haha... ele havia o chamado de "Gustavo-kun" de novo...

Ele gostava desse apelido.

Me pergunto se você se faz de suicida, ou se realmente deseja tanto morrer.

Nem precisava abrir os olhos para saber onde estava, era óbvio, com aquela maldita voz... ele estava de novo no vazio.

— Eu sempre desejei a morte depois do acordo com as máscaras, e só por conta disso que tinha desejado a morte... eu sei que, mesmo depois da morte, você não vai me dar paz, Sato.

Que brinquedinho inteligente temos aqui! — falou alegre, flutuando no ar. — Ainda bem que não preciso falar o óbvio para você.

—... eu mesmo que vou te matar no futuro, Sato.

Infelizmente para você, brinquedo, isso vai ser impossível.

— Deixa eu adivinhar, você não morre?

Então, uma risada alta soou do outro, que conseguiu ficar de pé no ar, começando a andar, parecendo não se importar com a lógica da gravidade.

Diferente daquele velho broxa, que você e os outros chamam de "Kian", não tenho um desejo de vida eterna, ou algo como isso... então sim, eu posso ser morto, mas você não vai conseguir mais fazer isso.

— Saiba que eu irei enfiar minha espada na sua goela assim que eu conseguir.

Não basta você ter virado um espetinho, quer que eu vire um também? — perguntou rindo, olhando para o lado. — Nosso tempo acabou aqui, meu caro, tente não se matar tão cedo, assim a brincadeira fica sem graça.

— Vá ao inferno, Sato.

Essa foi a última coisa que conseguiu falar, antes de acabar piscando e sentir sua consciência ser levada para de volta onde não deveria estar.

Quando abriu seus olhos, não se viu em um lugar familiar, ele não estava nas celas como deveria estar antes, ele estava... em uma cadeira?

— Ei, acorde! — a voz de um homem soou.

Coçando os seus olhos, e olhando ao seu redor, teve a certeza que não estava no orfanato, mas também... não estava em seu corpo.

Sato havia o colocado em outro corpo outra vez? Ele estava sonhando com alguma coisa de seu passado de novo? O que... o que era aquilo?

— O que aconteceu? — uma voz grossa saiu de sua garganta, o dando a certeza que não estava em seu corpo.

Por mais que não soubesse quem era aquele homem na sua frente, seu corpo parecia saber, não havia sido ele quem havia falado aquilo, ele... ele estava vendo as memórias de outra pessoa? Era isso?

— Há mais órfãos... há mais pessoas morrendo de fome. — o homem respondeu.

Seu punho se apertou, se levantando da cadeira que estava sentado, andou até ficar perto do outro.

Se Tudo Fosse DiferenteWhere stories live. Discover now