Agente Khalid

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— Você tem... tatuagens como o Tirigan.

— Tenho? É... eu acho que conheci o Tirigan, ou amigos dele.

— Conheceu...? Você... tem outros amigos que nem o Anthony?

— Claro, só eu enxergo eles também, tem uma garotinha, mais nova que você, uma outra na idade da sua irmã, e um cara bem forte também. — falou sorrindo, se levantando. — Quer ir lá conhecer eles?

—... quero.

Então, saiu da van, ajudando Tim a descer com cuidado, ainda segurando sua mão, começou a andar na direção da mansão.

De certa forma... se sentia aliviado, e preocupado, com alguém que poderia entender a loucura que era ver aquelas quatro pessoas.

— Tim! — Eduarda chamou.

Assim que entrou na casa, com o garoto, a irmã dele correu até ele, e o abraçou de forma apertada.

— Pelo amor de deus, você não pode sumir assim!

— Está tudo bem, ele estava dentro da van. — respondeu ela, sorrindo fraco. — Conversamos um pouquinho lá dentro.

Assim que foi solto do abraço, Tim voltou a apertar a manga do casaco que Gustavo usava com uma de suas mãos, se mantendo perto dele, principalmente quando o restante da equipe apareceu, o que o fez querer rir.

Sabia que aquele garoto não tinha medo do paranormal, mas parecia aliviado em saber que não era realmente "louco", já que não tentou perguntar alguma coisa sobre Tirigan, ou falando que ele não existia.

— Parece que o Tim gostou mesmo de você.

— Seu irmão é um garoto legal, fico feliz que ele esteja bem. Podemos conversar mais depois, que tal? — questionou, se abaixando um pouco.

— Você vai me mostrar os seus amigos?

— Assim que acabar essa missão, nós dois vamos conversar com eles, te prometo.

— Pelo menos, o menino 'tá seguro.

Olhando para a voz, pôde ver o restante dos agentes chegando, junto com Cassiano e Hugo.

— Ei, maconheiro, o garoto aqui tem maconha! 'Cê quer?! — Tristan perguntou quase aos gritos.

— Você fuma maconha?

— Não, eu não fumo. — disse, revirando os olhos. — Nós fizemos a nossa parte, Duda, você pode nos ajudar agora?

— P-Posso, eu posso sim.

— Vamos nessa, Eduarda. — Cassiano falou, parecendo um pouco irritado pelo mais velho chamar a amiga pelo apelido.

— Nós só precisamos de uma boneca.

— Vocês vão fazer isso, eu vou cuidar de algumas coisas na van... quando vocês terminarem, só me chamem. — se pronunciava, enquanto entrava na van.

Já fechando a porta, não querendo que ninguém o visse, pôde ouvir a voz de Hugo perguntando alguma coisa.

— Por que o amigo de vocês fica fazendo essas coisas sozinho?

— É que ele é tipo um herói da Força G, sabe? Um lobo solitário, lutando quase sozinho contra os monstros.

—... que foda!

Rindo baixo por conta do comentário feito pelo Arthur, se sentou com os olhos fechados, apoiando suas costas.

Ele queria se concentrar nas coisas que haviam acontecido naquela mansão, muitas informações e pouco tempo para assimilar todas, iria ficar louco se continuasse daquela forma, se bem que ele já poderia estar um pouco doido...

Se Tudo Fosse DiferenteWhere stories live. Discover now