Ilha de Tipora

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Riu com aquela ideia, olhando para o Monteiro, que conversava com Erin, só podia se sentir de certa forma velho, aqueles dois eram parecido com eles de alguma forma.

— Fique bem, Tatá... estaremos te esperando. — disse, mesmo sabendo que seu filho não escutaria.

Então, com um sorriso gentil no rosto, o mais velho do trio andou até os outros dois, indo em direção para ir para casa.

Que tipo de histórias Gustavo contaria quando voltasse da Ilha de Tipora?

Fernando estava ansioso para ouvir.

Abrindo os olhos com calma, Gustavo olhava ao seu redor.

Depois de descobrir os nomes dos civis que iriam com ele para ilha, Montel e Angelina Florence, os pais de Amelie e Olivier Florence, todos haviam entrado no barco e partido a viagem.

Em algum momento, ele deve ter ido para o "quarto" que havia sido designado e dormido durante a noite.

Se espreguiçando, decidiu sair de lá, indo para o lado de fora, vendo água até onde seus olhos alcançavam.

—... ainda estamos longe. — disse para si mesmo, tendo que se apoiar rapidamente em uma das paredes para que não caísse.

E havia feito uma descoberta que nunca esperaria de si mesmo: ele não conseguia manter o equilibrio naquele maldito barco.

Talvez pelo fato de nunca ter estado em um barco antes, muito menos a quilômetros de distância de uma terra firme, o Carvalho não conseguia se acostumar com a sensação de tudo estar balançando, impressionantemente, ele não estava ficando enjoado, mas estava sendo dificil ficar de pé.

—... eu lutei contra o Kian, e não consigo passar cinco minutos sem quase cair...? — resmungou pra si mesmo, usando a parede de apoio para andar.

— Garoto! Você acordou? Ainda estamos um pouco longe de Tipora.

Se virando para voz, encontrou o homem barbudo, Adrian, o dono daquele barco.

Um homem de pele parda, com cabelo e barba um pouco grisalhos, e olhos azuis. Vestindo uma jaqueta azul por cima de uma camiseta cinza surrada, com uma calça da mesma cor e botas marrons.

Em seu rosto podia ser visto varias pequenas cicatrizes, talvez no seu tempo de pescador...?

— Oi, Adrian. — respondeu, tentando soar o mais simpático possível. — Acabei ficando um pouco ansioso pra ilha, preferi me levantar logo.

— Você e o seu chefe são iguais, então. — ele brincou, rindo logo depois. — Seu amigo está ali na frente.

Apontando com o queixo, o mais novo logo se virou para a frente do barco, encontrando ali Cavalcante, olhando o mar.

— Sim... somos parecidos. Mas, bem, o senhor poderia me falar um pouco sobre a ilha?

— Sobre a ilha? Qual razão disso?

— É que eu sou novo nessa area, e... eu ainda tenho um pouco de vergonha em falar com pessoas que eu não conheço. — mentiu, enquanto sorria. — Então, se eu souber um pouco antes de chegar lá, talvez eu não fique com tanta vergonha.

— Eu não esperava que você fosse do tipo tímido, garoto, mas tudo bem, senta aí.

Se sentando perto do mais velho, Gustavo colocou sua mão em cima de onde estaria o símbolo que Iori havia posto nele, logo, conseguindo obter algumas informações sobre o homem na sua frente.

Nome: Adrian Vurtoren

Idade: 51

Afinidade: X

Se Tudo Fosse DiferenteWhere stories live. Discover now