Preocupações

1.6K 194 368
                                    

Agora, com muita emoção, todos se dirigiram até o Sanatório.

Não demorou para verem uma casa um pouco grande, aparecendo por trás das árvores, uma casa bem destruída, completamente abandonada, claramente, ninguém a usava havia muito tempo, tendo algumas pichações, e as janelas com madeiras nas frentes, além de vários símbolos esoterroristas ao redor.

Era ali... que teria o primeiro contato com o lodo.

Quando desceram do carro, já viu de frente a entrada do sanatório, que havia uma porta dupla depois de escadas cheias de mofo, e tudo caindo aos pedaços.

E, lá de dentro... conseguia ouvir alguma coisa se movendo, e já sabia o que era...

Quando menos percebeu, viu Cristopher dando um chute na porta, que cedeu com facilidade. Podendo ver uma grande entrada, era um salão de madeira, que estava bastante sujo com o tempo que foi abandonado, conseguia ver uma porta fechada a direita, e um corredor longo se continuasse para frente.

— Tem neblina aqui... — Gustavo falou baixo, não se lembrando que havia aquilo no sanatório.

— Oh, pessoal, eu não gosto disso não. — Joui disse, próximo do Portella.

— Pelo menos é dia, né, rapaziada.

— Ah, é verdade. Você sempre vê o lado bom das coisas, né?

— A gente sempre tem que ver o lado bom da situação. — Cesar se pronunciou, com sua arma em suas mãos. — Ah, o lado bom dessa situação aqui, é que até agora meu pai não falou nada.

— Filho, isso acabou agora. Queria falar que eu tenho uma ideia, tem muitos papéis ali na frente, por que não vamos lá?

Mais pra frente, havia uma mesa, com algumas poltronas e vários papéis jogados para todos os lados, e podendo olhar melhor o portão na sua direita, conseguiu ver grades parecidas com as de cadeia.

— Tá, e aí, oh papai, você pode ir aí na frente calminho?

— Eu vou na frente, não se preocupem... — o mais novo entre eles falou, começando a andar para perto das mesas.

Queria saber logo as informações que conseguiria lá, e então poder falar tranquilamente com os agentes sobre. Quando chegou na mesa, conseguiu ver a maioria das folhas vazias, como se tivesse acontecido uma luta perto da mesa, tendo marcas de ranhuras e de mãos que haviam sido arrastadas por cima da mesa.

Porém, o que chamou sua atenção, foi um papel, que estava mais acima de todos os outros, conseguindo ver Cristopher pegar o papel antes que começasse a ler, e antes que o mais velho começasse a ler, o Cohen mais novo pegou o papel.

— Pai, você não sabe ler português, então eu vou ler.

— Eu sei ler sim! — brigou, pegando o papel de volta.

— Só não briguem. — o Jouki se pronunciou.

— Fica tranquilo, Jojo, esses dois vão ser assim mesmo...

— Registro de procedimento, terapia paciente 71. Vin... — parou de falar, parecendo tentar forçar a vista pra entender alguma coisa. — Ah, lê essa bosta logo, vai.

— Ele falou... Gustavo-kun, ele falou...!

Quem imaginaria que o cara ao seu lado iria xingar Deus e o Mundo daqui uns meses...

— Melhor se acostumar, Jojo. — riu fraco, vendo o papel nas mãos do Cesar.

— Registro de procedimento, terapia paciente 71. Vinte e sete de julho de 1950, às 18 horas. Doutor... Verruga... Ver... Verruckt inicia a preparação da terapia recuperativa de descarga elétrica de 2 horas. Vinte e três de julho de 1950, 18:33. Definir redi... Ref... Redirecionamento de carga elétrica dos geradores.

Se Tudo Fosse DiferenteWhere stories live. Discover now