As Coisas Que (Não) Perdemos No Fogo

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Porém... logo, ele ouviu um grito muito alto, junto com vários outros dos moradores de Santo Berço... O Porteiro já havia morrido.

— Gustavo...? Você 'tá tremendo...

— Eu 'tô bem, é por aqui...

Logo, todos conseguiram ver uma grande caverna, no final de um corredor.

Todos começaram a andar em direção daquela caverna, e dessa vez... sabia que todos haviam escutado para o som daquele coração batendo.

Eles estavam logo de frente para a caverna, era ali... Era ali onde tudo aquilo terminaria.

Todos seus planos... terminariam ali dentro.

E, ao mesmo tempo que era o fim de toda aquela história, seria o fim de Santo berço... era o começo da Equipe E, na história, e na memória de todos eles.

— Vamos... Temos que entrar... — disse baixo, apertando mais forte a mão de Cesar.

Não havia mais o que investigar, agora, era só a luta final...

— Gustavo-kun, deixa que eu vou para frente! — Joui se pronunciou, andando na frente do grupo.

Tatá, eu vou te proteger!

— Obrigado, Emi... — sussurrou seu agradecimento, começando a andar até ficar ao lado do Jouki. — E, pode ficar tranquilo... eu consigo enxergar aqui, de certa forma... consigo sentir... pra onde devemos ir.

O garoto andava com tranquilidade pela caverna, engolindo seco, conseguia ouvir o barulho do coração batendo... Ele sabia para onde eles deveriam ir.

Sabia que estava sendo seguido por todos, ele... ele não podia parar.

— Emi... você ouviu isso? — perguntou em um tom baixo, olhando pelo canto dos olhos a criança ao seu lado.

Eu... eu ouvi...

— Pelo menos não estou tão louco quanto pensei...

Sua cabeça, pouco a pouco, começava a doer mais e mais, não esperava que fosse tanto assim, não esperava que ficaria tão ruim assim...

Seus passos diminuíram quando os levou para um corredor com várias portas, parecidas com a porta da caverna, mas com uma tranca mais rudimentar.

— Me... me ajudem a abrir isso daqui. — o mais novo pediu, segurando na barra de ferro que estava trancando a porta, tentando tirá-la.

Rapidamente, Joui e Thiago o ajudaram a levantar a barra, engolindo seco, conseguiu ver a porta começar a se abrir.

Com isso, conseguiram ver uma sala completamente acolchoada em branco, e um enorme símbolo de Santo Berço, e, na frente do símbolo... havia um homem.

Era um velho homem, com uma barba enorme, sentado no chão, tendo uma tatuagem em seu braço esquerdo, olhando para o grupo completamente assustado.

Mas, assim que olhou para Gustavo, começou a apontar seu dedo tremendo, se pronunciando:

— V-Você! Você! Você que 'tava na Torre! O que você sabia?!

— Kenan... — falou baixo, surpreso por aquela reação.

— Me diz... me diz que isso não é um dos poucos sonhos bons que eu tenho... nesse lugar horrível...

— Senhor, quem é você?

—... faz muito tempo, Kenan... — se pronunciou, entrando naquela sala. — Parece que... não adiantou de nada a minha ajuda.

— Você sabia...? — o mais velho perguntou, olhando para o outro.

Se Tudo Fosse DiferenteOnde as histórias ganham vida. Descobre agora