Carniçal

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Puxando fortemente o colchão, na sua frente apareceu o Velho Louco do bar, ou, para pessoas como Gustavo, que já sabiam quem era... Eric Jour.

— Espero que aqueles arrombados tenham feito a sua vida um inferno... se não, eu mesmo faria. — falou.

Então, o garoto apontou sua Glock para o centro da cabeça daquele homem.

Eric Jour, o especialista em Análise de Quantificação Paranormal, um ocultista funcionaL, se autonomeando responsável pelo projeto baseado nos achados arqueológicos de Eva van Glos...

Um personagem que Gustavo tinha bastante raiva.

Ele estava ali, só um tiro e tudo aquilo poderia acabar...

— Gustavo?! — a voz de Thiago soou, assim que ouviu o barulho de um tiro.

Eric Jour não faria que o Carniçal aparecesse, e causasse mortes, e cicatrizes que pra sempre seriam lembradas...

— Thiago? — questionou, se virando para a porta.

— O que foi esse tiro?

— Eu só me assustei! O Velho Louco do bar está aqui! — disse, se virando para o homem na sua frente, que parecia ainda mais assustado.

Infelizmente, mata-lo poderia mudar ainda mais as coisas que ele já sabia, ele já tinha evitado que os Gaudérios fossem até lá, se mudasse mais algo, poderia piorar sua situação.

— Eu sabia que ele estava envolvido! — Cesar se pronunciou.

— Ele não 'tá envolvido, Cesar!

— Ele 'tá todo fudido, porra! Envolvido só se for da porradaria que ele tomou!

— Ah, ele faz parte da história...

— Senhor, o senhor está bem? — Joui questionou, até surpreendendo o Portella, afinal, não havia percebido quando foi que ele apareceu.

Como resposta, o Velho Louco apenas grunhia, deixando os outros confusos com aquela situação.

— Calma, calminha! Você consegue falar? Se você consegue falar, dá um joinha, se não, dá um joinha pra baixo... — o Cohen tentou falar, só recebendo mais grunhidos

— Ah...

— Você não...

— Eu acho que ele... ele... ele não tem língua. — Jouki explicou, logo depois dos quatro perceberem esse fator. — Eu estava tentando dizer de um jeito mais educado, Cesar-kun.

— Caralho, dá um papel e caneta pro menino.

— Gente, vou esperar ali fora, acho que ele está assustado demais comigo.

— Lógico, você atirou aqui na sala, ele deve ter pensado que você atiraria nele.

— Eu nunca faria algo assim... — respondeu enquanto saia da sala, encostando suas costas na parede do corredor, ao lado da porta.

Sabia que mudaria ainda mais tudo na história se caso tivesse matado o Velho Louco, e era difícil de imaginar o que é que poderia acontecer, nem sabendo como seus amigos reagiriam sobre ele ter matado alguém "inocente".

Mas, ao mesmo tempo... se ele pudesse impedir o caos que o Carniçal causaria...

Acordou de seus pensamentos quando ouviu barulho de grunhidos, andando para frente da porta, trombando com Eric Jour logo depois, conseguindo segurá-lo.

—... O que foi que aconteceu? — perguntou, vendo o japonês passando a mão por seu próprio ombro.

— Encontramos um papel, ai ele quis sair correndo, e me deu uma cotovelada. — Joui explicou.

Se Tudo Fosse DiferenteWhere stories live. Discover now