O Futuro Senhor Veríssimo

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— Gustavo?! — a voz de Cristopher soou de longe.

Ele havia assinado a sua morte, ele ou morreria ou se tornaria uma máscara, ele não conseguiria fugir disso...?

Gustavo Portella tentou secar o mais rápido que pôde suas lágrimas, não contaria a nenhum deles sobre a Seita das Máscaras, não podia...

Ele não havia feito um acordo com o Diabo, mas havia feito com a futura rival dele, e isso o dava ainda mais medo.

— Eu... tenho que me recompor. — se levantou, secando as lágrimas de seu rosto.

O que tinha feito não adiantava mais tentar mudar, ele tinha feito um acordo com as Máscaras, e iria acabar tendo que o seguir...

A única forma de fugir desse acordo, seria se caso ele acabasse morrendo antes da morte do Thiago, mas se fizesse isso, não conseguiria salvá-lo. Droga, era difícil conseguir pensar em algo.

— A Equipe Brasa vai morrer... — sussurrou pra si, respirando fundo. — Eu... tenho que voltar pro hotel logo.

Saindo do posto como se nada tivesse acontecido, conseguiu ver sua equipe, que logo correu em sua direção, parecendo estarem preocupados, provavelmente porque sangue escorria de sua testa.

— O que aconteceu?!

— Nós precisamos adiar o show. — explicou, sendo o mais direto que podia.

— Como? O que aconteceu, Gustavo?

— Acho que uma criatura do sanatório saiu de lá em algum momento, e foi pra floresta. — disse, se sentindo aliviado, já que não era uma mentira em si. — Era uma aranha, ela era bem grande... tem os restos ali ainda, mas uma fugiu, eu não consegui matar, ela correu pra floresta.

— Você quer adiar o show para ter certeza que essa aranha não vá pra lá?

— O que vocês querem fazer se uma dessas coisas matar algum civil? — perguntou, apontando para sua própria cara. — Eu fiquei assim com uma, e aquela coisa bota ovos, se aparecerem mais, não sei se a gente aguenta.

— Você que enfrentou essa criatura, tem algum plano? — Elizabeth perguntou, parecendo analisar o que restava da aranha que já se transformava em gosma.

Ele conseguiria evitar que Cristopher fosse para lá, então?

A melhor coisa seria isso, evitar que o Fritz e o Cohen mais velho se aproximassem das aranhas, apenas para ter a certeza de que nenhum dos dois tivessem o final destinado, mas... A equipe conseguiria aguentar o tranco se caso Cristopher não fosse?

— Eu não sei ainda... Essa coisa não gosta de fogo, mas não é uma boa ideia explodir alguma coisa nesse posto de gasolina ou na floresta, nós só temos que acabar com isso logo, antes que ela coloque mais filhotes e piore a nossa situação.

A granada que tinha seria seu plano B, se qualquer coisa saísse como o planejado, seria mais fácil fazer todos cuidarem de alguma queimadura do que lidar com a morte de todos, mas como saberia que seria a hora certa de usar?

— Galera, tá tudo bem aí?! — a voz de Arthur soou. — O show já vai começar, daqui a pouco, hein!

— Ah, meu deus, a gente precisa... — Joui começou a falar, trocando seu foco de atenção do rosto do mais novo, que ainda estava machucado, pra porta fechada ao seu lado.

— Jojo. — chamou o japonês, tentando atrair a atenção dele, logo se virando para o resto da equipe. —... eu preciso ir falar com o Brulio.

— O Brulio? Você quer enfiar ele nesse negócio?

Se Tudo Fosse DiferenteOù les histoires vivent. Découvrez maintenant