Engoli o seco e acreditei nele. Com as pernas ainda um pouco bambas andei até ele e me sentei ao seu lado. Frank se virou em minha direção.

- Se você terminar comigo agora, saiba que você estará sendo a pessoa mais cruel do mundo Frank Iero. - o deixei sobreaviso para que ele tivesse na consciência o fato de que estaria sendo muito mau... Muito mau mesmo.

- Meu Deus como você pensa besteira. - os braços de Frank me rodearam e ele liberou feromônios de proteção, me envolvendo e tentando me acalmar... - Não vou terminar com você, na verdade, quero é te levar pra cima... Quando vamos voltar a morar juntos de vez?

- Quando você me explicar o que está acontecendo... – murmurei me aconchegando nos braços dele e modelando um bico tremendamente grande em meus lábios.

- Ok... Ok... – ele beijou minha cabeça – Eu... Estou ajudando uma pessoa...

- Ajudando uma pessoa? – fitei seus olhos, estranhando a afirmação.

Ele parecia sério e pensativo. Frank raramente ficava com aquela expressão – Sim... Eu não pretendia ajuda-la, porque ela fez mal a mim e a você... – fiquei ainda mais confuso – Entretanto, depois de saber da história dela... Não consegui evitar...

Me desvencilhei de seus braços e cruzei os meus, olhando fixamente em seus olhos e deixando claro que não estava gostando nada daquela história – Quem é esse ser misterioso?

Um breve silêncio tomou conta da sala até que os lábios de Frank se abrissem revelando enfim de quem se tratava.

- A Chantal. – a resposta dele foi crua e eu fiquei um pouco em choque – Eu sei. Soa esquisito... Mas, a verdade é que ela é doente Gee... Muito doente... Na realidade, para que você entenda melhor, gostaria de te levar onde ela está...

- Você só pode estar ficando maluco Frank Anthony Thomas Iero Junior. - dei ênfase em cada sobrenome dele de modo que ficasse claro o quão sem noção eu achava aquela sugestão.

- Gee... - ele chamou meu nome e pegou minha mão, fazendo carinho no dorso... E claramente tentando me acalmar. Golpe baixo, ele sabia que aquilo me deixava bem mais tranquilo em qualquer que fosse a situação - Ela é muito doente... Muito mesmo... Por favor, vem comigo... Vou estar com você, e vou te proteger... Mas... Só vendo vai entender o que estou falando.

- Frank, ela tentou me matar! – falei sério.

- Eu sei... Eu sei... – ele suspirou – Por isso estava pensando em como te contar isso... – baixou a cabeça – Por mais louco que pareça... Vem comigo... – me fitou nos olhos – Confia em mim...

Fiquei alguns instantes em silêncio...

Sério? A Chantal? A mulher psicótica que tentou me marcar durante a semana de transição? Eu ainda tinha medo de ficar trancado em um banheiro por causa dela... E isso é terrível em restaurantes... Parece que a qualquer momento alguém vai quebrar a porta e tentar me matar...

Olhei para Frank... Ah... Céus... Era o Frank... E eu confiava nele...

Segurei sua mão – Ok... Mas se essa visita não me convencer, sério, vou ficar chateado com você... Essa mulher me causou traumas...!

Ele me puxou e deu um beijo longo em minha testa - Se isso não te convencer, eu vejo o que faço pra me afastar, hum?

Pensei um pouco, e me afastei estendendo o mindinho para ele - Promete?

Ele sorriu para mim entrelaçando o dedo no meu - Prometo emburradinho. - fiz um bico para ele e voltei para seus braços em seguida, me aconchegando ali e sentindo o cheiro gostoso e calmante de Frank.

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