Frank Iero

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Oi gente, faz um tempo, aqui é a Mika <3

Bom, tanto eu quanto a Juh gostamos muito desse capítulo, e enquanto eu o corrigia, ouvia essa música... Achei que combinava com o clima e decidi colocá-la aqui, para quem quiser ouvi-la também. Espero que gostem (se não curtirem trilha, tbm avisem kkkk).

Enfim, boa leitura <3

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David e Mikey estavam comigo, os corredores daquele lugar eram escuros e frios. Talvez um ótimo lugar para um dementador se esconder, e eu até acreditaria na existência deles, se a pessoa que eu fosse encontrar em alguns instantes não fosse pior do que aqueles seres saídos da mente criativa perfeita daquela autora.

Eles tentaram me convencer de todas as formas possíveis a desistir daquilo. Ambos consideravam loucura. Quando pedi para Mikey de alguma forma conseguir aquele encontro, a primeira coisa que ouvi era que eu era, ou estava ficando, maluco.

Mas era preciso. Meu ser, meu alpha interior, só se sentiria satisfeito quando eu olhasse nos olhos daquele maldito e falasse tudo que estava engasgado.

E então, naquela manhã fria de inverno na companhia do irmão de Gerard e do meu irmão, fui até aquele presídio para ver Andrew Dennis Biersack.

A pessoa que permeava os pesadelos e medos de Gerard, que ainda o fazia acordar tremendo e assustado. Precisava olhar naqueles olhos, fora de uma luta, precisava comprovar se o que eu suspeitava era verdade, precisava ver por mim mesmo que aquele homem não era humano.

Sentei diante da divisória de vidro e esperei. Logo um guarda o trouxe, algemado, ele foi sentado na minha frente. Vestia uniforme laranja, seu cabelo se encontrava desgrenhado, mal cuidado, e estava mais magro, mas nada além. Quando me viu, sorriu, como se eu fosse alguém muito interessante de se ver.

Peguei o telefone ao lado e ele fez o mesmo movimento.

- Ora, ora... Frank Iero... Quem diria que eu receberia uma visita tão ilustre. – falava sorrindo, com a voz arrastada em um tom levemente sarcástico.

Tanto David quanto Michael se encontravam do lado de fora, assim como o guarda do lado dele também se retirou. Era uma conversa particular e concentrei todas as minhas forças em manter a mesma face neutra.

- Andrew... - falei seu nome com todo o desprezo que consegui inserir em minha voz - Há quanto tempo.

Ele gargalhou, de forma sarcástica e seca, os olhos azuis penetrantes fixados em mim e a face sempre tão travada e fria.

Era um monstro engaiolado.

- Não seja paternalista Frank, sabemos por que está aqui, queria ver minha miséria, ver se eu estava sofrendo o tanto que você acha que sou digno, mas digo que não... - a gargalhada se tornou um sorriso de canto e mais do que nunca ele me pareceu um animal selvagem prestes a dar o bote, acredito que daria se não fosse aquele vidro.

- Não? Você não parece em seus melhores dias. – eu deveria evitar entrar naquele joguinho escroto, mas também queria saber o motivo de ele estar tão confiante...

Andrew inclinou levemente a cabeça e continuou me fitando, como se eu fosse alguma espécime interessante de se olhar – Você é tão ingênuo... – falou baixinho pelo telefone – Isso é interessante... – estranhamente, ele se acalmou – Nunca parei realmente para te observar... Quer dizer, pra mim, você sempre foi o cara que me deu Gerard de bandeja... – lambeu os lábios e pareceu se deliciar com a lembrança – Sabe? O cara que jogou ele direto nos meus braços... Sendo sincero, eu deveria te agradecer por isso... Mas daí você resolveu notar a burrada que fez, só que agora tem que lidar com a minha presença permanente nele, minha marca é bem maior do que aquela que você deixou em seu pescoço, ela é constante e estará sempre com ele... – e riu.

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