"Droga! Mil vezes droga!" – o masturbou até que ele gozasse em sua mão e então, enquanto ele recuperava o fôlego o empurrou para cama.

- Hora de dormir senhor Iero, porque, eu não vou passar do limite. – e sem olhar para trás, saiu daquele quarto.

Caminhou até o banheiro daquela pequena casa de classe média alta onde o músico vivia em meio a livros, música e bagunça.

- Não passar do limite... Que idiota... – Grard sussurrou para si, sentado na beira da pequena banheira, sabendo que Frank provavelmente dormira na cama.

Já passara do limite... Nem deveria estar ali, para começo de conversa...

Baixou a calça com a mão limpa, não suportaria andar para casa naquele estado. Olhando para a mão suja com o esperma de Frank, lambeu um pouco, sentindo o gosto forte e depois a levou até sua ereção, começando a tocar a si...

- Frankie... – murmurou...".

- Porra, eu tô duro. – exclamei ao perceber a minha situação – Puta merda, eu fiquei duro lendo uma fanfic...

Ok, minha condição era lamentável, contudo, não conseguia deixar de reparar que era exatamente a mesma ordem... Parede... Beijo... Masturbação e por fim, cama...

O despertador tocou alto e irritante. Merda.

"Maldita segunda-feira..." – estava cansado.

E minhas "férias" haviam terminado. Começaríamos a produzir o novo cd hoje... Se Gerard tivesse ficado, o levaria para o estúdio... Algo me dizia que ele gostaria de conhecer onde fazíamos tudo. Suspirei. Merda de pensamentos que não podia controlar.

Sentei na cama, passando a mão em meu rosto e desviando o olhar da carta dobrada ao lado do abajur. Não a pegaria pela milésima vez e a leria. Nem pensar... Não a queria ali, mas, também não conseguia me livrar dela, aquilo era angustiante. A li tantas vezes que já conhecia suas palavras de cor e mesmo assim, não a guardava.

Estava sendo ridículo e sabia disso... Fui ao apartamento de Gerard, mesmo sabendo que ele não estaria lá. Passei horas sentado diante sua porta, tentando de alguma forma, colocar minhas ideias em ordem... Matar a saudade que me consumia... Poderia encontra-lo se quisesse... Contudo, quando alguém deixa tão claro que não quer sua presença na vida dela, que você a machuca, o que, supostamente, você deveria fazer?

Deixa-la em paz, é óbvio.

Muitos que vissem minha situação de fora me julgariam.

"Você deveria ir atrás dele".

"Dê um jeito e o traga de volta imediatamente".

"Como pode deixar um neném lindo daqueles ir embora?".

Porém era algo complicado. Gerard deixara muito claro não apenas pela carta, mas até pelos sentimentos passados pelo vínculo que... Eu o machucava... O magoava da forma mais dolorosa possível, a carta foi apenas a cereja do bolo.

Ainda conseguia sentir o calor do sentimento dele. Era algo profundo, intenso... Não tinha ideia do que fiz para merecer um sentimento tão forte, e ele parecia estar ligado a todos os meus aspectos. Respirei fundo. Levantei e fui para o banheiro, vislumbrando meu reflexo no espelho.

Eu estava um caco. Olheiras de quem não encontrava o sono de forma satisfatória há alguns dias, os cabelos oleosos e com uma aparência de sujo que há muito tempo não via em mim mesmo...

Era o retrato de um homem apaixonado e abandonado.

"Droga".

Lavei o rosto e senti meu membro duro exigir atenção. Aquela fanfic também estava acabando comigo. Eu a lia e só conseguia pensar em quantas oportunidades perdi. Sentei no vaso e visualizei a imagem que me fez ficar daquela forma...

You Are Not AloneWhere stories live. Discover now