98

53.9K 3.6K 1.4K
                                    

Jadylla....

Gosto de ver a forma que ele estremece quando me tem assim, eu sinto que tiro a autoridade que ele impõe antes de me mandar ajoelhar na sua frente e fazer ele gozar. Com um impulso final do quadril ele faz isso.

A sensação de alívio me atinge quando tiro ele de dentro da minha garganta engolindo o líquido grosso, doce e quente sentindo todo o meu coração bater em diversas partes do meu corpo como uma onda de calor infinita...
Limpo o restante com a boca sem me importar se vou me sujar.
Eu já fiz isso muitas vezes, com ele inclusive mas dessa vez foi diferente, a sensação do coração batendo mais forte, do momento em que ele impulsiona e eu sinto o gosto doce descer quente ao engolir, tudo isso me trás um sentimento de controle, controle sobre determinada situação.

Levanto a cabeça olhando pra ele que se inclina e eu me levanto apoiando minhas mãos nos seus joelhos com o coração difícil de parar, difícil de controlar. Dado aproxima seu rosto do meu com a calma de um gato prestes a roubar sua comida, pairando próximo a minha boca eu tenho a sensação de que ele tá roubando todo o meu ar dos pulmões, sem me deixar com nada para alimentar meu sistema respiratório.
Ele para o rosto perto do meu, me olhando com a expressão séria e rígida do homem que ele é, e pela primeira vez eu me sinto a mulher mais foda do mundo, não envergonhada como sempre fico quando ele me olha por muito tempo.
Perto, centímetros mínimos da minha boca, ele suspira quente, avançando ainda mais e deslizando a língua pelos meus lábios com malícia, lentamente ele lambe seu próprio gozo que ficou nos meus lábios após o ato, de baixo pra cima. Isso faz meu coração pular mais forte.

Eu passo a respirar mais ofegante, mais dificulta e impotente. Suas mãos grandes tocam os meus dedos segurando firme meus pulsos apoiados na sua perna, me mentendo no lugar, e os olhos verdes me analisam mais de perto como um gavião do alto esperando algum outro outro animal morrer na seca do deserto só pra comer ou observar os urubus comerem

Tento controlar tudo isso que estou sentindo encarando seus olhos, mas de repente todo o poder que eu tava sentindo não vem mais de mim, e sim dele que agora faz o olhar que me descontra inteira. Primeiro no direito passando pro segundo, meu corpo esfria embora eu ainda sinta meu coração acelerado dentro do peito e ele repete o que ele fez, mas ele não lambe ele apenas chega o perto o bastante e sorri, não so percebo pela voz como eu sinto a respiração em tom de risadinha e ele faz de novo.

Eu suspiro o ar que nem sabia que estava prendendo no momento.
Engolindo a saliva que desce grossa e ele ainda me observa com bastante atenção dessa vez, desfazendo o sorriso de dentes e me olhando como nunca antes, meu coração não para, a cada coisa ele bate mais e mais forte, a pancada é tão forte que parece que ele está com uma vontade avassaladora de sair pra poder respirar.
Eu inspiro fundo abaixando a cabeça sem conseguir suportar esse misto de emoções com sentimentos.

Uma de suas mãos deixam meu pulso e os dedos tocam meu queixo me fazendo erguer a cabeça na sua direção me fazendo encarar seus olhos novamente, olhando seu rosto eu puxo o ar mais uma vez.

Dado: Olha pra mim - A voz rouca porém bem entonada entra nos meus ouvidos mandando uma onda de arrepio por todo o meu corpo. - Eu preciso que você olhe nos meus olhos e não desvie - A autoridade da sua voz, a expressão enrijecida predominante como de quem nasceu pra ser o comando e não comandado. Minha mão tá suando.

Eu tô nervosa? Sim eu tô muito nervosa.
Eu não estou entendendo o porta eu tô sentindo esse tanto de coisa nesse momento.

Eu: Você tá me deixa nervosa.

Ele faz mais força no meu queixo erguendo ainda mais minha cabeça pra cima olhando do direito pro esquerdo mais uma fodida vez e sorri pra mim.

Ele solta me levantando e me virando de costas puxando pro seu colo me abraçando por trás. Seu braço esquerdo me enlaça pela frente e ele toca a tatuagem.

Dado: Gostosinha tatuada - Dou risada - Fez isso aqui pensando em mim? - a voz sussurrada e o toque leve do seu dedo maior contornando a tatuagem me tiram um arrepio da cabeça as pés.

Eu: Fiz, eu me lembrei de você na hora - Falo com meus olhos fechados e ele respira fundo, seu peito crescendo e descendo nas minhas costas. O carinho da sua boca sobe pra minha orelha, a respiração quente quando ele fala

Dado: Eu posso fazer uma que me lembre você também? Preciso da sua autorização - a pergunta vem baixa, eu quase não entendo mas me esforço.

Eu: Pode - Falo baixinho sentindo a pressão que seus braços me apertam me incentivando a continuar com meus olhos fechados sentindo e reagindo aos carinhos que ele tá fazendo da minha orelha pra minha bochecha com os lábios. Ele afunda a cabeça no meu cabelo aspirando meu cheiro...

Dado: Vou fazer então - Ele fala contra minha cabeça e respira fundo fazendo uma pausa silenciosa demais mas a sua voz rouca soa novamente acima da minha cabeça, indicando que talvez ele esteja olhando pra frente.

-

Na porta de casa, depois de me despedir do dado que foi embora eu escuto a voz da Natiele falando no telefone.

Natiele: Eu tava com você quando aconteceu por acaso? ... Exatamente, eu não tava com você e o dinheiro daquilo que você mandou o relíquia me entregar eu te dei todo.... Você vendeu a metade comigo, e a mercadoria é sua então... Tchau, eu tenho que trabalhar.

Franzo as sobrancelhas e ela me olha.

Natiele: Oi gostosa.

Eu: Natiele com que você e o Relíquia tá mexendo?

Natiele: Eu precisava pagar a conta do mês passado que tava atrasada e peguei umas coisa pra vender, mas já tá resolvido.

Eu: foi esse cara que cê tá saindo que te deu? Aliás quem é ele que você não me conta?

Natiele: Na hora certa você vai saber, o que ninguém sabe ninguém estraga - o celular dela toca de novo e quando ela abaixa a mão antes de desligar eu vejo o nome do Pêu na tela.

Eu: Eu sei que você tá com ele a um mês e tal, mas tem certeza que ele confiável? - pergunto.

Natiele: Ele é lá da VK e conhece o seu - Aponta pra mim.

Eu: Ele conhece o dado?

Natiele: Conhece - ela fala saindo.

Eu: Foi ele que deu isso pra vocês?.

Natiele: Já tá resolvido Jadylla, esquece foi só pra pagar uma conta eu não vou mexer mais com isso - ela fala saindo e quase leva a porta no ombro - Caralho, meu silicone - dou risada - Toma banho hein, tá com cheiro de sexo.

Eu: Mas tá com gente que mexe.

Natiele: Tá falando do que? Voce também - Para na porta me olhando

Eu: O dado você conhece, amiga eu tô falando sério eu me preocupo contigo.

Natiele: Eu sei meu amor e eu também te amo mas tá tudo bem, foi só uma vez... Sirvo pra isso não.

Euv - Era Uma Vez... Onde as histórias ganham vida. Descobre agora