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Jadylla...

Cheguei e tô morrendo de vergonha, apesar de ter conversando um monte com a madrasta do Dado eu ainda tô meio .... Tímida. Ainda mais com a presença do pai dele ali.

Soube que o nome dele é Guilherme por causa do pai, tinha achado até bonitinho mas desde que o pai dele apareceu na sala que Dado tá mais sério que nunca, com uma marra que se eu não olhasse pro pai dele sentado na mesa olhando pro nada eu não iria saber de onde vem.

Me ajeito no colo dele jogando meu cabelo pra trás e respiro fundo. Ele me olha com isso e eu olho pra ele.

Dado: Tudo bem? - confirmo sentindo sua mão na minha perna.

Eu: Só um pouquinho nervosa mas tá tudo bem - falo olhando pro meu decote no peito ajeitando a abertura.

Dado: Depois passa - ele estica o braço tatuado tirando da minha cintura ajeitando o relógio prata adornando seu pulso. Passo o olhar leve pelas suas tatuagens do braço e foco na serpente que começa no antebraço contornando e subindo pela manga da camisa que tá cobrindo. O restante das tatuagens são aleatórias, só pra fechar o braço. Mas a serpente é tão bonita que ganha destaque. Além da mão e os dedos tatuados.

Ele limpa a garganta e me olha sério.

Eu: Você tá bem? - Ele tira as costas do sofá me olhando, eu reprimo os lábios vendo ele sorrir.

Dado: Tô, bonequinha - Fala baixinho me fazendo sorrir e tocar seu rosto aproximando minha boca da sua em um selinho rápido.

Eu: Não me deixa envergonhada - falo baixo e ele me dá mais um selinho - Vou ver se sua vó quer ajuda na cozinha - Ele confirma e eu deixo minha bolsa no braço do sofá saindo da sua perna, ajeito meu short indo pra cozinha vendo a vó dele lá - Quer ajuda dona Regina? - Pergunto enrolando meu cabelo e jogando pra trás.

A mulher me olha tirando um papel alumínio de cima de uma bandeija.

Regina: Coloca lá na mesa pra mim por favor. - Ela aponta pra bandeija.

Eu: Tá - entro na cozinha - é só essa?

Regina: Sim, só essa - Pego a bandeija - obrigada.

Eu: Imagina - Falo saindo e com a bandeija de alumínio morna nas minhas mãos, parece ser batatas fritas no forno, deixo sobre a mesa e a voz do pai dele e surge pela sala.

Gui: Tá bem Dado? - olho pro mesmo sentado no sofá com os braços cruzados trazendo o olhar sério pro pai dele.

Dado: Melhor impossível - Os dois se olham da mesma forma de quando se viram.

Não sei a história por trás de tanto clima pesado mas tá longe de ser uma das melhores, eu prefiro não me envolver.

Gui: Na segunda eu tô voltando pra cadeia e soube que você vai viajar - Me afasto da mesa e a vó dele vem pra sala, eu volto pro sofá me sentando do lado dele que continua olhando pro seu pai, enquanto seu pai olha pra ele - Eu achei que você não vinha já que tô aqui há 7 dias e tu só me viu duas vezes.

Dado: Tava ocupado - O pai dele rir enquanto os dois se olha.

Gui: Eu imagino.

Regina: Por favor, hoje não - ela entra na sala deixando mais uma travessa de vidro sobre a mesa - Que os dois não comece hoje a querer brigar e tirar satisfação.

Dado: Da minha parte não vai ter - Ele olha as horas no relógio. A Lua volta se sentando do meu lado.

Lua: Não estranhe a falta de dialogo entre os dois Guilhermes, eles sempre brigam em coisas assim. - Fala cruzando as pernas e mexendo no cabelo.

Euv - Era Uma Vez... Onde as histórias ganham vida. Descobre agora