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Dado...

Eu: Nada ainda? - Paro a moto descendo sentindo o ferro na cintura e Brunão me encara negando com a cabeça e um baseado preso entre os dedos.

Com a falta do Lobo eu botei nas mãos dele por enquanto, ele é quem conhece os policial que que aceita ser comprado também. Foi minha única saída.

Brunão: Nada, a única coisa que chegou daqueles pela saco foi que só vai ser liberada amanhã, depois que eles receber pela liberação.

Dou uma risada amarga.

Eu: Toda vez é a mesma historinha - gesticulo com a mão próximo a orelha, entrando dentro da boca.
Por enquanto eu tô suave mas quando eu ficar puto aquele merda vai entender por que é que eu tô de frente dessa porra ainda. Tá querendo me tirar a molequinho já... A sorte dele é que hoje tá programado a resenha e eu não quero me estressar com carga que eu só vou entregar ao destinatário na semana que vem... Mas isso não anula o trabalho que os irmãos teve em ir buscar na fronteira pra esse safado prender e cobrar pra liberar.
Vacilão.

Lobo foi detido e muito provavelmente só vai sair amanhã também... Eu tô estressado pra caralho esses últimos dias, sem a menor condição de lidar com a chegada do meu pai amanhã.
Respiro fundo passando pelos vapor tudo armado e empurro a porta entrando só pra pegar um prensado e sair guardando o saquinho no bolso.

Brunão: Vou agilizar pra tu isso aí Dado, garantir que chegue logo pela manhã no primeiro horário. - Abro a mão fazendo um toque com ele.

Eu: Faz que eu te fortaleço do melhor jeito depois. - olho nos seus olhos e ele não desvia me encarando - Resolve e eu te devo uma. - Diminuo os olhos mantendo a atenção nele que assente me passando a confirmação mesmo e eu solto sua mão batendo de leve no seu ombro.

Brunão: Fechou então. - ele fala soprando a fumaça e eu subo na moto novamente saindo de lá sem ninguém me seguindo mais , tinha dado o papo de que não gosto de contenção nenhuma atrás de mim. Quando eu tô dentro da minha casa, o patrão sou eu, quem que vai tentar contra? E eu gosto de liberdade pô, já não basta tá preso no morro tem que tá sendo seguido pra cima e pra baixo. Curto esse bagulho não.

Uma semana já, tá tudo quase resolvido e eu tô em paz... Só estressado.

Ergui minha parada sozinho, fui comendo pelos cantos por necessidade, e enquanto alguns tão comprando seus castelos o meu eu construir tijolo por tijolo, novinho, sem ápoio nenhum. Eu só tinha eu. Com o tempo é que as mãos foram surgindo e eu por não ter ninguém fui dando assistência as moleque que hoje fecha comigo, eles me deve a lealdade deles, não peço a vida... Eu só quero poder confiar neles da mesma maneira que eu confio no Vasques.

Olho pra trás antes de virar na esquina e me ajeito na moto indo pra casa, chegando lá avisto uma biz rosa e minha irmã escalando o portão pra poder entrar.
Encosto a moto atrás da dela e ela se vira me olhando por cima do ombro, sorrindo.

Lua: Oie - fala pendurada nas grades do portão - eu esqueci meu carregador.

Ela dormiu aqui comigo ontem, a gente pediu comida, assistiu filme junto e foi melhor que sumir com mulher por aí. Minha irmã é a parte de mim que eu mais me preocupo em cuidar, mesmo quando eu tava longe eu ficava de olho nela o tempo todo.

Eu: E decidiu se pendurar no meu portão feito um macaquinho? - desligo a moto descendo e ela vira o rosto pro outro lado.

Lua: Não Tenho a chave, e não abre agora espera eu descer primeiro. - Tiro a chave do bolso e coloco no portão abrindo escutando ela gritar me fazendo rir. - Guilherme se eu cair você vai pagar os remédios e me levar pro hospital, eu vou quebrar algum osso, eu nem comi hoje sabia? Tô fraquinha, DADO PELO AMOR DE DEUS!!

Euv - Era Uma Vez... Onde as histórias ganham vida. Descobre agora