Jadylla...
Relíquia: Tá fedendo hein? - jogo a cabeça pra trás rindo.
Eu: Ridículo - empurro seu braço e ele rir.
Relíquia: Tô brincando, tá cheirosa. Teu cabelo que tá na verdade. - Ele apoia os cotovelos no tanque da sua moto olhando pra mim.
Eu: Lavei hoje. Vai trabalhar a noite toda? - Olho pro lado notando a casa do Vasques com os amigos dele e a voz do Relíquia me chama a atenção de novo.
Relíquia: Até de manhã - ele olha pra trás - tô fazendo um serviço pra um cara, por isso manda a Natiele me entregar o dinheiro na semana que vem sem falta, se não eu morro de verdade agora.
Eu: Por que se meteu com outra pessoa? Não era o Mars que dava pra você vender? - pergunto baixo olhando nos seus olhos e ele respira fundo.
Relíquia: É complicado, princesa. Eu ainda pego do Mars mas com ele é só maconha, eu tô experimentando outra parada. - franzo as sobrancelhas.
Eu: Ronan... - Falo o nome dele que sorri me olhando - Isso é ambição cara.
Relíquia: Não, é mudança - ele olha pra frente batendo o anel no seu dedo no metal do tanque fazendo um barulhinho - Maconha hoje em dia tu acha em qualquer lugar de diversos preços - eu olho pro saco nas minhas mãos.
Eu: Isso aqui é só maconha? - ele me olha.
Relíquia: Só entrega pra Natiele - ele se levanta tirando o tripé do chão.
Eu: Mano, em que vocês dois tão se metendo? - Pergunto me preocupando enquanto olho pra ele - Você dois.
Relíquia: Depois eu converso contigo, só entrega pra ela - ele se inclina beijando minha testa e liga a moto saindo de lá me deixando pra trás... Ele passa pelo grupinho na frente da casa do Vasques, um cara fala alguma coisa com ele e ele buzina gritando - vou fazer um corre e já encosto.
Eu parada com isso dele tá envolvido com outra coisa em duas semanas que saiu do hospital roda minha cabeça como um vendaval enquanto eu olho ele virar a esquina sumindo dali.
Como uma pessoa em 2 semanas já tá tão envolvido quanto antes com venda de droga? Pelo amor de Deus.
Eu respiro fundo e volto pro salão sentindo muita coisa. É tantas que eu nem sei destinguir qual tá mandando no momento.
Me aproximo de lá e o Alê tá com a mochila dele nas costas pra ir embora, minha mãe e Natiele tá ali também eu me aproximo entregando nas mãos dela olhando no seu rosto. Eu não preciso dizer e nem pensar muito pra saber que ela e ele tão aprontando junto, pelo tanto de coisa que tem aí dentro ela sabe também que eu sei que ela não tá só usando.
Natiele: Relíquia que entregou?. - Ela pega da minha mão olhando o saco preto bem embalado.
Eu: É. - Falo baixo e Alê começa a se despedir - Tchau. - troco beijo no rosto com ele.
Ele faz um toque com a Natiele puxando pra um beijo no rosto. E faz o mesmo com minha mãe indo embora.
Léia: Tava falando com ele, o Jorge. Eu vou ter que mudar por que fica complicado sair e deixar o salão sozinho aí né? Acontecer alguma coisa quando a gente chegar vai ser tarde demais.
Eu: A senhora faz o que achar melhor - Falo enrolando meu cabelo caminhando com as duas.
Natiele: Pois é tia, foi como eu falei pra senhora, pra não deixar sua casa fechada a senhora aluga também, vai ganhar dinheiro com o aluguel, paga seu aluguel e lucra ainda mais com o salão quem sabe um dia a senhora não compre a casa na mão do Jorge?
Leia: Ele vai cobrar muito caro, no mínimo uns 30mil por causa da laje.
Natirle: Pra tudo na vida tem jeito.
Eu: É, menos pra morte - mando uma indireta pra ela que me olha de cara feia.
Léia: Vou ver - ajeito a bolsa no ombro e a gente vai se aproximando do furdunçinho que começou ali na casa do Vasques do nada. Plena quinta-feira.
Natirle: Bando de vagabundo, trabalha mais não Vasques? - ela grita chamando a atenção de uns três e eu dou risada sendo tapada pelo corpo dela. - Trabalha mais não?
Vasques: Coé ruiva! - Dou um passo pra trás afim de ver ele e eu vejo... O problema é que meu coração acelera de repente quando eu desvio mãos um pouco pro lado e eu vejo ele. Encostado no carro vermelho com um copo na mão olhando diretamente pra mim.
Ele voltou?
Sinto o ar sair sem eu ao menos perceber mas Natiele percebe e me olha no mesmo instante que ela percebe minha mudança, minha mudança interna só eu sei mas a externa eu tenho certeza que meu rosto por si tá falando praticamente sozinho.
Ele tá ali. Olhando pra mim com aquele olhar que me consome.
Léia: Vamo - Suspiro e olho pra minha mãe que tá olhando pra lá com as sobrancelhas franzidas. Novamente eu olho e ele se mexe negando com a cabeça quando a menina do seu lado pergunta algo na sua orelha.
Eu: Caralho - apresso meus passos sem saber o que fazer, na minha cabeça só tem um letreiro me mandando correr, eu tô nervosa.
Natiele continua conversando com o Vasques.
Me aproximo da minha mãe que me olha e eu sinto meu coração batendo em tudo que é canto.
Léia: Você preste atenção nas coisas Jadylla - Passo a mão na testa sem acreditar olhando por cima do ombro me assustando quando meu celular vibra no bolso. Sabendo que é ele eu pego o aparelho no meu bolso traseiro vendo o nome dele na barrinha de notificação.
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Dado: Preciso conversar contigo.
Dado: Não precisa ser hoje.Eu deixo pra responder depois e olho pra minha mãe.
Eu: Eu sei. - ela me dar um olhar severo e a Natiele alcança a gente.
Natiele: Confesso, não esperava.
Eu: A, e eu? - encaro ela que rir - Aí Natiele.
Natiele: Achei que os dois já tavam de boa - Realmente, mas é diferente.
Eu: É Diferente.. - É muito diferente.
Eu prefiro ficar calada e quando eu chego em casa eu entro na conversa de novo. Depois de: Tomar um banho, pensar no quanto ele faz meu coração disparar desse jeito e que apesar de já está tudo totalmente resolvido ver ele pessoalmente mexe com tudo em mim. Essa é a parte complicada.
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Eu: Tudo bem.
Eu: Amanhã?Ele demora uns segundos pra responder mas logo a mensagem chega.
Dado: Tranquilo.
Dado: Boa noite.Eu: Boa noite.
ESTÁ A LER
Euv - Era Uma Vez...
Teen FictionNa mente evoluida domina a razão. Mas nesse cobertor o lucro não vem na mão Então eu vou, pra cima!