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Jadylla...

Natiele: Eu vou fumar um e já vou descer pra casa também - me dá um selinho - Cuida desse olho, eu pegar aquela vagabunda da Raissa eu boto os dela pra fora - dou risada - pode mecher comigo o quanto quiser mas se mexer no meu filhote eu viro a leoa

Eu: Também te amo mamãe - Ela sorri passando o nariz pelo meu.

Natiele: vai dá pra esquecer os problemas - dou risada e Mars fica olhando pra ela de lá. Vasques passa a mão no cabelo platinado olhando pra cima.

E eu entro no carro do Dado que olha pro celular segurando em uma mão e a outra no volante.
Decidir ir embora com ele, já tamo na chuva então bora se molhar de uma vez.

Passo as mãos no cabelo prendendo e ele coloca a cara pra fora da janela falando com o amigo dele. Natiele tá com os braços cruzados me olhando e eu levanto o polegar pra ela falando que tá tudo bem. Ela faz um gesto obsceno e Mars puxa ela falando alguma coisa na sua orelha, ela faz cara feia olhando pra ele por cima do ombro e se afasta fazendo ele rir fazendo o dente de ouro reluzir a luz do poste

Mars: Tu não vai subir naquela porra pra brigar não.

Natiele: Depois tu me mostra quem é Vasques, vou dá um coça na puta que botou pilha pra aquela dinossauro da Raissa bater na Jade, em amiga minha ninguém mexe, ainda a Jadylla que não mata nem mosca, eu compro o barulho mesmo - Ela fala prendendo o cabelo.

Vasques: Pode bater, falou mano - ele faz um toque com Dado e olha pra mim sorrindo - Tchau Pincher.

Sorrio pra ele que rir saindo de dentro do carro depois de bater a mão na minha, Até hoje de manhã eu nem sabia o apelido dele e agora já tá assim.
Mars balança a cabeça pro Dado e a Natiele levanta uma sobrancelha pra ele que fica calado ligando o carro saindo dali, olho pra trás vendo a contenção dele seguindo atrás e me viro pra frente olhando sua mão deixando o celular no painel do carro... Ele me olha todo sério e posturado me fazendo olhar pro lado.

Dado: Sua casa ou a minha? - ele tira um braço do volante batendo na perna dele.

Eu: Por que você gosta tanto de me colocar no seu colo? - Levanto de vagar e viro sentando na sua perna, ele me olha sorrindo com a carinha de tarado.

Dado: Gosto do seu peso - abaixa a cabeça me dando um selinho - teu cheiro também é foda.

Eu: Perfume baratinho.

Dado: Pode até ser mas em tu combina demais Pocahontas - Sorrio envergonhada e ele olha pra frente passando o braço pela minha cintura.

Isso tá indo muito rápido, mas vai ser só esse final de semana... Conheci ele ontem e tô maluca pela forma que ele tá me tratando. Eu gosto quando o cara é assim... Só que não pode ser mais que isso. Ele é um traficante, muito provavelmente conhecido e cobiçado por todo mundo. O que ele vai querer com uma pessoa de 19 anos que parece mais uma criança?
Abro minha bolsa pegando meu celular e olho meu rosto aranhado, ele olha pra trás girando o volante e eu acompanho olhando as duas moto virando a esquina seguindo a gente.

Eu: Vai me levar pra onde? - ele fica calado por alguns segundos e respira fundo.

Dado: VK, tenho uma parada pra resolver mas quero ficar contigo hoje ainda - fala sem me olhar e eu fico calada. - Nem tudo é flores...

Eu: E nem eu acho que é - Falo sentindo meu olho ardendo e pisco abanando a mão no rosto.

Ele tira a mão da minha cintura e troca a mão do volante se inclinando pra frente alcançando o celular dele com a direita, ele desbloqueia mexendo enquanto olha pra frente também e franze as sobrancelhas feitas.

Dado: Nem fodendo - Ele faz tcs jogando o celular no painel e se encosta respirando fundo.

Se eu tivesse mais intimidade eu perguntaria por que ele tá assim mas é melhor fica quieta.
O carro vai diminuindo a velocidade e uma das motos vem acompanhando pela janela do volante o vidro abaixa e o cara albino que tá na garupa olha pra cá.

Dado: Segue na frente e ver quem é o maluco que chegou lá, se for Lobo, avisa que eu já chego.

Xx: Tranquilo - fala ajeitando o fuzil e o cara no volante acelera indo na frente. Ele se ajeita no banco e atrás tem só mais uma moto seguindo a gente...

O caminho é em silêncio, ele dirige e eu vou Quietinha no colo dele olhando pra frente, eu devo tá me mentendo em algo muito grande mas tô só me fazendo de doida, só pra ver onde vai dar e de acordo com meus cálculos tem tudo pra dar merda.

Uns minutos depois ele entra por um lugar que eu não conheço mas também não pergunto e para em uma casa vermelha, essa tem dois andares. Na garagem da frente da pra ver um carro velho estacionado lá dentro e tudo fechado.
Ele desliga o carro tirando as mãos do volante colocando nas minhas pernas..

Dado: Me espera aí.

Eu: quem mora aí? - Viro o rosto olhando pro seu que me encara sério

Dado: Eu...

Eu: E eu vou ficar sozinha aqui esperando você? - ele vira minhas pernas pra frente juntando meus joelhos com as mãos nas minhas coxas e eu olho pela janela vendo a casa fechada.

Dado: Eu já volto pra ficar contigo, Tô com uma parada pra resolver... Na rua de baixo.

E é agora que eu começo a me questionar... Eu só conheço ele a um dia e isso não tá certo, tá rápido demais ou ele só quer sexo comigo mesmo por isso tá sendo bonzinho demais, não tem motivo pra um cara como ele confiar em uma pessoa que ele conheceu a um dia pra deixar na casa dele, não faz sentido nenhum pra mim.

Mas eu confirmo e ele abre a porta, eu desço passando a alça da minha bolsa no ombro e o vento da noite bate na minha nuca jogando alguns fios pra frente do meu rosto, ele desce travando o carro e nas mesmas chaves ele procura a do portão abrindo.

Eu: Não tem cachorro aqui não né?

Dado: Só eu pô, mas só mordo se você pedir - Meu rosto queima de vergonha por que os dois carinha da moto tão perto e provavelmente escutou e eu olho pro lado - Entra aí.

Ele empurra o portão, eu entro com ele olhando pro carro velho deixado na garagem, mas apesar disso tá tudo limpo e ele me puxa pra escada na lateral da casa, eu olho pra cima e vejo a porta de cima, a casa de baixo tá fechada. Sinto sua mão na minha e saio andando seguindo ele segurando a bolsa na frente do corpo enquanto subo as escadas. Quando ele abre a porta eu me viro pra ele que chega perto me dando um beijo molhadindo.

Dado: Espera aí - confirmo com a cabeça e ele deixa a porta aberta saindo, quando ele vai embora e eu respiro fundo.

Pego meu celular chamando um Uber, mancada? Talvez... Mas eu acho melhor eu ir pra minha casa mesmo e parar com isso. Uma vez tá bom, foi ótimo, maravilhoso mas eu não tô pronta pra me meter furada.

Euv - Era Uma Vez... Onde as histórias ganham vida. Descobre agora