Euv - Era Uma Vez...

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Jadylla....

Eu: Dado - ele me olha dirigindo - O que foi? - Pergunto preocupada olhando pra trás vendo os meninos na moto.

Dado: O que foi o que? - Aponto pra trás e olho pra ele - Eu tô desarmado só Jadylla. Esqueci na cama e o Alba mandou a contenção

Eu fico calada olhando desconfiada enquanto ele dirige e olho pra trás de novo vendo eles acompanhando.
Ele continua dirigindo e eu me encosto no banco olhando pra frente até ele entrar em Bonsucesso.

Informo ele onde é minha casa e ele entra uma rua antes da casa da Natiele parando do outro lado, bem em enfrente, passo as mãos no meu cabelo molhado vendo a porta fechada.
Olho pra ele que ajeita a camisa no ombro olhando pro lado e ele me olha.

Dado: Vem se despedir que amanhã eu não vou poder te ver - levanto do banco e passo pro colo dele que beija meu rosto.

Eu: Eu achei que tava acontecendo alguma coisa - Falo baixo colocando meu cabelo molhado atrás da orelha me ajeitando no seu colo.

Dado: Não - ele ajeita o relógio respirando fundo - Ia acontecer o que?

Eu: Você não tem problema com ninguém?

Dado: Não, eles que tem problema comigo - encaro seu rosto - e ele passa a mão na boca tirando o olhar da janela e olhando pra mim. - Amanhã eu vou arrumar um celular pra falar contigo, tem um radinho aí aliás, se quiser.

Eu: Você tem um também? - olho pra ele que se inclina colocando a mão na minha perna e abre o porta luvas metendo a mão lá dentro e pegando uma caixa, olho direito vendo que é de radinho e ele se encosta de novo apoiando na minha perna pra abrir.

Tira dois rádio de frequência de dentro junto com as baterias ligando os dois.

Eu: Funciona? - Ele aperta o botão vermelho do lado da antena

Dado: Pega - A voz dele sai no outro e eu olho pra ele sorrindo fazendo ele me olhar 

Eu: Vai até que frequência? - pego da sua mão olhando o radinho de pilha com uma antena

Dado: Longe - Fala desligando o da minha mão. - Amanhã eu pego um celular, hoje quando eu voltar pra casa ainda.

Eu: Não vai ficar me mandando mensagem de madrugada não né?

Dado: Vou tá dormindo com outra - reviro os olhos.

Confesso que eu não conhecia esse lado do Dado que eu conheci hoje, e eu amei... Ver ele assim fora da pose dele de chefão, longe desse mundo que ele monitora como gavião o dia inteiro.
Além de me deixar avontade pra ser eu, sem vergonha dele ficar me encarando. Acho que o fato da vida dele ser corrida ele não tem tempo pra perder sendo um imbecil como maioria dos caras assim, e ele é bem mais experiente com a vida e tudo. Ele tem a maturidade ideal. Bem diferente dos moleque que eu já fiquei na vida e é isso que tá me.... Prendendo aos pouquinhos, a mentira que ele me trata, o jeito que ele me olha, tudo.

Minha menina.
Eu deveria me sentir ofendida por isso.

Eu: Eu tenho que ir - olho pra ele dando um selinho no mesmo, quando ela tenta me beijar de verdade eu recuo abrindo a porta do lado dele saindo, ele não me impede e eu volto colocando a mão na minha bunda cobrindo quando me inclino beijando ele mais uma vez pegando minha bolsa. - Tchau.

Dado: Tchau - Me olha com a carinha de safado e eu fecho a porta escutando ele rir lá dentro.

Eu passo pela frente do carro olhando pra ele e olho prós meninos na moto dando tchau, o do reflexo balança a cabeça e o outro sorri pra mim.
É quase 2h da manhã eu acho, minha mãe já tá dormindo e eu fico ali procurando as chaves quando eu acho abrindo a porta eu escuto o carro ligando e quando eu entro escuto ele saindo dali com a moto seguindo atrás. Entro em casa fechando tudo e vou pro meu quarto sentindo o chão nos meus pés descalços só enfim percebendo que eu esqueci meu salto no carro dele.