Euv - Era Uma Vez...

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Jadylla...

Vou descendo a rua segurando na mão da Natiele e a gente chega no ponto do mototaxi, no caminho eu vou mandando mensagem pro cara que eu achei um lugar pra fazer o salão da minha mãe, ele me pediu 20 mil pelo lugar, é um espaço que tava sendo reformado pra ser uma loja mas aí parece que ele desistiu e colocou pra vender pois vai se mudar, eu acho melhor comprar um espaço do que alugar... Eu não confio em gente aqui de Bonsucesso não são tudo uns pilantra de carteirinha. Com um mês de uso se o negócio bombar eles vai lá e aumenta o aluguel.

Confirmo que já tô indo vendo chegar outra mensagem pelo mesmo número de ontem... E franzo as sobrancelhas ignorando mais uma vez bloqueando meu celular.
Olho pro retrovisor da moto pegando o carinha me olhando e sorrio pra ele que balança a cabeça olhando pra frente novamente.
Me viro pra trás e o amigo dele vem acompanhando atrás com a Natiele.

A moto dobra a esquina chegando rapidinho, dava pra vim a pé, mas Natiele é preguiçosa.

Depois de pagar e eles ir embora eu olho pra dentro de uma obra sem terminar, sendo fechado com taboas. Fica entre uma lojinha de variedades e uma casa com piso daqueles marrom nos muros.

Natiele: Será que é grande? - Um portãozinho se abre e de lá sai um cara moreno queimado de sol com uma tatuagem em um dos braços vestindo a camisa.

Eu: Jorge!? - aponto pra ele que confirma - Sou a Jadylla, vim olhar o - aponto pro lugar - tem como eu da uma olhada no espaço por dentro.

Jorge: Tem pô - ele fala entrando lá dentro de novo chega aí.

Sigo atrás dele entrando pelo portão pequeno e ele abre uma portinha bem do lado ali na parede, mais a frente tem uma escada e da lá pra cima provavelmente pra casa dele e eu sigo ele passando pela portinha pequena que dá acesso ao espaço que é grande até.

Jorge: Já tá todo rebocado, e com afiação - confirmo olhando ao redor - por isso o preço.

Natiele: Isso aqui ia ser o que?

Jorge: Então, ia ser um mercadinho, mas eu vou me mudar logo e não ia poder deixar aqui, eu moro nessa casa aí com piso no muro.

Natiele: você é dono das casas? - ele confirma... Eu fico olhando o lugar - gostou Jade?

Eu: Você não?

Natiele: Tia Léia provavelmente vai te chamar de doida mas ela vai gostar também.

Jorge: O espaço é bom, aqui é bem movimentado, dependendo do que vocês forem transformar é um ponto bem forte assim.

Natiele: 20mil também né, tem que lucrar pra cobrir o valor que vai sair do bolso - ele confirma olhando pra ela - ninguém aqui é herdeiro de ninguém.

Eu: Eu gostei - Ele me olha coçando o braço e sorri pra mim.

Jorge: Eu posso incluir o restante da reform, terminar de cobrir o teto - ele fala apontando e eu olho pra cima - aí o resto é com você... Aliás quantos anos você tem? - franze as sobrancelhas?

Eu: 19.

Jorge: Você é a Jadylla?

Eu: Sim eu mesma, igual a foto - ele rir.

Jorge: Pensei que cê era menor, desculpa.

Eu: só parece mesmo - Falo rindo.

Fico por ali conversando com ele por mais alguns minutos e depois vou embora andando com a Natiele com o número pessoal dele pra gente ir se falando. Eu tô mais animada que minha mãe que vai receber, o dinheiro da reforma eu vou tirar do meu rim mas vou fazer acontecer por ela.
Eu tenho acho que uns 40mil já guardado, tudo de 3 anos pra cá, barra conseguir cada sentavo, 20 mil é o lugar e mais 20 pra reforma? Vai dar certo sim se Deus quiser e Deus quer.