Euv - Era Uma Vez...

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Jadylla...

O dia amanhece e eu acordo com meu celular alarmando como um doido. Eu observo aquele quarto estranho e como uma pancada de onda contra as pedras do mar eu me lembro onde eu tô. Olho pro lado vendo ele com os olhos fechados dormindo...

Eu me sento depois de me dá conta da merda de ir confiando em Deus e desço da cama bem rápido indo atrás do remédio que tá dentro da bolsa, acho ela pendurada junto com um boné azul dele e abro tirando o penúltimo da cartela, tomo sem água e pego minha escova de dentes aproveitando que já tô em pé e vou no banheiro escovar meus dentes.
Quando eu saio com o rosto lavado e ele tá parado na porta do quarto passando a mão pelo pescoço tatuado segurando o celular nas mãos.

Observo a carinha amassada de sono e desço o olhar pela sua barriga com uma tatuagem na costela, uma carta de baralho com um palhaço no centro. Eu nunca parei pra analisar suas tatuagens mas eu sabia que aquilo se tratava de matar polícia, ou algo assim.

Me aproximo dele que me olha.

Dado: Bom dia.

Eu: Bom dia - falo baixo me inclinando pra dar um selinho na boca dele olhando sua expressão séria.

Ele respira fundo colocando o celular no braço do sofá.

Dado: Se ajeita que eu vou te deixar em casa, tenho que resolver uma coisa...

Eu: Vai resolver agora? - Já dentro do quarto eu me viro e ele me olha cruzando os braços.

Dado: Você não vai pro show hoje?

Eu: É, mas não é agora né Dado? É só a noite - ele me lança aquele olhar que faz eu me sentir nua completamente e eu desvio pro movimento do meu dedo passando pelo pente da minha escova de dentes.

Dado: Vai me esperar aí então? - Levanto o olhar pra ele - É rápido Jade, vou lá e volto. - Confirmo com a cabeça - Vai mermo?

Eu: Vou - Falo olhando pra ele coçando meu nariz.

Dado: Da outra vez que eu pedi pra você me esperar aqui você ia ir embora no Uber - dou risada - Você é muito malandrinha - Aponta o dedo pra mim.

Eu: Eu vou te esperar. - Ele desvia o olhar do meu.

Dado: Vou trazer algo pra tu comer, aí não tem nada - Fala saindo e eu não digo nada, só volto pro quarto dele pegando minha escova de cabelo na mochila.

Escuro a água do chuveiro caindo.
Minutos depois eu tô penteando meu cabelo que ficou cheio de nó e ele entra no quarto com um short de time, eu olho pelo reflexo do espelho ele todo molhado com a peça fina do short marcando seu pau. Ele seca o ouvido com a toalha do Vasco e eu me viro estreitando os olhos.

Dado: Que foi? - Se aproxima me dando um selinho e eu me afasto olhando pro rosto dele.

Eu: E esse short marcando tudo? - ele estreita os olhos pra mim.

Dado: Vou com ele não - bate na minha bunda e se vira abrindo o guarda-roupa, ele se troca na minha frente bem rápido vestindo uma bermuda jeans deixando a barrinha da cueca aparecendo. - Quer o que de café? - se vira jogando uma camisa vermelha no ombro e se vira depois de passar perfume fechando o relógio preto no pulso aproximando o corpo alto do meu sentando na cama, deixando as mãos espalmadas dos meus dois lado enquanto me olha.

Eu: Sai sempre gostoso assim? - Ele sorri me olhando, ignoro essa olhada e toco na sua corrente lisa com a letra D em pingente tamanho médio.

Dado: Quer comer o que?

Eu: Qualquer coisa - Olho pra ele de novo.

Dado: Nada de especial? - Nego - Quer pão? Salgado, bolo...

Eu: Pode ser - Ele me analisa por uns segundos e chega perto cobrindo minha boca com a sua em um beijo demorado se afastando em seguida.

Dado: Vou lá e já volto, não sai daqui.

Eu: Tá - balanço minhas pernas no vácuo da cama olhando ele sair do quarto pegando o celular encima do sofá.

Escuro a porta fechando e subo mais pra cima na cama até me encostar na parede da janela fechada pegando meu celular passando uns 40 minutos e ele volta.

A gente toma café e volta pro quarto deitando na cama com o ventilador ligado, e a janela aberta iluminando o quarto com o dia de domingo lá fora, são umas 9h da manhã agora... A gente acordou bem cedo, eu sempre acordo.

Dado: Vamo da uma? - Ele deita por cima de mim beijando meu pescoço - da manhã, eu acordei te procurando e cê tinha sumido - fala enquanto beija meu pescoço todo.

Eu: Eu já tava voltando pra cama - Falo baixo me mechendo embaixo dele que suspira mordendo meu pescoço, a sensação dos dentes passando pela pele manda um arrepio prós meus braços na mesma hora e ele levanta a cabeça me olhando. - São 9h da manhã - falo rindo e ele me beija, o gosto exótico denunciando que ele já havia fumado seu baseado da manhã. Se envolver com um maconheiro é acostumar com o cheiro e o gosto que a maconha deixa na boca.

Dado: Só um pouquinho - Fala contra minha boca depois de se afastar chupando meu lábio inferior - Vamo? - Eu confirmo e ele já me beija inteira levanto as mãos até meu shortinho tirando do meu corpo.

-

Pela tarde eu volto pra casa, pra minha mãe não achar que eu morri nas mãos dele. Eu agradeço pela noite de ontem e ele vai embora dizendo que vai resolver algumas coisas mas que fala comigo por telefone saindo dali depois de me deixar na esquina de casa.

Eu corro até em casa depois que ele vai embora e entro vendo a Natiele voltando da cozinha com um prato de comida.

Natiele: Olha a safada aí. Noite boa em Jadylla? - me aproximo dela dando um selinho

Léia: pra tá chegando agora deve ter sido mesmo. - Olho pra ela que aparece na porta da cozinha.

Eu: Cheguei - me sento no sofá me abanando com a mão sentindo calor.

Léia: Você vai sair hoje de novo? Natiele me contou que vai pro Show.

Eu: Vou, Filipe Ret mãe - ela faz pouco caso.

Léia: Eu não ia deixar mas Natiele falou que é Peu que vai te levar...

Eu: E a senhora sabe quem é Peu?

Natiele: Claro que sabe, fiz ele pedir pra ela por telefone e jurar que ia cuidar de ti lá em Búzios já que eu não vou tá por perto... - Ela fala comendo - Você curte com ele, tudo bem, ele gosta do Filipe Ret, mais tarde eu chego por lá também.

Eu: Ele comprou um ingresso pra mim, vou dar o dinheiro pra ele hoje pelo favor - Falo animada batendo os pés no chão.

Natiele: Agora você entende o dia que eu fiquei assim pro show do Little hair.

Eu: Queria você comigo.

Natiele: Eu vou só depois, a mãe aqui é escrava  - Dou risada.

Eu: Eu vou tomar um banho - Pego minha mochila e levanto indo pro meu quarto rápido. Tô tão animada que é uma animação que não cabe nesse meu peito pequeno... A última vez que eu fui em um show do Ret não deu pra curtir nada, o ex maluco da Natiele acabou com nossa festa antes mesmo dela começar.