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Jadylla...

Desde que a gente se conheceu ele tem uma coisa sobre mim que eu não entendo.
Ele não precisou falar nada no primeiro dia, simplesmente eu fui ao seu encontro e a noite foi uma das melhores pra mim. Também por que ele é um gostoso e quem seria a doida de recusar? Ninguém, nem mesmo eu.

Saio do box me sentindo pequena com o tamanho do banheiro. Quem mora aqui deve ter uns bons 1.95 de altura, ou mais por que a pia que devia bater na cintura que é o ideal, bate acima do meu piercing. Dado desliga o chuveiro e sai. Pelo espelho ele aparece atrás de mim.

Eu reprimo os lábios querendo que ele veja enquanto olho pra ele pelo reflexo e ele olha pra mim... Não é possível que ele não notou a tatuagem que eu fiz na costela, tudo bem que é só uma serpentezinha mas ele não viu quando a gente tava transando e eu quero que ele veja, mas sem eu contar.

Ele chega perto beijando meu pescoço por trás e eu inclino a cabeça pro lado dando mais acesso pra ele que beija e sobe a pintinha do nariz pela pele molhada levantando a cabeça me abraçando por trás.

Eu: Tenho que ir pra casa, marquei com o Relíquia de ir pra festa que vão fazer pra ele - Olho pra tatuagem do seu braço.

Dado: Te deixo em casa - confirmo e me viro de frente pra ele beijando seu peito - Que isso aqui? - vai um pouco pro lado me olhando - Uma tatuagem? - Ele levanta meu braço pro alto como seu fosse uma criança e eu dou risada virando de lado olhando ele abaixar um pouco a cabeça

Eu: Fiz duas semanas atrás - olho também, o desenho quase cicatrizado. Ele toca a serpentezinha enrolada em um tronco com folhas bem na lateral da costela, embaixo do peito esquerdo e me olha

Dado: Por que uma serpente? - Dou ombros

Eu: Por que você tem a sua? - ele olha pro braço dele.

Dado: Sei lá desse caralho - Ele passa o braço pela minha cintura abaixando um pouco e me puxa cima, minha bunda encosta na pedra de mármore gelada do balcão da pia e ele entra dentro das minhas pernas beijando meu pescoço - Mais uma e eu te levo embora.

Eu: Uhum - Falo sentindo meus pelos todos se arrepiarem.

Dado: Que horas é essa festa?

Eu: Não de tardezinha, 17h por aí. Ele vai me buscar lá em casa mas eu não pretendo demorar por que aqueles amigos dele eu nã. - Paro de falar quando ele me penetra bem gostoso tirando qualquer noção de palavra e botando um suspiro no lugar.

Dado: A gente fode mais um pouquinho - Suas mãos tocam meu rosto me fazendo olhar pra ele com a boca entreaberta pela sensação de ter ele todo dentro de mim sem se mover - Só mais um pouquinho, e eu te empresto pro seu amigo - ele me olha nos olhos - Por que ele é seu amigo não é?.

Eu: Só meu amigo - Me mexo querendo ele.

Dado: Precisava só confirmar, minha pocahontas - Ele me beija de vagar e me fode violento encima da pia.

-

A gente sai do elevador de mãos dadas, eu ajeito minha roupa andando com ele até o estacionamento onde o carro vermelho tá parado.
O carro é lindo, tem o cheiro e o jeito dele por dentro mas me dá medo.

Eu: Por que você não foi me buscar com o outro carro, eu tava mais acostumada - Falo entrelaçando nossos dedos enquanto a gente se aproxima do avião 4 rodas.

Dado: Eu vim em 55km de 250km, só por sua causa - Ele destrava as portas e se aproxima puxando a do volante pra cima, o cheiro do interior do carro vem no meu rosto, perfume dele e maconha por que ela também faz parte do cheiro que ele tem. Eu tô até acostumada. - entra. - Fala mandão.

Eu: Não pense que eu vou no seu colo como antes, não nesse carro. - solto nossos dedos entrando lá dentro indo pro banco do passageiro.

Ele entra sério e eu enrolo meu cabelo, colocando sobre o ombro pra me encostar no couro do banco olhando a porta descer batendo e travando pra fechar.

Dado: Vem - Ele bate na perna dele e eu nego - Vem pocahontas.

Eu: Não, Guilherme. - ele me olha - Já é perigoso no outro carro por que a polícia pode parar, agora nesse....

Dado: Polícia nenhuma me para, vem - olho pra ele que bate na sua perna me chamando com a mão. - Eu vou em 40 - olho desconfiada - tu vai poder olhar pelo contador aqui - ele aponta pro volante.

Eu: 30.

Dado: Aí o carro não vai sair do lugar - fala se ajeitando na cadeira e me olha todo sério - Bora.

Vencida eu me levanto deixando a bolsa no banco do passageiro, ele reclina o do motorista e eu sento no seu colo sentindo suas mãos levantar uma perna de cada tirando meu tenis

Dado: Não sujar meu banco, se não eu não te levo mais nele.

Eu: Eu vou sujar então, vai tá me fazendo um favor.

Dado: Fica quietinha.

Eu: Se manca, vacilão  - ele da risada.

Dado: Papo reto, me amarro em escutar tu falar esses bagulho.

Eu: Eu só falo a verdade - Ele abaixa a cabeça mordendo meu pescoço e eu me encolho sentindo sua mão deslizar do meu joelho pra dentro da minha coxa. Eu aperto elas parando sua mão antes dele ir mais fundo - Vamo embora - ele afasta a cabeça - Quero que você me deixe em casa por que antes eu vou passar no salão.

Dado: Vai se arrumar pra sair com ele? - Olho pro seu rosto vendo ele tirar um cabelo meu da sua língua e me olhar sério.

Eu: O salão da minha mãe Dado, é naquela rua ali na esquina da casa do Vasques.

Dado: Hum, deixo você lá então - Ele me olha por um tempo - eu vou passar lá no Vasques mas vou deixar você na esquina de casa.

Eu: Obrigada - me ajeito no seu colo.

Euv - Era Uma Vez... Onde as histórias ganham vida. Descobre agora